RESENHA BASEADA NO ARTIGO “BREAST CANCER IN BRAZIL: PRESENT STATUS AND FUTURE GOALS

I. RESENHA BASEADA NO ARTIGO “BREAST CANCER IN BRAZIL: PRESENT STATUS AND FUTURE GOALS”.

O câncer é considerado uma questão de saúde pública mundial, devido a sua incidência e pela alta taxa de mortalidade. No Brasil, é a segunda causa de morte da população por doença, ficando atrás somente das doenças cardiovasculares (INCA, 2009). Globalmente, cerca de 1.38 milhões de mulheres são diagnosticadas com câncer de mama e 458.503 morrem da doença todos os anos, o câncer de mama é o câncer mais comum em mulheres em todo mundo e 70% das mortes por câncer de mama ocorrem em mulheres de países de baixa e média renda. Especificamente na América Latina, os autores apontam cerca de 115.000 novos casos da doença a cada ano e cerca de 50.000 surgidos no Brasil. Com foco específico no câncer de mama, vários estudos internacionais chamam atenção para a necessidade de melhoria no tratamento do câncer em países de baixa e média renda, pois a influência das desigualdades no acesso aos cuidados, assim como os métodos diagnósticos e terapêuticos poderiam reduzir a mortalidade por câncer em todo mundo. O Brasil possui uma população com diversas etnias, culturas e origens socioeconômicas agrupada em áreas urbanas, rurais e também em torno da região Amazônica, fatores que evidenciam as diferenças regionais e as desigualdades assentadas na concentração de renda, que demonstra que 10% dos mais ricos recebem 42.5% de renda per capita familiar, enquanto 20% dos mais pobres recebem 3,3%, aspecto econômico que influencia significativamente no acesso a cuidados de saúde e consequentemente na saúde coletiva. Cerca de 75% da população brasileira tem acesso aos cuidados de saúde apenas através do Sistema Único de Saúde - SUS, e os que demais acessam os cuidados da saúde suplementar e também têm acesso ao SUS, conforme princípio de universalidade do sistema. O Brasil apresentou nas últimas décadas mudanças populacionais significativas decorrentes do processo de transição demográfica, da transição epidemiológica em que as doenças infecciosas diminuem e as não transmissíveis

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e crônico-degenerativas acometem mais os indivíduos na idade adulta e os mais idosos O atendimento ao Câncer no Brasil através do Sistema Único de Saúde (SUS) é organizado em centros regionais de referência que são responsáveis por fornecer diagnóstico, estadiamento e tratamento. O Brasil tem uma das economias que mais cresce, e com esse crescimento a carga de doenças das diminui e a necessidade de expandir o cuidado para doenças crônicas não infecciosas vinculadas ao envelhecimento populacional está se tornando uma prioridade. O Brasil tem o menor coeficiente de sobrevivência, que menos investe recursos do PIB em saúde e despesas por cabeça (vide tabela 2). O Ministério da Saúde (MS) estabeleceu diretrizes em 2004 que recomenda a mamografia de triagem pelo menos duas vezes a cada dois anos para mulheres com faixa etária entre 50 e 69 anos e uma vez a cada ano para mulheres a partir dos 35 anos com histórico familiar de CA de Mama. Entre 2009 e 2010 cerca de 755.000 mil mamografias foram realizadas no SUS em mulheres com faixa etária entre 50 e 69 anos, aproximadamente 78% da população-alvo. Uma questão que afeta potencialmente os resultados clínicos é o atraso entre a