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RESENHA SOBRE A LEI GERAL DA ACUMULAÇÃO CAPITALISTA

Por:   •  13/10/2021  •  Resenha  •  1.339 Palavras (6 Páginas)  •  249 Visualizações

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TAYLOR FERREIRA LIMA

 

 

 

RESENHA SOBRE A LEI GERAL DA ACUMULAÇÃO CAPITALISTA

 

 

 

 

 

 

 

RIO DE JANEIRO

2021

TAYLOR FERREIRA LIMA

DRE: 120023435

  

RESENHA SOBRE A LEI GERAL DA ACUMULAÇÃO CAPITALISTA

 

 

Atividade realizada no curso de graduação da Universidade Federal do Rio de Janeiro, como requisito parcial para obtenção de média na disciplina de Trabalho e Questão Social.

Docente: Carla Cecília Campos

 

 

 

 

 

 

RIO DE JANEIRO

2021

Essa resenha tem por objetivo analisar a Lei Geral da Acumulação Capitalista presente no livro I, Tomo 2 de “O Capital”, escrito por Karl Marx. Essa obra foi produzida na Alemanha, em 11 de setembro de 1867,  entretanto, a versão referenciada para o estudo foi a da Boitempo Editorial, do ano de 2013, pgs. 689-723.

Karl Marx nasceu em Trier, Alemanha, em 5 de maio de 1818, foi um filósofo e revolucionário socialista alemão. Em 1836, o pai de Marx o transferiu da Universidade de Bonn para a Universidade de Berlim, onde ele conheceu o curso de filosofia. Marx foi aluno e discípulo do grande filósofo Hegel, influência para sua produção teórica. Karl Marx é conhecido por sua contribuição para a economia, principalmente sobre a teoria do valor econômico e com o desenvolvimento dos conceitos como o de mais-valia e do fetiche da mercadoria. Suas principais obras produzidas para a publicação, são: “O Manifesto Comunista”, “A Ideologia Alemã”, “Contribuição para a crítica da Economia Política" e “O Capital”. Karl Marx adoeceu e faleceu em Londres, no dia 14 de março de 1883, deixando um grande legado para as contestações ao sistema capitalista.

O texto apresenta como a Lei Geral da Acumulação Capitalista analisa a constituição da acumulação de riqueza por meio da manutenção da pobreza e do desemprego. Levando em conta a análise da parte teórica desta lei e a estrutura organizacional dos trabalhadores, dentro da concepção de exército ativo e do exército industrial de reserva. A Lei Geral da Acumulação é abordada no capítulo XXIII, no livro I, Tomo 2 de “O Capital”, integrado em suas 92 páginas, o foco narrativo de terceira pessoa do singular.

Para compreender a Lei Geral da Acumulação Capitalista é necessário rever dois conceitos presentes na obra de Marx, estes são: “A reprodução simples e a reprodução ampliada”. A reprodução simples ocorre quando o processo de produção reproduz o valor adiantado promovendo a renovação do processo de forma contínua. A mais-valia nessa situação é usada pelo capitalista e não possui variação no investimento para um novo ciclo. Nesse processo de reprodução se produz os meios de subsistência da classe operária por meio de pagamento de salário, que provém do trabalho excedente e não do valor atribuído à mercadoria. Na reprodução ampliada o processo de produção é concebido na forma de escala expandida, onde a mais-valia é transformada em capital, a partir do segundo ciclo de produção, para novas contratações ou para compra de novos meios de produção. Em virtude disso, o acúmulo de mais-valia se dá através da exploração da classe operária, sendo o grau de exploração aquilo que define o valor do montante acumulado. O salário é concebido através do processo de produção, entretanto, com o aumento da exploração, aumenta-se o trabalho excedente gerador da mais-valia. No decurso da acumulação capitalista, cresce a massa global do capital, porém, suas diferentes partes transformam-se de formas diferentes e em resultado disso, modifica-se a estrutura do capital, sendo o principal elemento para a análise deste processo da composição do capital. No acúmulo de mais-valias, o capitalista geralmente introduz novas máquinas e aprimoramentos técnicos. O desenvolvimento da técnica significa um crescimento mais rápido da parte do capital existente sob a forma de meios de produção — máquinas, matérias-primas, etc., isto é, o capital constante, que com maiores investimentos, elevam a produtividade do trabalho, produzindo mais em menos tempo, inversamente, aumenta de modo mais lento a parte do capital despendida na compra de força de trabalho, isto é, o capital variável. A relação entre o capital constante e o capital variável é denominada composição orgânica, uma vez que é determinada pela relação entre os meios de produção e a força de trabalho viva, expressando a produtividade do trabalho.

Na composição orgânica constante o crescimento da capacidade de produção tende a elevar a demanda por força de trabalho, nessas circunstâncias, eleva-se a demanda do fundo de subsistência dos trabalhadores, proporcionalmente a acumulação do capital. Significa que a produção pode no curso da acumulação provocar uma elevação do salário, tal elevação significa no melhor dos casos uma diminuição quantitativa do trabalho não pago. Destaca Marx: “o preço do trabalho pode se elevar desde que sua elevação não perturbe o processo da acumulação”, ou seja, o aumento dos salários deve acontecer de modo que não coloque em risco o sistema capitalista, garantindo a conservação do sistema, significando o decrescimento dessa acumulação gerador do decrescimento da demanda de trabalho.

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