Relatório De Pratica De Bioquimica

Introdução

A cultura de feijão (Phaseolus vulgaris L.) tem um papel considerável no sistema de produção de grãos brasileiro. O elevado valor nutritivo, a composição química e potencial produtivo em um curto espaço de tempo, fazem com que esse produto seja considerado de extrema importância na dieta do brasileiro, sendo consumido e cultivado em grande parte do pais.

O cultivo de feijão no Brasil é realizado em três épocas (água, seca e inverno) e produtividades baixas são comumente observadas, principalmente nas épocas tradicionais de cultivo (águas e seca) em função da tecnologia utilizada, das variações climáticas e do esgotamento progressivo da fertilidade do solo (ZUCARELI et al., 2006). Entretanto, está sendo possível alcançar elevadas produtividades nessas épocas de cultivo, com aplicação de tecnologias como cultivares melhoradas, adubação equilibrada, técnicas avançadas de irrigação e controle de pragas, doenças e plantas daninhas, e modernas técnicas de mecanização da cultura com o preparo do solo, plantio e a colheita mecanizadas.

Como as fazes iniciais tem um papel importante no desenvolvimento da cultura e apesar de ser adaptável a diversas regiões, é pouco tolerante a fatores extremos do ambiente. Dentre esses fatores, a água é o que mais influencia no processo de germinação, sendo que a cultura do feijão requer boa disponibilidade de água no solo durante todo o ciclo, principalmente nas etapas mais críticas como esta (VIEIRA, et al., 2011). O feijão apresenta sensibilidade ao excesso de água. Segundo Nassif et al. (1998), o excesso de umidade, provoca decréscimo na germinação, visto que impede a penetração do oxigênio e reduz todo o processo metabólico resultante.

Considerando que o ciclo de vida de uma planta tem início com a germinação das sementes, inicia-se nela a reativação do metabolismo, aumento na taxa respiratória e a retomada do crescimento do embrião. Vários processos responsáveis por desencadear a germinação das sementes são também regulados por fitohormônios como a mobilização de reservas para o eixo embrionário e a divisão celular. Os principais hormônios encontrados nas sementes são a auxina, giberelina, citocinina, etileno e ácido abscísico (Kersten &Fachinello, 2010 ).

Desta forma, o objetivo dessa revisão bibliográfica é expor os efeitos dos fitorreguladores na cultura do feijão e o efeito do ácido giberélico no processo de germinação.

Revisão Bibliográfica

Considerando a germinação um fenômeno biológico ou a retomada do crescimento do embrião defendida pelos botânicos, com o subsequente rompimento do tegumento pela radícula. Entretanto, para a classe agronômica, a germinação é definida como a emergência e o desenvolvimento das estruturas essenciais do embrião, apresentando a capacidade de dar origem a uma planta normal, sob condições ambientais favoráveis (MACHADO, et al. 2002).

O processo de germinação da sementes é extremamente crítico na implantação de um estande adequado de plantas, com isso torna-se indispensável a obtenção de sementes de boa qualidade, cita (Braga, et al. 2002) e (Carvalho & Nakagawa, 1983) complementa comentando que os fatores que afetam a germinação, iniciam durante a maturação das sementes exercendo uma influência muito grande sobre o seu período de viabilidade, principalmente em decorrência do regime hídrico.

Ainda para (Moraes, 2007) o embrião da semente inicia sua formação a partir do momento da fertilização do óvulo e desenvolve-se durante a maturação, até que seu crescimento cessa e o grau de umidade diminui a um nível tão baixo que permite apenas reduzido a atividade metabólica Guarnier (2013) completa dizendo que a germinação é considerado o reinício de crescimento do eixo embrionário. A semente estando em repouso, por aquiescência ou dormência, quando são satisfeitas todas as condições externas e internas, ocorre o processo de germinação saindo do repouso e intensificando a atividade metabólica.

Ao iniciar o processo de embebição a semente acumula água e aumenta de volume e contribui para os processos de mobilização e assimilação das reservas e crescimento do tegumento (Marcos Filho, 2005).

No processo de germinação e emergência encontra-se hormônios ou compostos

orgânicos que presentes em quantidades muito pequenas e

exercem importantes efeitos regulatórios no metabolismo de plantas. Eles são

designados como fitohormônios, hormônios de crescimento, substâncias de crescimento e reguladores de crescimento (Guimarães,1999).

Os fitohormônios e reguladores vegetais são conhecidos como substancias que podem ser aplicadas diretamente nas plantas para alterar seus processos vitais e estruturais, com a objetivo de melhorar a produção, a qualidade e facilitar a colheita mecanizada (ALLEONI, et. al., 2000). Com o objetivo de melhorar a qualidade, quantidade e produtividade os estudos dos efeitos dessas substancias em plantas cultivadas avançam.

As auxinas promovem o crescimento das plantas, principalmente através do alongamento celular, seus efeitos fisiológicos dependem de alguns fatores como: estádio de desenvolvimento do tecido ou órgão; concentração; tipo, endógeno ou exógeno e, principalmente, a interação com outros reguladores vegetais (TAIZ & ZEIGER, 2006).

Segundo Castro, Kluge e Peres (2005), as auxinas exercem diversos efeitos sobre o crescimento das plantas, os quais incluem alongação celular, fototropismo, geotropismo, dominância apical, iniciação e alongação radicular, produção de etileno, crescimento de frutos, abscisão e partenocarpia.

Segundo Taiz e Zeiger (2004), fatores ambientais como fotoperíodo e temperatura,