Resenha - A chamada acumulação primitiva
Por: Esther Santos • 4/7/2019 • Resenha • 827 Palavras (4 Páginas) • 318 Visualizações
Departamento de Serviço Social
Disciplina: Seminário Temático I
Docente: Prof.
Ano letivo: 2018
XXIV. A chamada acumulação primitiva
MARX, karl. A chamada acumulação primitiva. O capital.
O autor, Karl Marx, filosofo e principal autor da causa operária nasceu na Alemanha em 5 de maio de 1818 e veio a óbito em 14 de março de 1883. Nasceu em família judia e de classe média e naquela época vivenciou um contexto político pré-revolução e filosófico que marcaram sua história e que se tornaram aspectos essenciais para entender suas obras.
Nesse fragmento o autor trata de patentear os fatores que desencadearam a aparição de um novo meio de produção, conhecido como: capitalista.
Marx explica que, toda a conjuntura segue uma sequência, onde o mesmo deixa claro que, a acumulação primitiva é o ponto de partida para a capitalista. Diante disso, expõe a condição que uma maioria foi subordinada por uma minoria para acumular riquezas a partir da força de trabalho dos mesmos que naquele momento só tinha para oferecer a própria mão de obra. A partir daí, explica que a estruturação da economia capitalista decorre da feudal. O trabalhador assim, sempre foi subjugado, e Marx diz que o progresso consistiu numa metamorfose dessa sujeição. Diante mão, destaca todas as transformações que servem de alavanca à classe capitalista, a expropriação do produtor rural, do camponês, constitui a base de todo o processo.
Logo após, Marx detalha o processo de expropriação, que é nada menos que, o ato de desapossar alguém de suas terras. Para ele, nos fins do século XIV, a escravidão na Inglaterra tinha praticamente desaparecido e que no início do século XV a maioria da população era composta de camponeses proprietários de suas terras, onde, houve a substituição dos bailiff (servos) por um arrendatário livre ou quais recebiam além do salário, uma habitação e uma área pra lavrar. Destarte, Marx diz que, o passo inicial da revolução criou a base do modo capitalista ocorreu no último terço do século XV e nas primeiras décadas do século XVI, onde ocorreu a ruptura das vassalagens e onde é lançada ao mercado de trabalho uma massa de proletários. A violência então aumentou em detrimento do preço da lã, pois, em busca de mais dinheiro, a ideia era transformar as terras de lavoura em terras de pastagens. Essa violência aumentou com a expropriação das terras da Igreja, onde os bens eclesiásticos foram doados a favoritos da corte ou vendidos a preços ridículos a especuladores, onde assim lavradores ficaram no prejuízo por conta dos seus direitos a parte de dizimo ter sido confiscados. Com a chegada da então Revolução Gloriosa, expandiu em uma escala grandiosa os saques as terras. Assim, começa a efetivação da transformação das lavouras em pastagens por meio da violência individual. Com isso, já não mais existia camponeses independentes para expulsar, assim o último grande processo da expropriação acontece, a limpeza das propriedades.
Logo após esse processo, Marx destaca que com a ruptura da vassalagem e os que foram expulsos, houve uma grande demanda de pessoas, as quais não podiam ser absorvidas pela manufatura tão rápido quão se tornaram disponíveis.Com isso, muitos não conseguiram se adaptar, tornando-se mendigos, ladrões, vagabundos, por vontade própria mas na maioria dos casos pela circunstancias a que foram expostos. Destarte, surge a legislação sanguinária, que começou na Inglaterra com Henrique VII, a qual os tratavam como pessoas que escolhessem estar naquela situação e supunha que dependia de sua boa vontade seguir trabalhando nas antigas condições, que já não existiam. Assim, a população foi enquadrada na disciplina exigida pelo sistema de trabalho assalariado, onde era legalizado o emprego do açoite, o ferro em brasa e a tortura. Dessarte, desenvolveu-se uma classe trabalhadora que, por educação, tradição e costume, aceita as exigências daquele modo de produção como leis naturais evidentes. A subordinação do trabalho ao capital era apenas formal, isto é, o próprio modo de produção ainda não possuía caráter capitalista. Na Inglaterra, começa pelo “Estatuto dos trabalhadores” a legislação sobre o trabalho assalariado, a qual visa explorar o trabalhador e segue sendo hostil a ele. As legislações inglesas e francesas seguem os mesmos rumos. Tal Estatuto foi aprovado graças as queixas das Câmara dos Comuns, sendo que o espirito do mesmo se patenteia na circunstancia de o Estado ditar um máximo para os salários e nunca um mínimo. Assim, piorou muito a situação do trabalhador. Em 1813 foram abolidas as leis que regulavam os salários. As leis cruéis contra as coligações foram abolidas em 1825, ante atitude ameaçadora do proletariado. Outros velhos resíduos desapareceram em 1859. Porém, uma lei de parlamento restabelece a situação anterior. Após isso, o “Grande partido liberal” voltou-se contra o proletariado, o mesmo que o elegeu. Não satisfeitos com tal traição, permitiu que fossem desenterradas leis arcaicas sobre conspiração e aplicá-las às coligações dos trabalhadores.
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