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Resenha capítulo3 Ivo Tonet

Por:   •  24/3/2016  •  Resenha  •  378 Palavras (2 Páginas)  •  1.754 Visualizações

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    No capítulo 3 do livro “Método Científico: uma abordagem ontológica” de Ivo Tonet, o autor começa abordando o que ele chama de relação entre o mundo moderno e a razão moderna. Ele faz alusões ao processo histórico e suas transformações em cada época, saindo da centralidade da objetividade (padrão greco-medieval) para a centralidade da subjetividade (padrão moderno).  Ele explica, então, a diferença do aumento da produção do trabalho dos servos feudais -que lucrariam com o excedente- e dos escravos -aos quais a acumulação do capital não interessava, pois nada receberiam pelo seu acrescentamento. Ivo fala do surgimento   do capitalismo e de suas grandes classes: burguesia e proletariado, sendo a primeira composta por ex-servos e camponeses que se transformaram em comerciantes e industriais e a segunda por servos que se transformaram em força de trabalho livre. O objetivo da produção, nessa etapa, já não é mais o valor de uso, mas o valor de troca, ou seja, todo o modo de produção está voltado para a criação de mercadorias com a finalidade de acumular capital. Ele cita ainda o “fetichismo da mercadoria” de Marx, com a coisificação das relações sociais.

     Agora (no capitalismo) não é mais o Estado quem dita as regras do processo de produção e distribuição de riqueza, mas sim o mercado, exigindo que seus integrantes tenham liberdade o suficiente para seguir seus interesses. Foi dentro desse desenvolvimento que ocorreram as Grandes Navegações, as grandes descobertas científicas e a Revolução Industrial, além de profundas mudanças na atividade humana (política, jurídica, artística, social, ideológica, ...). O acesso à educação foi ampliado (embora com restrições para a classe trabalhadora), com novas teorias pedagógicas. Datam desse período, também, o Iluminismo, o jusnaturalismo e o liberalismo. Como resultado de todas essas transformações, também se alterou profundamente a relação entre indivíduo e comunidade.

   “ A constituição do ser social é tanto o processo de afastamento do homem da natureza (tornando ele cada vez mais social) quanto o distanciamento entre o ser humano singular e a comunidade. [...]  Sociedades mais complexas exigem indivíduos mais complexos e vice-versa. ”

O ser social é composto pelo momento da singularidade e o momento da universalidade, o indivíduo e o gênero. Esses dois momentos se constituem mutuamente.

   

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