Resumo do processo de institucionalização, o conteúdo do Serviço Social
Pesquisas Acadêmicas: Resumo do processo de institucionalização, o conteúdo do Serviço Social. Pesquise 861.000+ trabalhos acadêmicosPor: alecxya_lilica • 24/10/2014 • Pesquisas Acadêmicas • 1.204 Palavras (5 Páginas) • 436 Visualizações
1 INTRODUÇÃO
O Serviço Social é uma profissão dinâmica seus fundamentos foram estruturados no final do século XIX, quando se consolidou o processo de industrialização, conhecido na história da humanidade como Revolução Industrial. Tal Revolução facilitou a consolidação do capitalismo, que ainda no final daquele século, adquiriu um novo perfil, deixando de lado seu aspecto concorrencial para adquirir seu estágio monopolista, gerando, desta forma, significativos impactos na estrutura societária (IAMAMOTO, 1992).
Nesse cenário de grandes questões sociais, surgiram as bases estruturadoras do Serviço Social, que, durante muito tempo, esteve a serviço da burguesia, recebendo forte influência da doutrina social, desenvolvida pela Igreja Católica.
O presente trabalho trás a abordagem do Serviço Social ao longo dos tempos, resumo do processo de sua institucionalização, conteúdos que aprendemos ao longo do nosso processo de formação acadêmica profissional.
O Serviço Social, desde as suas origens, é uma profissão que tem um compromisso com a construção de uma sociedade humana digna e mais justa.
2 DESENVOLVIMENTO
O capitalismo monopolista teve influência sim no surgimento da profissão de assistente social, na medida em que “a diferenciação e os antagonismos entre as classes se acentuavam e o desenvolvimento do capitalismo, em sua fase mercantil, introduzia significativas alterações na estrutura, relações e processos sociais”. Portanto, a estória do serviço social está claramente vinculada a mudanças que se estabeleceram no decorrer de vários séculos relacionados à efervescência de fatos sociais, culturais e econômicos provindos do capitalismo já citado acima, das revoluções industrial e francesa, lutas de classes, surgimento da burguesia, dentre outras coisas, “o que lhe imprime um movimento contraditório e complexo, que se expressa tanto por momentos de lentidão como por outros de intensa atividade, capazes de determinar uma repentina mudança na direção do fluxo histórico” e, ainda mais, “de promover a transição de uma época histórica e sua estrutura social para outra”. Entretanto, somente a partir dos anos de 1930 e de 1940 é que o “Estado assume a regulação das relações de classe mediante um conjunto de medidas e busca enquadrá-las juridicamente visando à desmobilização da classe operária e o controle das tensões entre as classes sociais” (SANTOS, 2006).
As questões sociais da época sofriam influência de ideologias europeias centradas na Moral e no assistencialismo, portanto serviam como aparato para os aparelhos repressores do Estado. Era o serviço social usado, então, para “apaziguar” os conflitos sociais. Entretanto, diante das questões cada vez mais complexas que se inseririam em um mundo com demandas técnicas mais exigentes, necessário se faria se identificar com um serviço social que apresentasse respostas a tudo isso; respostas essas relacionadas a uma sistematização apurada das teorias ditas sociais: agora era imprescindível trazer conhecimento científico e técnico ao invés de aceitar somente a contribuição moralista e assistencialista inspirada pelos europeus. Foi então que surgiu a influência americana para o serviço social brasileiro. Essa última satisfaria, em parte, essas exigências do momento, já que estava vinculada a questões muito mais científicas (MARTINELLI, 2007).
O Serviço Social no Brasil é uma profissão liberal regulamentada pela Lei nº 8662/93, de 07 de junho de 1993. Na sociedade contemporânea, diante das exigências pela afirmação e consolidação da cidadania enquanto um bem público, um patrimônio da sociedade, a formação profissional em Serviço Social configura-se como uma exigência civilizatória. Assim, o trabalho do Assistente Social se encontra, nos vários processos de afirmação da cidadania: na proteção social às famílias em situação de risco e vulnerabilidade social, às crianças e adolescentes vítimas de abusos, abandonos e maus tratos, aos idosos empobrecidos e vitimados pelo dilaceramento de laços familiares e comunitários, em tudo que se trata da violação dos direitos daqueles que se sentem excluídos da sociedade, diminuindo as disparidades sociais.
O Serviço Social surgiu a partir dos anos 1930, quando se iniciou o processo de industrialização e urbanização no país. A emergência da profissão encontra-se relacionada à articulação dos poderes dominantes (burguesia industrial, oligarquias cafeeiras, Igreja Católica e Estada varguista) à época, com o objetivo de controlar as insatisfações populares e frear qualquer possibilidade de avanço do comunismo no país. O ensino de Serviço Social foi reconhecido em 1953 e a profissão foi regulamentada em 1957 com a lei 3252.
A profissão manteve um viés conservador, de controle da classe trabalhadora, desde seu surgimento até a década de 1970. Com as lutas contra a ditadura e pelo acesso a melhores condições de vida da classe trabalhadora, no final dos anos 1970 e ao longo dos anos de 1980, o Serviço Social também experimentou novas influências: a partir de então, a profissão vem negando seu histórico de conservadorismo e afirma
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