Serviço social e ruptura: a “intenção” que faltava
Artigo: Serviço social e ruptura: a “intenção” que faltava. Pesquise 862.000+ trabalhos acadêmicosPor: tatitamagnini • 15/5/2014 • Artigo • 292 Palavras (2 Páginas) • 382 Visualizações
SERVIÇO SOCIAL E RUPTURA: A “INTENÇÃO” QUE FALTAVA
Dentre os elementos que contribuíram para o processo de renovação do Serviço
Social brasileiro1
, a influência da teoria marxista ganha preponderável destaque. No
marco desta renovação, a possibilidade de rompimento com o tradicionalismo se faz
presente; novas demandas estavam sendo postas e levadas a cabo pela reestruturação do
capital no país via ditadura militar. O Serviço Social tradicional não respondia mais às
necessidades impostas pelo processo de desenvolvimento pelo qual passava a nação sob
o regime autocrático burguês2
vinculado ao grande capital.
Porém, elementos anteriores ao golpe de abril já vinham decretando o colapso do
Serviço Social tradicional, embora seu ponto alto tenha-se dado durante a vigência do
governo militar. Algumas mudanças no interior da profissão, contrárias aos postulados
do Serviço Social tradicional, já eram estimuladas por condicionantes econômicos e
sociais existentes no final da década de 1950 – tanto em nível nacional quanto
internacional -, motivados pelo crescimento da industrialização pesada no país.
Além do crescimento da industrialização e suas conseqüências (fortalecimento
do proletariado urbano e a requisição de um Estado mais interventivo) temos a
introdução, na profissão, de “elementos provenientes dos setores sociais subalternos”
(Iamamoto e Carvalho, 2001). Tendo em vista a expansão da profissão, a fim de servir
de intermediário nesta nova relação entre o “cliente” e o Estado, o Serviço Social se
reveste de profissionais cujo perfil difere bastante do de suas pioneiras.
A profissão, gradativamente, vai perdendo seus vínculos com o “bloco católico”
e passa a configurar-se através de elementos provenientes das camadas mais pobres e
médias da sociedade. O Serviço Social adere à racionalização própria do Estado burguês
e se modifica quanto à sua prática interventiva, provocando, assim, o ruir inicial do
tradicionalismo.
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