Toxoplasmose Bovina
Exames: Toxoplasmose Bovina. Pesquise 862.000+ trabalhos acadêmicosPor: inescv13 • 4/3/2015 • 1.268 Palavras (6 Páginas) • 1.814 Visualizações
Introdução
A toxoplasmose é uma doença parasitária, provocada por um protozoário, o Toxoplasma gondii, e que afecta principalmente as células sanguíneas.
Este parasita é descrito como um agente causador de abortos na espécie ovina, sendo considerado um dos principais problemas reprodutivos na espécie, causando sérios problemas económicos em explorações.
Como hospedeiros intermediários encontram-se todos os animais de sangue quente (principalmente os mamíferos) e são hospedeiros definitivos somente os gatos (domésticos e selvagens) e outros felinos.
Sendo uma zoonose as suas principais vias de transmissão e as formas de infecção para o Humano são a ingestão de carne crua ou mal cozinhada precedentes de ruminantes, porcos, aves. Outras das fontes de contaminação são os vegetais crús mal lavados e contaminados com fezes de gatos infectados ou através do contacto directo com as mesmas. Poderá também transmitir-se através de uma infecção congénita por via transplancentária.
O que é a Toxoplamose?
Toxoplasmose é uma infecção zoonótica humana de alta prevalência, que é causada pelo protozoário Toxoplasma gondii. Este protozoário é facilmente encontrado na natureza e pode causar infecção em grande número de mamíferos e pássaros no mundo todo.
A infecção nos humanos é assintomática em 80 a 90 % dos casos, isto é, não causa sintomas, e pode passar despercebida naqueles pacientes cuja imunidade é normal. As defesas imunológicas de uma pessoa podem deixar este parasita “inerte” no corpo (sem causar dano algum) por tempo indeterminado.
No entanto, quando esta pessoa ficar com as defesas imunológicas diminuídas por qualquer razão, a toxoplasmose pode-se manifestar.
Outro período particularmente de risco para se adquirir a infecção é durante a vida intra-uterina, da gestante para o feto (transmissão vertical). O feto pode ser afectado na sua formação, quando contaminado.
Foram feitos alguns estudos sobre esta doença em que na análise dos títulos sorológicos por grupos etários, em que sugere uma queda dos valores com a idade, mostrada pela menor frequência de títulos elevados em grupos de maior idade. Este estudo enfatiza a importância da determinação da prevalência regional de toxoplasmose, para dimensionar adequadamente os serviços e de saúde pré-natal, na rede pública.
A toxoplasmose pode ser congênita ou adquirida. A toxoplasmose congênita é o resultado da infecção da mãe durante a gestação e pode se apresentar no período neonatal ou primeiros meses de vida ou ainda na infância e adolescência tendo como sintomas: hidrocefalia, convulsões, calcificações cerebrais e atrofia cerebral, hepatoesplenomegalia, anemia hemolitica e finalmente alterações oculares. Neste tipo de toxoplasmose o adulto apresenta uma certa capacidade defensiva, que limita ou mesmo anula a ação do protozoário, porém, o tecido embrionário do feto não apresenta a mesma capacidade, sendo assim, o protozoário provoca danos irreversíveis no feto.
A toxoplasmose adquirida é o resultado da ingestão do parasita e outras formas de infecção.
Ciclo de Vida
O T.gondii assume diferentes formas em diferentes estágios do seu ciclo.
O ciclo inicia-se pela ingestão de cistos presentes em carne (por exemplo, de porco, rato ou coelho), pelos felídeos. A parede do cisto é dissolvida por enzimas proteolíticas do estômago e intestino delgado, o parasita libertado do cisto, penetra nos enterócitos (células da mucosa intestinal) do animal e replica-se assexuadamente dando origem a várias gerações de Toxoplasma através da reprodução assexuada. Após cinco dias dessa infecção, inicia-se o processo de reprodução sexuada, em que os merozoítos formados na reprodução assexuada dão origem aos gametas. Os gâmetas masculino (microgameta) e feminino (macrogameta), descendentes do mesmo parasita ou de dois diferentes, fundem-se dando origem ao ovo ou zigoto, que após segregar a parede cística dá origem ao oocisto. Este é expulso com as fezes dos animais após nove dias (cada gato expulsa mais de 500 milhões de oocistos em cada defecação).
Origem
Esta doença foi descoberta no ano de 1908 num roedor africano Cenodactylus gondi, no Brasil no coelho, e posteriormente em mais de 80 espécies animais, tanto domésticas como silvestres, inclusive em aves.
Parasitando a espécie humana foi comprovado no ano de 1914, na Checoslováquia (Jankú) a doença, considerando-a particularmente perigosa para crianças ainda em fase de gestação no ventre materno.
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Etiologia
Os alimentos vegetais contaminados com oocistos e os de origem animal, principalmente produtos suínos e ovinos com cistos, são os maiores responsáveis pela infecção humana e no cão. Além destes alimentos, estão envolvidos, ainda, o solo contaminado e roedores infectados, ingeridos parcial ou totalmente, como consequência dos hábitos carnívoros exercidos por estes animais.
Toxoplasmose em ovinos
A doença conhecida como toxoplasmose em ovinos é causada por um parasita protozoário cosmopolita, com a capacidade de infectar todos os animais de sangue quente, incluindo o homem.
Desde 1954, o parasita é descrito como um agente causador de abortos na espécie ovina, sendo considerado um dos principais problemas reprodutivos na espécie (Underwood&Rook, 1992).
Estudos efectuados recentemente sobre a prevalência
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