Trabalho sobre preconceito racial
Por: Rodrigo Souza • 16/4/2020 • Pesquisas Acadêmicas • 2.573 Palavras (11 Páginas) • 302 Visualizações
RODRIGO SOUZA DOS SANTOS
PRECONCEITO RACIAL
Preconceito é um juízo pré-concebido, que se manifesta numa atitude discriminatória perante pessoas, crenças, sentimentos e tendências de comportamento. É uma ideia formada antecipadamente e que não tem fundamento crítico ou lógico, é uma concepção que já existe sem que haja fundamentação científica para tal opinião. É toda e qualquer forma de expressão que discrimina uma etnia ou cultura por considerá-la inferior ou menos capaz.
É resultado da ignorância das pessoas que se prendem às suas ideias pré-concebidas, desprezando outros pontos de vista. Na maioria dos casos, as atitudes preconceituosas podem ser manifestadas com raiva e hostilidade. O preconceito faz parte do domínio da crença por ter uma base irracional, não do conhecimento que é fundamentado no argumento ou no raciocínio.
Como dito, o preconceito pode ser fruto de uma personalidade intolerante, porque são geralmente autoritários e acreditam nas normas do respeito máximo à suas ideias pré-concebidas, e desprezando qualquer outra ideia que ultrapassasse a realidade que consideram como “normal”.
Existem diferentes manifestações de preconceito, sendo as suas formas mais comuns o preconceito social, racial (racismo) e sexual (sexismo ou homofobia). Nas características comuns a grupos, atitudes preconceituosas são aquelas que partem para o campo da agressividade ou da discriminação.
Racismo é o modo de pensar em que se dá grande importância à nação da existência de raças humanas distintas e superiores umas às outras. Onde existe a convicção de que alguns indivíduos e sua relação entre características físicas hereditárias, e determinados traços de caráter e inteligência ou manifestações culturais, são superiores a outras. O racismo não é uma teoria científica, mas sim um conjunto de opiniões pré-concebidas onde a principal função é valorizar as diferenças biológicas entre os seres humanos, em que alguns acreditam serem superiores aos outros de acordo com sua matriz racial.
É um tipo de preconceito associado às raças, às etnias ou às características físicas; visto que as pessoas denominadas racistas baseiam-se na ideologia da superioridade. Em outras palavras, esse tipo de preconceito assinala que algumas raças ou etnias são superiores às outras, seja pela cor da pele, pensamentos, opiniões, crenças, inteligência, cultura ou caráter.
O preconceito racial também designado de racismo ou preconceito de raça, já existe na humanidade há muitos anos não só no Brasil, mas no mundo todo.
Embora o racismo seja encarado como um dos principais males da modernidade, o estudo de suas causas, dinâmicas e consequências ainda esbarram em obstáculos metodológicos e teóricos. Isso reflete não apenas a natureza do fenômeno, cuja expressão pública costuma ser interditada na maior parte do globo, mas também a pluralidade de definições analíticas para o termo.
A carga política embutida no conceito e a sua dependência em relação a acepções contextuais do que é entendido por “raça” são dois fatores que também dificultam o seu emprego como uma categoria analítica. Como resultado, vivemos um momento em que quase todos reconhecem que o racismo permanece operando de forma efetiva no mundo, mas poucos são capazes de identificar claramente suas dinâmicas (Taguieff, 2001).
A despeito disso, a literatura especializada permanece buscando uma definição de racismo capaz de transformar os significados toscamente articulados no senso comum em uma categoria analítica que permitam investiga-lo empiricamente.
Quando analisamos as teorias sociológicas dedicadas a explicar como ele operam três abordagens se destacam, à saber:
1 – A primeira entende o racismo como um fenômeno enraizado em ideologias, doutrinas ou marcas adstritas específicas. Por essa perspectiva, o adjetivo “racista” só pode ser atrelado a práticas que decorrem de concepções ideológicas do que é raça;
2 – Essa segunda abordagem, por seu turno, concede uma precedência causal e semântica às ações, atitudes, práticas ou comportamentos preconceituosos e/ou discriminatórios na reprodução do racismo. Para essa postura analítica, as práticas racistas prescindem de ideologias articuladas e, portanto, as ideias deixam de ser o elemento definidor do racismo;
3 – A terceira abordagem crê que o racismo teria assumido características mais sistêmicas, institucionais ou estruturais nos dias atuais.
O preconceito no Brasil tem sido um tema extremamente discutido, visto o aumento da violência no país a certos segmentos sociais nas últimas décadas.
Sabe-se que a desigualdade social no Brasil é enorme. Esse problema tem gerado diversos tipos de preconceitos que envolvem a cor, gênero e a renda. Infelizmente, é comum ver atos discriminatórios no país, cujo resultado são diversos crimes de ódio e aversão.
O racismo e o preconceito estão interligados, e acredita-se que o surgimento do racismo no Brasil começou no período colonial, quando os portugueses chegaram aqui e tiveram dificuldades em escravizar os primeiros habitantes que haviam em nossa região, os índios. Então usaram os negros para servirem de escravos nos engenhos de cana-de-açúcar, vindos principalmente da região onde atualmente se localizam Nigéria e Angola.
Eles possuíam uma ideia errônea de que os negros e os índios eram “raças” inferiores, mais fortes e resistentes e passaram a aplicar a discriminação com base racial nas suas colônias, para assegurar determinados “direitos” aos colonos europeus. Àqueles que não se submetiam era aplicado o genocídio, que exacerbava os sentimentos racistas.
Quando se fala em racismo, o primeiro pensamento que aparece na mente das pessoas é contra os negros, mas o racismo é um preconceito baseado na diferença de raças das pessoas, podendo ser contra negros, índios, mulatos, e até com brancos, por parte de outras raças. Por terem uma história mais sofrida com o preconceito, os negros são principal referência quando é discutido o tema racismo.
Em uma pessoa o racismo tem diversas origens, depende da história de cada um. Em alguns casos pode ser por crescerem ouvindo as diferenças e superioridade de determinadas raças, em outros, alguma atitude que moldou seu pensamento. Não importa como o racismo cresceu na mente das pessoas, mas vale ressaltar que se ele for aprovado, é um crime inafiançável e não prescreve, ou seja, quem cometeu o ato racista pode ser condenado mesmo anos depois do crime.
Com isso, percebe-se como o racismo fez parte da história, e como alguns sofreram muito com isso. Embora no Brasil haja uma forte mistura de raças, a incidência de racismo pode não ser tão evidente para alguns, mas ele não deixa de existir. Em alguns casos, ele ocorre de forma sutil, em que nem é percebido pelas pessoas. Pode acontecer em formas de piadas, xingamentos, ou simplesmente evitar o contato físico com a pessoa. A verdade é que nenhum lugar está protegido do racismo.
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