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O PRECONCEITO RACIAL NO MERCADO DE TRABALHO

Por:   •  27/5/2019  •  Pesquisas Acadêmicas  •  3.713 Palavras (15 Páginas)  •  242 Visualizações

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CLARETIANO CENTRO UNIVERSITÁRIO

CURSO SUPERIOR DE TECNOLOGIA EM GESTÃO DE RECURSOS HUMANOS - E.A.D

RAYANA DA SILVA OLIVEIRA RA, 8061739

O PRECONCEITO RACIAL NO MERCADO DE TRABALHO

BOA VISTA-RR

2018

RAYANA DA SILVA OLIVEIRA RA, 8061739

O PRECONCEITO RACIAL NO MERCADO DE TRABALHO

BOA VISTA-RR

2018


INTRODUÇÃO:

Este trabalho tem como tema principal a discriminação de pessoas negras no mercado de trabalho, e as consequências e impactos na manutenção de seus direitos sociais, com foco no acesso à educação, ao mercado e às condições de trabalho.

A discriminação nas sociedades humanas é prática tão disseminada quanto nefasta. Onde existe a diferença, existem indivíduos cujas vidas são prejudicadas por pertencerem a um outro grupo que foge a determinadas normas. Essas normas podem ser a cor da pele, a orientação sexual, a religião, o sexo, a origem social ou quase qualquer outra marca que se impõe aos indivíduos. A discriminação existe em todos os continentes, em inúmeros países, em muitas línguas e em várias culturas. Trata-se de prática quase universal. Portanto, a resposta à pergunta: “existe discriminação na sociedade brasileira?” é um sim trivial. (SOARES, 2000, p. 5).

A Lei,12288,(2010),  em seu artigo1º, fala que, A discriminação racial ou étnico-racial: toda diferenciação, restrição, exclusão ou preferência que seja baseada na cor, raça, origem nacional ou étnica que tenha o objetivo de restringir o reconhecimento, gozo, ou exercício, em igualdade de condições, de direitos humanos e liberdades fundamentais nos campos político, econômico, social, cultural ou em qualquer outro campo da vida pública ou privada.

Soares, (2000), porém, as discriminações se apresentam de forma diferentes, “Uma coisa era o sofrimento de ciganos na Alemanha nazista ou de negros na África do Sul com o “apartheid”, outra, e a discriminação contra magrebinos na França de hoje.” As distinções principais delas e o grau em que elas se apresentam”.

Cerqueira, (2012), O Brasil é um país com enorme índice de desigualdade social, sua origem se deu através de uma construção histórica que foi caracterizada pela segmentação da sociedade. Como consequências desses processos papéis e oportunidades sociais diferenciados para os diversos grupos étnicos e raciais que nele vivem. 

A discriminação fica perceptível, onde existem indivíduos que fogem do padrão tido como “normal” pela sociedade, mas as discriminações são diferentes e algumas dessas diferenças são mensuráveis enquanto outras não são. (FERREIRA, 2018)

Como é abordado na Constituição Federal de 1988, em seu art. 5º, todos somos iguais perante a Lei, homens e mulheres sem distinção de cor, raça e gênero. A Constituição nos traz em seu texto diversas garantias, como liberdade, igualdade, segurança, direitos estes adquiridos por todos sem distinções. No entanto, apesar de estar previsto em nossa Lei ainda falta a devida aplicação destes direitos. Todos os dias vemos situações que envolvem constrangimento, ofensas, agressões e mortes motivadas por questões raciais. Isso ocorre em várias esferas sociais. (JUNIOR, 2015).

1.O PRECONCEITO RACIAL NO MERCADO DE TRABALHO:

Segundo, Ferreira (1999), a palavra trabalho tem vários significados alguns desses significados são: dar determinada forma a fazer ou preparar algo para determinado fim, rever ou refazer com cuidado, treinar ou exercitar para melhorar ou desenvolver, causar preocupação ou aflição, fazer algum trabalho ou tarefa O trabalho é uma atividade feita pelo ser humano, que é civilizado, ele transforma a natureza usando a inteligência, por conseguinte a natureza e utilizada para tirar substancia da raça humana. (DUTRA, 2013, apud CARMO 1992).

É com o trabalho que as pessoas conseguem renda para sua manutenção e assim se inserem na sociedade. Assim sendo, seria certo dizer que todos tenham acesso a oportunidades profissionais igualitárias. Mas “O mercado de trabalho brasileiro ainda e profundamente marcado pelo racismo, disparidades de sexo e de classe social que permanecem desde sua origem enquanto economia capitalista dado seu passado como colônia escravista.” (FERREIRA, 2018). Castro; Stamm, [2016?], nos falam que:

Existe um lugar do negro na sociedade, que é exercer um trabalho manual, sem fortes requisitos de qualificação em setores industriais. De acordo com o autor, se o negro ficar no lugar a ele estabelecido, 7 sofrerá pouca discriminação, mas se tentar ocupar um lugar ao sol, sentirá todo o peso das três etapas da discriminação. As três etapas de discriminação que o negro sofre são: I) qualificação: diferenças no nível educacional; II) inserção: diferenças no acesso a determinadas ocupações; e, III) rendimento: diferença salarial entre indivíduos que exercem funções parecidas. (CASTRO; STAMM, [2016?], p.6-7, apud SOARES, 2000).

O mercado de trabalho ainda é excludente em relação a população negra, eles ainda encaram a falta de oportunidades educacionais, apesar de ter havido uma melhora nos últimos anos esse grupo continua a sofrer os impactos de um problema histórico do país. (BRASIL, 2017)

Fonseca, et al. (2013), A discriminação no mercado de trabalho é clara quando pessoas igualmente produtivas são designadas ou remuneradas de formas distintas, com base em suas características não produtivas. “Logo, a discriminação salarial diz respeito às disparidades salariais entre trabalhadores que possuem o mesmo nível de escolaridade e estão alocados em postos de trabalho idênticos entre si” ele ainda explicita que:

Além disso, a discriminação no mercado de trabalho pode ser advinda de três fontes diferentes, sendo cada uma delas atribuídas a um determinado tipo de discriminação: o preconceito pessoal, que abrange as discriminações do cliente, do empregador e do empregado, a discriminação estatística, que está relacionada com as informações do grupo obtidas pelos empregadores, e os modelos do poder do monopólio, os quais, grosso modo, sugerem que os trabalhadores estejam divididos em castas diferentes (de acordo com seu sexo e etnia) que não competem entre si. (FONSECA et al. 2013, Apud EHRENBERG; SMITH, 2000).

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