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Transplante De Órgãos

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Por:   •  23/11/2014  •  5.157 Palavras (21 Páginas)  •  570 Visualizações

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Sumário

INTRODUÇÃO 1

RISCOS E SUCESSO 2

ÉTICA E RELIGIÃO 2

TIPOS DE TRANSPLANTE 6

TIPOS DE DOADORES 7

TRANSPLANTE NO BRASIL NO MUNDO E RESPECTIVA LEGISLAÇÃO 9

JURISPRUDÊNCIA RECENTE 10

CURIOSIDADES 12

CONCLUSÃO 13

INTRODUÇÃO

O presente trabalho tem como objetivo esclarecer o que é um transplante de órgãos e seus desdobramentos na bioética.

Denomina-se transplantação, ou simplesmente transplante, a retirada de um órgão ou tecido, ou parte deles, de um doador, vivo ou morto e implantá-lo em um receptor.

Em um contexto jurídico os transplantes de órgãos refletem questões éticas relativas à experimentação no corpo humano, às questões religiosas, às decisões políticas relacionadas com a saúde, e, em sentido mais amplo questionam os limites do conceito da dignidade humana.

Certamente morte de um ente querido é sempre uma situação difícil para toda a família, mas é nesse momento que a dor da perda pode ser transformada em um ato de esperança ao dar uma nova vida para pessoas que passam anos na fila de espera por um transplante de órgãos.

O transplante pode prolongar e melhorar a qualidade de vida. O transplantado necessitará de cuidados médicos constantes e fará uso de medicamentos pelo resto da vida. Esse tratamento poderá oferecer a cura da doença ou transformar um problema de saúde incontrolável em outro sobre o qual se tem controle.

Milhares de pessoas com alguma doença cujo único tratamento é o transplante podem ser beneficiadas, sejam elas crianças, jovens ou adultos. Em geral, são aquelas que apresentam uma doença irreversível, crônica ou aguda, mais comumente no rim, fígado, pâncreas, pulmão ou coração, além de tecidos como a córnea e a medula óssea.

De modo geral, há dois tipos de transplantes: o autólogo, cujas células, tecidos ou órgãos são retirados da própria pessoa e implantados em um local diferente do corpo; e o alogênico, que compreende a retirada de material de outra pessoa (doador) para ser implantada no paciente (receptor).

Para que um indivíduo seja um doador basta que informe a sua família, pois é ela quem autorizará a retirada dos órgãos quando você morrer. Porém, existem transplantes que podem ser realizados entre pessoas vivas como é o caso do transplante de rim e medula óssea. A doação de medula óssea é bastante simples e não implica em prejuízo algum para o doador bastando que ele se dirija ao hemocentro mais próximo.

O primeiro critério que determina se a pessoa que faleceu pode ou não ser doador é a constatação de morte encefálica. Depois deve ser verificado se o falecido não teve alguma doença que prejudique o funcionamento de um mais de seus órgãos como hepatite, AIDS e câncer, o que impossibilitaria a doação.

Em alguns casos, como transplante de córnea, o transplante do tecido pode ser feita até 6 dias depois de constatado óbito (desde que mantida em condições adequadas), porém, em outros, como na retirada de um coração o procedimento deve ser feito em no máximo quatro horas. Outro critério é a existência de receptor compatível com o doador, ou seja, que tenha o mesmo tipo sanguíneo, código genético compatível (que é verificado através de um teste chamado de “tipagem HLA”) e os órgãos do doador e receptor devem ser mais ou menos do mesmo tamanho e peso.

Já para receber um órgão a pessoa deve estar cadastrada em uma lista de espera e sua colocação na lista dependerá da gravidade do seu caso e das chances de sobrevida, além da idade do receptor. Atualmente, no Brasil são mais de 70 mil pessoas na fila de espera por um transplante.

RISCOS E SUCESSO

O sucesso depende de inúmeros fatores como: o tipo de órgão a ser transplantado, causa da doença, condições de saúde do paciente, características do doador e sua compatibilidade com o receptor.

Existem pessoas que fizeram transplante de órgãos há mais de 25 anos, tiveram filhos e levam hoje uma vida ativa e normal.

Como qualquer outra cirurgia, o transplante apresenta riscos, pois representa tratamento complexo e prolongado. Entre as possíveis complicações estão rejeição e infecção, que variam de acordo com o órgão transplantado.

O transplante requer uma grande compreensão por parte dos pacientes, principalmente pela necessidade de acompanhamento médico periódico; por outro lado, oferece uma condição de vida altamente compensadora.

ÉTICA E RELIGIÃO

Os transplantes de órgãos vem provocando inúmeros questionamentos éticos a cerca da origem, forma de obtenção do material a ser transplantado e tipo de procedimento a ser realizado. Quanto a origem, os órgãos podem ser oriundos de outras espécies animais, de seres humanos vivos (alotransplante intervivos) ou mortos (alotransplante de doador cadáver). Quanto a forma de obtenção, especificamente falando em órgãos oriundos de seres humanos, a questão mais importante é a do resguardo da voluntariedade e da espontaneidade no ato de doar órgãos, ou aceita que o bem comum está acima da vontade do indivíduo e permitir a apropriação dos órgãos de cadáveres ou que o indivíduo é proprietário do seu corpo e, desta forma, pode dispor do mesmo como melhor lhe aprouver. O tipo de procedimento também apresenta inúmeros questionamentos. Os transplantes de órgãos internos foram os primeiros, mas alguns transplantes já foram realizados com manifestação externa das partes transplantadas, como o transplante de mão e mais recentemente o transplante parcial de face.

A maioria absoluta das religiões defende a prática do transplante de órgãos como um ato de doação e amor ao próximo, porém, em algumas delas só é aceito o transplante entre órgãos e tecidos “limpos” ou seja, onde não haja troca de sangue. Em todas elas a doação é uma opção individual e nos casos de doador falecido a família deve autorizar a doação (o que aliás é também uma exigência legal no Brasil).

No judaísmo, por exemplo, a doação de órgãos só é permitida se o receptor for conhecido para evitar que o órgão retirado, se não utilizado, seja inadvertidamente descartado, uma vez que para os judeus o corpo é sagrado e deve ser enterrado de acordo com suas tradições.

Quanto

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