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Ética e Moral

Por:   •  5/3/2017  •  Resenha  •  658 Palavras (3 Páginas)  •  199 Visualizações

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Ética e Moral

A ética, para além de outras coisas, é nada mais que, a filosofia da moral, seus esboços e apontamentos, nos dá uma visão ampla da vida e convívio humano, sendo ela o cerne para um bom relacionamento entre pessoas. Compreender a moral por meio da ética e idealizar o aprimoramento da moral humana, influenciando o homem no caminho mais verdadeiro e exato. O adepto incontestável da moral humana e visivelmente um objetivo utópico, em outras palavras, incentiva o homem a buscar a perfeição e nela, se aprimoram os valores humanos, entretanto, não é valido crer que essa perfeição um dia será alcançada, mas uma reflexão acerca dela, trata uma evolução no idealismo humano. A concepção de ética muda de acordo com a cultura, período e contexto social, definindo assim uma especificidade variada sobre ética, não tendo um senso universal sobre a mesma. A ideia de moral se caracteriza e é caracterizado pela conduta humana na sociedade em que ele está lotado, assim como a ética, a moral varia de acordo com a cultura vigente e o período sócio histórico.

No que se refere ao surgimento da ética, entende-se que, a mesma nasceu na Grécia antiga, juntamente com a filosofia, com um forte intuito de legitimar as regras e o comportamento do homem no convívio público e privado. A sociedade grega foi a primeira a objetivar as relações interpessoais entre os indivíduos da comunidade, revendo condutas e esquematizando atos. Na visão socrática, o alcançamento da felicidade, se dá pela conduta ilibada, a compreensão da verdade se atingi pelo pleno conhecimento correto do mundo, e pela conduta induzida pela bondade. Como cerne socrático, se tem a virtude como objeto central, se definindo como uma regra para a pratica do bem, eliminando os desejos instigados pelo sentimentalismo, maximizando assim o raciocínio nas ações voltadas em prol do coletivo.  

Já Aristóteles, conceituava a ética como alternativa para a supressão da dessemelhança entre seus iguais, igualando, portanto, o convívio coletivo; mas engloba, o autodomínio do homem. Ao contrário de Platão, que acreditava que não é o sistema político que apodrecia o homem, é sim, o homem que descaracteriza o regime. No período inteiro da Idade Média, e marcado pelo catolicismo na Europa Ocidental, interligando a ética com a religião e aos princípios cristões, este pensamento predomina entre o século XI e XIX, sobre as mudanças relevantes com o renascimento e a introdução na modernidade e o iluminismo.

Um dos destaques valiosos na visão filosófica, que marcaram fortemente o conceito de ética medieval, vale enaltecer as ideias de: Santo Agostinho, Santo Anselmo e São Tomás de Aquino. Na visão de Santo Agostinho a verdade é um ponto de fé, é desvendada por Deus, sobrepondo a razão, tornando submisso o Estado e a política, facilitando o domínio da igreja. Para Tomás de Aquino, a trajetória da felicidade, teria que cruzar a ética, conceituada pelo equilíbrio justo divino, idealizado na ordenação da sociedade. Santo Anselmo, alega que, os fundamentos morais seriam fortuitamente explícitos, conservando as atitudes junto a vontade de Deus.

Já na ética moderna, o iluminismo despertou uma outra análise da ética, determinando julgamentos que voltariam o enfoco na razão, apostando na independência do indivíduo e na doutrina otimista da evolução, firmando uma importância de ética mais extensa, não só limitado ao grupo, mas à totalidade da conjuntura humana.

Contudo, a ética compartilha os mesmos ideais da moral, mas ao racionalizar os atos, verifica apenas os corretos ou os que estão em concordância com a razão, a ética passa a se diferenciar da moral por ser livre, enquanto as normas morais são ligadas pela heteronímia. Em referência ao ponto da crise ética, está ligada a carência de execução das regras morais, já a tensão da ética refere-se à falta da nitidez racional sobre a identidade dos princípios morais a sustentar. A crise ética esta acoplada a uma boa quantia da crise da ética, em outras palavras, comensura o embaraço em que estamos imersos presentemente.

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