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ÓLEOS BÁSICOS

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Por:   •  20/4/2014  •  Relatório de pesquisa  •  1.518 Palavras (7 Páginas)  •  178 Visualizações

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UNIVERSIDADE FEDERAL DO CEARÁ

DEPARTAMENTO DE QUÍMICA ORGÂNICA E INORGÂNICA

PÓS-GRADUAÇÃO EM QUÍMICA

DISCIPLINA: ISOLAMENTO E PURIFICAÇÃO DE COMPOSTOS ORGÂNICOS

ROTEIRO DE PRÁTICAS:

MODULO I:

ÓLEOS ESSENCIAIS

PROFESSORA: TELMA LEDA GOMES DE LEMOS

1. INTRODUÇÃO

O termo óleo essencial é utilizado para designar substâncias voláteis extraídas de plantas e animais através de diversos processos, sendo definidos em termos gerais como misturas complexas de substâncias voláteis, lipofílicas, geralmente odoríferas e líquidas. Eles podem ser chamados também de óleos etéreos ou essências. Seus constituintes variam desde hidrocarbonetos terpênicos, álcoois simples e terpênicos, aldeídos, cetonas, fenóis, ésteres, éteres, óxidos, peróxidos, furanos, ácidos orgânicos, lactonas, cumarinas, até compostos sulfurados. A Figura 1 mostra algumas classes de compostos presentes em óleos essenciais.

S-Carvona β-Cariofileno Eugenol Cembrene

(monoterpeno oxigenado) (sesquiterpeno) (Fenilpropanóide) (Diterpeno)

Figura 1: Classes de compostos presentes em Óleos Essenciais

Esta designação de óleo é devido a algumas características físico-químicas como, por exemplo: a de serem geralmente líquidos de aparência oleosa à temperatura ambiente. Sua principal característica consiste na volatilidade, que o difere assim, dos óleos fixos, que são misturas de substâncias lipídicas obtidas normalmente de sementes. Outra característica é seu aroma agradável e intenso que está presente na maioria dos óleos voláteis, sendo por isso também conhecidos como essências. Eles são ainda solúveis em solventes orgânicos apolares, como o éter, recebendo, por isso o nome de óleos etéreos. Possuem uma solubilidade limitada em água, mas suficiente para aromatizar essas soluções, que são chamadas de hidrolatos.

Os óleos são secretados por glândulas especiais, canais ou células em uma ou mais partes da planta e agem como hormônios. Uma planta geralmente contém uma pequena quantidade de óleo essencial, desde 0,1% a 10%, aproximadamente. As qualidades do óleo podem variar em diferentes momentos do dia e diferentes estações do ano. Clima e local de crescimento influenciam nas propriedades químicas definitivas de cada óleo produzido (Simões et al, 2000). Dentro da planta, os óleos essenciais representam um papel em seu desenvolvimento, ajudam a polinização ao atrair certos insetos e pássaros e protegem contra infecção, bactérias e fungos. Protegem a planta do calor por evaporação das superfícies das folhas e podem agir também como controlador seletivo de ervas daninhas.

Os métodos de extração variam conforme a localização do óleo volátil na planta e com a proposta de utilização do mesmo. De acordo com o método empregado, às características químicas dos óleos podem ser totalmente alteradas fazendo com isso que seus efeitos terapêuticos alterem-se junto. O calor e a pressão usados no ato da extração podem, por exemplo, interferir na qualidade final do óleo essencial, pois no momento da extração as sensíveis moléculas de um precioso princípio ativo podem ser quebradas e oxidadas em produtos de menor eficácia, ou às vezes até tóxico. Os métodos mais comuns são: enfloração, destilação por arraste de vapor d’água, hidrodestilação, extração com solvente orgânico de forma contínua e descontínua, prensagem e extração por CO2 supercrítico.

O interesse pelos óleos essenciais está baseado na possibilidade da obtenção de compostos aromáticos, os quais, de uma forma ou de outra, fazem parte do nosso dia-a-dia. Muitos desses compostos são atualmente obtidos sinteticamente, por razões econômicas, por dificuldades na continuidade da obtenção das plantas produtoras, bem como pelo interesse na obtenção de novos componentes aromáticos. Contudo, a busca pelo naturalismo tem feito crescer a demanda pelos produtos originais obtidos diretamente das plantas.

Algumas propriedades farmacológicas dos óleos voláteis estão bem estabelecidas e podem servir de exemplos como: ação carminativa, ação antiespasmódica, ação estimulante sobre secreções do aparelho digestivo, ação cardiovascular, ação irritante tópica ou repulsiva (uso externo), ação secretolítica, ação antiinflamatória e ação anti-séptica (uso externo). A toxicidade crônica dos óleos voláteis é pouco conhecida e ainda é necessário avaliar suas eventuais propriedades mutagênicas, teratogênicas e/ ou carcinogênicas. Enquanto a toxicidade aguda é mais conhecida causando: reações cutâneas, efeitos convulsivantes e até psicotrópicos.

2. OBJETIVOS

• Extrair óleo essencial de um material vegetal;

• Executar a técnica de hidrodestilação;

• Identificar alguns grupos funcionais através de reações químicas simples;

• Analisar e identificar os constituintes do óleo essencial por cromatografia gasosa acoplada à espectrometria de massas (CG/EM);

3. PROCEDIMENTO EXPERIMENTAL

3.1 EXTRAÇÃO DE ÓLEO ESSENCIAL: MÉTODO DE HIDRODESTILAÇÃO

Pese o material vegetal, devidamente identificado e fornecido para cada equipe. Corte o seu material em pequenos pedaços, transfira para o balão de 2L, adicione água destilada suficiente para que todo material fique submerso, não ultrapassando a metade do balão. Adapte o doseador ao balão, e monte um sistema de destilação, conforme mostra o sistema da Figura 2. Deixe extrair e após a primeira gota de óleo deixe o sistema ligado cerca de 1 hora e 30 minutos. Após este período, desligue a manta e mantenha a refrigeração por mais um pequeno período. Retire o óleo que se encontra no doseador (parte superior), seque com sulfato

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