ATAQUES DE TUBARÃO NO BRASIL

ATAQUES DE TUBARÃO NO BRASIL

Abelardo Fernandes Wanderley Filho^[1]

Andréa Aragão Pereira^[2]

Juliano Carvalho de Brito^[3]

RESUMO

Os Tubarões estão presentes nas águas oceânicas de todos os mares do planeta Terra. São animais temidos pela sua voracidade durante os ataques e essencialmente carnívoros na sua dieta alimentar.  Esse trabalho prima por trazer explanações acerca desse animal marinho, suas particularidades e características e, principalmente sobre os ataques ocorridos no Brasil, mas especificamente no Estado de Pernambuco, local de maior incidência de ataques, ao longo dos tempos. O presente estudo também enfoca sobre quais os fatores que levam os tubarões a promoverem ataques a humanos, além de buscar informações referentes às forma de prevenção contra essas situações. Para tanto, fez-se necessária uma pesquisa bibliográfica qualitativa nas mais variadas obras de autores que discorrem sobre a temática em foco. Essa tem o intuito de contribuir para que outros acadêmicos e/ou pesquisadores possam usufruir das informações aqui contidas, no sentido de enriquecer os contextos a serem produzidos sobre os tubarões e seus ataques a humanos no planeta terra.

Palavras-chave: Chondrichthies. Principais características. Prevenção contra ataques.

ABSTRACT

Sharks are present in ocean waters of all the oceans of the planet earth. Animals are feared for their voracity during the attacks and essentially carnivores in their diet. This work strives to bring explanations about this marine animal, its features and characteristics, and especially about the attacks in Brazil, but specifically in the state of Pernambuco, place of highest incidence of attacks over time. This study also focuses on the factors that lead sharks to promote human attacks, in addition to seeking information regarding how to prevent these situations. For this, it was necessary a qualitative literature in various works of authors who talk about the issue in focus, such as: Stutz (1987), Grabianowski (2014), Carwaedine (2002), Szpilman (1998), Hawk (2009), among others. It is hoped that, somehow, this study contributes to that other scholars and / or researchers can use the information contained herein in order to enrich the contexts to be produced about sharks and their attacks on humans on planet earth.

Keywords: Chondrichthyes. Main features. Prevent Attacks

1 INTRODUÇÃO

Muito se tem falado sobre a figura impressionante e ameaçadora do tubarão, seja ele de qualquer espécie. O fato que os tubarões são considerados os aterradores dos mares por seu tamanho e voracidade quando perseguem a sua presa. Dotados de uma grande capacidade de nadar velozmente, os tubarões são temidos em todo o mundo por promoverem também ataques a humanos em situações diversas.

Os ataques a humanos ocorrem principalmente nas praias, quando pessoas adentram o mar para banharem-se além da arrebentação das ondas, a sufistas que utilizam o mar para competições esportivas, ou para simplesmente treinar, a mergulhadores que se aventuram nas caças submarinas, dentre outros. De acordo com Grabianowski (2014): 

Os ataques também ocorreram com frequência quando humanos pescavam com arpões em águas oceânicas. Os tubarões são atraídos por sinais enviados por peixes mortos: o cheiro do sangue na água e os impulsos elétricos emitidos à medida que o peixe luta. Os tubarões detectam estes sinais com suas ampolas de Lorenzini, um conjunto de "detectores" sob a pele no nariz do tubarão. As ampolas são células eletricamente sensíveis que se conectam à superfície da pele por meio de pequenos tubos. Assim que o tubarão chega ao local, ele pode se tornar agitado e agressivo na presença de tanta comida. Um tubarão faminto e excitado pode facilmente confundir um ser humano com sua presa usual

Invariavelmente pode-se acompanhar, por meio dos veículos de comunicação de massa, tais como: TV, jornal, internet, dentre outros, notícias de acidentes ocorridos em virtude de ataques de tubarões e, em alguns aspectos mais graves, situações que ocorrem óbitos das vítimas envolvidas.

A espécie responsável pela maioria dos ataques à pessoas é o grande tubarão branco; o mais temido dentre todas as espécies. De acordo com Szpilman (2004, p. 52), esse tubarão é altamente “[...] agressivo e voraz, ataca e engole tudo que estiver no seu caminho quando está com fome. É capaz de armazenar o alimento, sem digeri-lo, por muitos dias, e a qualquer momento, regurgitá-lo para depois atacar novas presas”.

O objetivo desse trabalho é elencar os aspectos que envolvem essa temática, buscando trazer informações sobre as prováveis causas que levam os tubarões a atacarem pessoas, nas mais variadas instâncias, além de identificar os locais onde ocorrem uma maior incidência de ataque a humanos. Trata-se de animais marinhos que vivem nas águas oceânicas, mas, não muito incomum, podem aproximarem-se da costa, a procura de alimentos nas águas rasas e, dessa forma, ocorrerem os referidos ataques (SZPILMAN, 1998).

A relevância dessa pesquisa dá-se a partir dos pressupostos de que o conteúdo aqui explanado servirá de embasamento teórico para futuras pesquisas que buscarão discorrer sobre as várias particularidades que envolvem essa criatura marinha, tão temida pelo homem no seu habitat natural.

2 TUBARÕES: ASPECTOS GERAIS

Antes mesmo dos dinossauros aparecerem na Terra, há cerca de 400 milhões de anos, surgiram os ancestrais dos tubarões, animais que atualmente povoam os mares e oceanos de todo o planeta. De acordo com Stutz (1987), em virtude dos fósseis desse animais se decomporem de maneira rápida, os estudos dos ancestrais dos tubarões tornam-se difíceis.

Em virtude do seu tamanho, da sua força e da sua letalidade, os tubarões são vistos como animais perigosos e ameaçadores. Sua capacidade de locomoção na água faz com os mesmos levem vantagens ante suas vítimas e, invariavelmente são capturadas com facilidade, sem chances de defesa. Eles agem exclusivamente por instinto e suas reações à diversas situações são imprevisíveis (CARWAEDINE, 2002). São animais por natureza predadores que contribuem de forma relevante para equilíbrio dos ecossistemas marinhos.