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MECANISMOS EPIGENÉTICOS INDUZIDOS PELO ÁLCOOL NA EXPRESSÃO DE GENES DETERMINANTES DO COMPORTAMENTO SUICIDA: FATO OU OCORRÊNCIA AO ACASO?

Por:   •  21/6/2020  •  Pesquisas Acadêmicas  •  772 Palavras (4 Páginas)  •  302 Visualizações

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MECANISMOS EPIGENÉTICOS INDUZIDOS PELO ÁLCOOL NA EXPRESSÃO DE GENES DETERMINANTES DO COMPORTAMENTO SUICIDA: FATO OU OCORRÊNCIA AO ACASO?

   Lisandre Frazão Brunelli¹ Vilma Aparecida da Silva Fonseca²

 

O artigo nos apresenta a relação do consumo de álcool com o suicídio, e suas variedades de ocorrências, tanto comportamental quanto fisiológica. Na parte comportamental pessoas que abusam do álcool geralmente são mais impulsivas e também tendem a ter julgamentos equivocados, agora na parte fisiológica o excesso de álcool tem relação direta com mais de 60 doenças, uma das mais perigosas são os transtornos mentais. E esse fato vem ocorrendo em diversos países gerando um caos na saúde pública. 

Entre vários fatores que podem ser decisivos para o comportamento suicida, se destaca o de influência genética, pois a disfunção na neurotransmissão da serotonina está associada de forma importante ao alcoolismo. O consumo abusivo do álcool quando relacionado à alguns mecanismos epigenéticos, podem acabar ativando genes específicos. O estudo tem como objetivo verificar, através de artigos científicos selecionados, se o álcool é mesmo o fator de ativação desses genes.  

A epigenética estuda mudanças no funcionamento dos genes, estes podem ser ligados  ou desligados. As adaptações que os genes sofrem acontecem sem que os nucleotídeos sejam alterados, os genes podem ser simplesmente desligados, através de alterações na metilação do DNA e da estrutura da cromatina .Estas alterações no funcionamento dos genes são capazes de alterar o comportamento do indivíduo, e esse comportamento pode ser transmitidos de uma geração para a seguinte. A seqüência genética de cada indivíduo normalmente apresenta informações específicas que vão caracterizá-lo na sua individualidade, ocorre que estas informações contidas nos genes podem ou não se expressar, dependendo da exposição ambiental (álcool pode ser um grande ativador da expressão genética em suicidas). Nos indivíduos com transtornos mentais o mecanismo é exatamente o mesmo, sendo que os portadores de genes para comportamento suicida (genótipo) podem ou não expressar a patologia ou mesmo a gravidade dos sintomas

(fenótipo). 

O sistema serotoninérgico, desempenha um papel importante no mecanismo de dependência do álcool, principalmente por sua influência sobre o sistema dopaminérgico, sendo assim tanto a impulsividade e o comportamento suicida relacionada a serotonina aumenta a susceptibilidade à dependência do álcool, porém tal substância promove o aumentando e a ação da serotonina durante a intoxicação por etanol. A variabilidade dos genes envolvidos na ação dos receptores da serotonina podem ter efeito no desenvolvimento de comportamento suicida junto a dependência do álcool, uma variante do gene foi associada em pacientes alcoólatras do sexo feminino.

Os metabólitos podem ter podem ter impacto nos estados de doença, por ligação de fatores de transcrição e modificação da cromatina, alterando a expressão dos genes, o consumo de crônico de álcool leva a reduções dos níveis de adenosilmetionina, o metabolismo do etanol altera a produção de NAD+ para NAD reduzido, fatores externos possuem efeitos nocivos, levando a expressão anormal de genes essenciais e suas proteínas codificadas.  

Metabólitos, incluindo aqueles gerados durante o metabolismo do etanol podem causar doenças e até comportamentos alterados, através de ligação á fatores de transcrição ou modificação da estrutura da cromatina, que modifica assim os padrões de expressão dos genes.  

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