Noções de Microscopia Óptica

NOÇÕES DE MICROSCOPIA ÓPTICA

Microscópio Óptico

        O microscópio óptico é um aparelho que permite a ampliação de estruturas microscópicas impossíveis de serem visualizadas a olho nu. A invenção deste aparelho trouxe inúmeros benefícios para a humanidade. Entre eles, podemos destacar a descoberta das células e tecidos, os novos campos de investigação científica, como a Citologia e a Histologia, a possibilidade de identificar e diferenciar os vegetais de acordo com suas características, etc.

        O primeiro cientista a utilizar o microscópio foi o holandês Antonie van Leeuwenhoek (1632-1723). Ele aprendeu técnicas ópticas e construiu o microscópio monocular (de uma só lente), denominado microscópio simples. As suas primeiras observações foram com as hemácias (células vermelhas do sangue) e com esperma (espermatozóide).

        Entusiasmados com a descoberta, os cientistas ingleses tentaram aprimorar o microscópio monocular (simples). Decorridos alguns anos, o físico Robert Hooke (1635-1703) conseguiu desenvolver um microscópio binocular, com duas lentes ajustadas a um tubo de metal, que passou a ser chamado de microscópio composto ou microscópio óptico.

        É importante lembrar que, com a evolução da ciência, novos aparelhos foram criados (microscópio de varredura, invertido, eletrônico, etc.) e adaptados para áreas específicas. O nível de especialização e aprimoramento dos equipamentos tornou-se tão complexo e variado que, em alguns casos, o profissional precisa passar por capacitação profissional antes de manusear o equipamento. A exemplo deste fato, podemos referenciar o microscópio eletrônico e o microscópio de varredura. No entanto, o microscópio óptico (composto), por ser de fácil manuseio e de precisão óptica, passou a ser bastante utilizado pelos pesquisadores, tornando-se instrumento indispensável na rotina de trabalho de muitos profissionais.

Partes do Microscópio

        O microscópio óptico (M.O.) é constituído de partes mecânicas e de partes ópticas.

Partes mecânicas

• Pé ou base: é a parte do aparelho que serve de apoio para todos os componentes do microscópio.
• Coluna ou braço: é uma estrutura fixa à base do aparelho que serve de suporte aos demais componentes
• Platina: é onde se fixa a preparação a observar; tem uma janela por onde passam os raios luminosos e também parafusos dentados que permitem deslocar a preparação.
• Tubo ou canhão: é uma estrutura de formato alongado que suporta a ocular na porção superior do aparelho.
• Revólver: é uma peça giratória que comporta várias objetivas com diferentes ampliações.
• Parafuso macrométrico: permite o movimento vertical da platina através de movimentos rápidos de rotação.
• Parafuso micrométrico: o movimento lento de rotação permite aperfeiçoar o foco da imagem.
• Charriot: permite o movimento da lâmina de um lado para outro.

Partes ópticas

• Condensador: é um conjunto de duas ou mais lentes convergentes que orientam e espalham a luz emitida de forma regular pela fonte luminosa.
• Diafragma: permite regular a intensidade da luz que incide no campo de visão do microscópio.
• Objetivas: tem a função de ampliar a imagem do objeto. As objetivas de menor aumento são designadas de objetivas secas. Esta denominação deve-se ao fato de que entre a preparação e a objetiva há somente a presença de ar. A objetiva de maior aumento (100x) é denominada de objetiva de imersão, pois para utilizá-la é necessário adicionar uma gota de óleo de imersão. Este procedimento impede que o feixe luminoso seja desviado para fora da objetiva, uma vez que seu índice de refração é semelhante ao do vidro.
• Oculares: compõem um sistema de lentes que permitem ampliar a imagem do objeto. A ocular mais utilizada é a de ampliação 10x.
• Fonte luminosa: a mais utilizada é a luz artificial que é fornecida por uma lâmpada de tungstênio, que já vem incluída no aparelho juntamente com um interruptor que permite regular a intensidade da luz emitida. Nos aparelhos modernos, a luz é embutida na base e se posiciona sobre o condensador.

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