O Ensino Híbrido na disciplina de Tecnologias Digitais de Informação e Comunicação

Ensino Híbrido na disciplina de Tecnologias Digitais de Informação e Comunicação (TDIC)

Matheus Fachine de Azevedo

As TDICs vêm cada vez mais tomando mais espaço dentro da educação e atraindo atenção por sua importância e mudanças necessárias que possa trazer. Não seria diferente que o Brasil seguisse por tal caminho, visto que já é observado uma considerável melhora no aprendizado, além de propor uma atualização nos moldes com que a educação é tratada hoje em dia, já engessada e até ultrapassada genericamente falando, há décadas.

Entretanto, expresso em minha opinião que sempre me sinto dividido em tal questão. Atualmente vivemos numa era de informatização e democratização do conhecimento inegável, porém ainda existem diversos contrapontos que esbarram diretamente em como os métodos de tecnologias digitais de informação e comunicação chegam até os estudantes.

É claro que se torna um pouco mais simples quando tratamos de tal inovação nos níveis superiores de ensino, quando nos referimos ao acesso a tecnologias, mas tal realidade ainda não é compatível com a vivência de professores e estudantes em escolas – públicas, majoritariamente falando – de ensino básico. Entraves como a falta de acesso à internet em sala de aula, ausência de computadores, ou até mesmo a infinidade de possibilidades através do smartphone - principalmente no âmbito social - que a internet disponibiliza, quando mal administrada, podem trazer mais malefícios do que benefícios. E o que vemos são pessoas cada vez mais jovens utilizando de tais ferramentas de forma cada mais menos saudável.

Ainda pelo meu olhar de um estudante que cresceu margeado por tais processos como a gameficação do ensino, penso que o processo de Ensino Híbrido deve ser algo trabalhado desde o começo do processo educacional da criança e desenvolvido em toda sua trajetória escolar. Acredito que o papel do professor, tal como acontece com os métodos educacionais, também deve ser renovado. Acredito como um dos principais papéis deste a construção de um pensamento crítico – além de claro, humanizador - do aluno para que, junto a métodos como as TDICs, possa haver verdadeiramente um ensino ativo, em que o aluno aprenda através da dúvida e do questionamento, independente do meio tecnológico empregado.

Na velocidade do tempo em que vivemos, ainda é difícil estabelecermos um caminho, visto que ainda estamos dentro deste processo de avanço tecnológico que muitas vezes não somos capazes de acompanhar, dai talvez a tamanha necessidade em educar, primeiramente, o modo como principalmente os jovens utilizam tais ferramentas, para que a partir daí consigamos ter um maior proveito dos benefícios de utilizar a tecnologia a nosso favor em sala de aula.