A ANEMIA FALCIFORME
Por: Marcel Mourão • 23/11/2016 • Relatório de pesquisa • 1.293 Palavras (6 Páginas) • 1.668 Visualizações
UNIÃO EDUCACIONAL DO NORTE
ENFERMAGEM
1° Período
Noturno
Marcel Batalha Mourão
ANEMIA FALCIFORME
Trabalho apresentado á disciplina de Ciências Moleculares e Celulares sob. Orientação da Profa. Lília Raquel Fé, como requisito parcial da B2
RIO BRANCO – 2016
Introdução
Trabalho com o tema Anemia Falciforme, mostrando o conceito, sintomas, tratamento e a forma de como a doença age no corpo humano. Anemia falciforme é uma doença genética hereditária predominante em negros caracterizada pela alteração dos glóbulos vermelhos do sangue, tornando-os parecidos com uma foice, e endurecem, dificultando a oxigenação dos tecidos do corpo humano, A anemia falciforme é causada por mutação genética, responsável pela deformidade dos glóbulos vermelhos. Para ser portador da doença, é preciso que o gene alterado seja transmitido pelo pai e pela mãe. Se for transmitido apenas por um dos pais, o filho terá o traço falciforme, que poderá passar para seus descendentes, mas não a doença manifesta. A doença falciforme pertence a um grupo de doenças coletivamente denominadas hemoglobinopatias, caracterizadas pela substituição parcial ou completa da hemoglobina adulta normal, por hemoglobina falciforme anormal. A hemoglobina fixa e transporta o oxigênio pelo sangue para todos os órgãos e partes do corpo. Na anemia falciforme a estrutura da hemoglobina é diferente, o que prejudica o transporte do oxigênio.
Desenvolvimento
A anemia falciforme acontece porque algumas pessoas não têm a hemoglobina A e, no seu lugar, produz outra hemoglobina diferente daquela, chamada hemoglobina S. A hemoglobina S não exerce a função de oxigenar o corpo de forma satisfatória, razão pela qual tais pessoas têm sempre uma anemia que não se corrige nem com alimentação nem com ferro. Nessas pessoas, as hemácias, em vez de redondas, tomam a forma de meia lua ou foice. Essas células no formato de foice tem muita dificuldade de passar pelas veias, que levam o sangue para os órgãos, ocasionando o seu entupimento.
A anemia falciforme é comum em pessoas descendentes de populações do norte da África e do Mediterrâneo. No Brasil, ela é muito mais comum na população negra. Essa patologia é muito comum em pessoas Afrodescendentes pelo fato de que, alguns anos atrás na África, a malária matava muitas pessoas. Por tal motivo, a natureza resolveu proteger seus filhos da morte pela malária, provocando neles uma alteração genética que chamamos de mutação, alterando a informação que vem no gene (DNA). Com a alteração, essas pessoas passaram a produzir a hemoglobina S, em vez da hemoglobina A. Assim, quem tivesse na hemácia a hemoglobina S não seria infectado pela malária. Com isso, diminuiu muito a morte pela malária em virtude da imigração forçada, isto é, do tráfico de africanos e dos movimentos populacionais em busca de melhores condições de vida, essa mutação se espalhou pelo mundo. No Brasil, pelo fato de o país ter recebido uma grande população de africanos e por apresentar alto grau de mistura de raças, existem muitas pessoas com anemia falciforme, principalmente os afrodescendentes.
A anemia falciforme é hereditária, ou seja, passada de pai para filhos. Se uma pessoa receber, do pai, um gene com mutação para produzir a hemoglobina S e, da mãe, outro gene com a mesma característica, tal pessoa nascerá com um par de genes com a mutação e, assim, terá anemia falciforme, porem, se uma pessoa receber somente um gene com a mutação seja do pai ou da mãe, e o outro gene sem a mutação, ela nascerá somente com o traço falciforme. O portador de traço falciforme não tem doença e não precisa de tratamento especializado. Vale Lembrar que o portador do traço falciforme não pode doar sangue em hipótese alguma.
Os Sintomas da anemia podem ser variados, alguns onde a porcentagem de hemoglobina afetada é baixa, o paciente quase não precisa fazer transfusões de sangue e, portanto podendo ter uma boa qualidade de vida. Mas existem algumas pessoas que, mesmo com acompanhamento médico adequado, têm crises muito graves da doença, com sintomas de dores ósseas, na barriga, infecções de repetição às vezes muito graves, podendo levar à morte.
Alguns doentes podem ter crises de anemia mais intensas e mais rápidas, necessitando de várias transfusões de sangue com urgência. As crises variam de gravidade e de tipo conforme a idade da pessoa. Os bebês têm mais infecções e dores com inchaço nas mãos e nos pés. Nas crianças maiores, as dores estão mais localizadas nas pernas, nos braços e na barriga. Alguns doentes podem ter até mesmo derrames cerebrais, com lesões graves e definitivas. No dia-a-dia, as crianças com anemia falciforme são diagnosticadas com palidez e muitas vezes apresentam o branco dos olhos amarelado, como na hepatite, sintoma que é chamado de icterícia.
Nos adultos, as crises mais frequentes também são de dores nos ossos e complicações devido a danos ocorridos ao longo de sua vida, aos órgãos mais importantes, tais como o fígado, os pulmões, o coração, e os rins. Na idade adulta também é comum o aparecimento de feridas nas pernas.
Sobre o tratamento da anemia, ainda não há um tratamento especifico para a doença, ou seja, esta é uma das doenças para a qual ainda não se conhece a cura. Os portadores precisam de acompanhamento médico constante (quanto mais cedo começar, melhor o prognóstico) para manter a oxigenação adequada nos tecidos e a hidratação, prevenir infecções e controlar as crises de dor.
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