A Síntese do Pensamento de Descartes
Por: Nathalia Freire • 27/8/2018 • Projeto de pesquisa • 317 Palavras (2 Páginas) • 381 Visualizações
Biofísica – Atividade 1 – Nathalia Freire Gilo | 1º período – Medicina
1. A síntese do pensamento de Descartes (1596 - 1650) foi: “PENSO, LOGO EXISTO”. Segundo a Neurociência Moderna, há equívocos a respeito desta conclusão a que Descartes chegou. Cite-as e analise-as, de acordo com as suas pesquisas e o que foi discutido na primeira aula de Biofísica
A frase “Penso, logo existo” é resultado do pensamento do filósofo René Descartes. No seu livro Discurso do Método é explicitado como surgiu esse princípio: tudo começa com a dúvida hiperbólica, duvidar de tudo e não aceitar nenhuma verdade é o primeiro passo. Dessa forma, o ato de pensar se dá como uma atividade separada do corpo, o que denominou-se “dualismo”.
Porém, com os estudos da Neurociência Moderna, há alguns fatores relevantes para refutar o pensamento desse filósofo – o ser humano existe antes mesmo de pensar.
Com base nisso, o equívoco de Descartes ocorre pela separação entre o corpo, de funcionamento mecânico, e a mente, a parte incorpórea, imaginária. No livro, “O erro de Descartes”, o neurologista Antônio Damásio aponta que os sentimentos e emoções estão diretamente ligados aos nossos estados corporais. Portanto, é improvável uma independência do funcionamento racional sem nosso corpo como regulador de todas as atividades.
A maneira como tem sido interpretada a frase de Descartes é de que o “ser” ocorre como consequência do “pensar”. Para isso, a existência ficaria em segundo plano ao relacionar-se com o pensamento, algo contraditório, já que o ser biológico é a “base” que carrega muitos outros princípios.
2. Parafraseando René Descartes: “Sinto calor, logo ele existe”. Há equívocos nesta frase? Indique justificando.
Seguindo a linha de raciocínio de Descartes o correto seria: “Sinto calor, logo existo”. Pois ao retomar o conceito de dualismo percebe-se a relação mente-corpo como sentenças estritamente independentes. Dessa maneira, o fato de sentir o calor não justifica a existência do mesmo, mas sim do próprio indivíduo.
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