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O Metabolismo dos Lipídeos

Por:   •  1/11/2017  •  Resenha  •  1.584 Palavras (7 Páginas)  •  919 Visualizações

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METABOLISMO DE LIPÍDEOS (13/09/2017)

O lipídeo mais consumido é Triacilglicerol  que é formado por uma molécula de glicerol e três moléculas de ácidos graxos (ácido carboxílico COOH com cadeia alifática – abertas, formadas por carbono e hidrogênio).  É um lipídio totalmente hidrofóbico, o glicerol sozinho é hidrofílico, tem três grupos hidroxila, o ácido graxo sozinho é anfipático porque tem um grupo de carbono e hidrogênio, apolar, e um grupo carboxila, polar.  A união do glicerol e dos três ácidos graxos, é uma ligação do tipo éster ([pic 1]), e acontece entre o grupo hidroxila do glicerol e o carboxila do ácido graxo.

[pic 2]

        A parte onde ocorre a maior parte da digestão dos lipídios é no intestino delgado e a degradação dos lipídeos ocorre pela ação conjunta de várias enzimas. As lipases secretadas pelo pâncreas quebram o triacilglicerol e alguns fosfolipídios:

[pic 3]

        Existe uma enzima chamada de Colesterol esterase que é muito importante no processo de digestão dos lipídeos pois é ela quem quebra a ligação éster contida no éster de colesterol. O colesterol pode ser ingerido ou produzido pelo fígado. O colesterol ingerido, em sua maior parte, está sobre a forma de éster de colesterol. Mas qual da diferença entre os dois? O colesterol tem quatro anéis fusionados e um grupo hidroxila em um deles, sendo anfipático. Porém, quando a esse grupo hidroxila liga-se um ácido graxo, forma-se a molécula de éster de colesterol.

[pic 4]

        Na boca não existe a ação de lipases. As lipases são secretadas na base da língua, na parte posterior da boca. Logo a lipase age somente no caminho entre a faringe e o estomago. Logo essa lipase só quebra os lipídeos que estão na superfície do alimento. Porém a importância dessas lipases dá-se para bebês que ainda se alimentam somente de leite e não tem o processo de digestão completamente formado, logo essas lipases serão repoisáveis pela quebra dos lipídeos presentes no leite.

        Saindo do estômago o bolo alimentar chega ao intestino, e são liberados os hormônios secretados pela mucosa do duodeno (ENTERÓCITOS - célula epitelial da camada superficial do intestino delgado e intestino grosso), a SECRETINA e PANCREOSINA. Esses hormônios atuam no pâncreas estimulando a liberação do suco pancreático, que é rico em bicabornato de sódio e, dentre outras enzimas, lipases, que quebram gorduras. O bicarbonato atua neutralizando a acidez do bolo alimentar. E as enzimas lipases fazem a digestão dos lipídeos. Acontece que quando chegam ao intestino, os lipídeos apresentam-se ainda em um tamanho grande para serem completamente quebrados. A COLECISTOQUININA, outro hormônio secretado pela mucosa do duodeno, é, também liberado pela presença do bolo alimentar. Logo em ação conjunta com a SECRETINA E PANCREOSINA, estimulam a contração da vesícula biliar, que libera no duodeno a bile. A bile com seus sais biliares fazem o processo de emulsificação dos lipídeos que quebrados em gotículas menores, permitem a melhor ação das lipases. Os ácidos biliares são produzidos no fígado a partir do colesterol (único jeito do colesterol sair do organismo quando é produzido são ácidos biliares, porém, quando se juntam ao bicarbonato, viram sais minerais). A bile é produzida pelo fígado e pode ser secretada na vesícula biliar ou secretada diretamente no duodeno. Isso faz com que pacientes que não possuam vesícula biliar sejam capazes de continuar digerindo o lipídio. Ambas em conjunto atuam, também, quando há o consumo em excesso de lipídeo. Essas pessoas, entretanto, tem que tomar cuidado com a quantidade de lipídeo que ingerem, pois esse lipídeo em excesso não é digerido e consequentemente sai nas fezes sobre a forma de esteatorreia. (esteatose hepática é gordura no fígado, esteatorreia que é gordura nas fezes).

A COLECISTOQUININA:

  1. No pâncreas secreta lipases que quebram a ligação éster (triacilglicerol e éster de colesterol)
  2. Diminui a motilidade gástrica -  o conteúdo ácido que sai do estômago, vai passar mais lentamente para o intestino delgado, afim de aumentar o tempo para esse lipídio ser quebrado em ácido graxo e colesterol, transformado em micela e absorvido. Caso passem sem ser devidamente quebrados, não formam micelas, não são absorvidos e a consequência é diarreia.

Hormônios e suas atividades

[pic 5]

Lipases secretadas pelo PANCREAS:

  1. ESTERASE – quebra dois ácidos graxos do TRIACILGLICEROL (hidrofóbico), que passa a se chamar monoacilglicerol. O produto da digestão de uma molécula de triacilglicero é uma molecula de monoacilglicerol e duas de ácido graxo . O Monoacilglicerol fica com dois grupos hidroxilas expostos passa a ser anfipático, assim como o ácido graxo que fica com um grupo hidroxila exposto.

[pic 6]

  1. COLESTEROL ESTERASE - ESTER DE COLESTEROL (hidrofóbico) é um colesterol com um ácido graxo. A colesterol esterase quebra o ácido graxo, liberando ácido graxo (anfipático) e colesterol (anfipático).

 [pic 7][pic 8]

[pic 9][pic 10]

  1. FOSFOLIPASE e LISOFOSFOLIPASE - Além da ingestão de TRIACILGLICEROL e ESTER DE COLESTEROL, também fazemos a ingestão de FOSFOLIPÍDEOS (anfipático) . Para a quebra do fosdolipideos são necessárias, entretanto, duas enzimas diferentes: a FOSFOLIPASE A e a LISOFOSFOLIPASE. A Fosfolipase A retira o ácido graxo do carbono 2. Depois a Lisofosfolipase que remove o ácido graxo do carbono 1. Sobrando no final a GLICERILFOSFORILASE (glicrol + grupo fosfato + álcool), que será ou absorvida ou excretada nas fezes.

Fosfolipase A

[pic 11]

PRODUTOS DE DEGRADAÇÃO DO LIPIDIO

Os produtos de degradação dos lipídeos são:

  1. ÁCIDOS GRAXOS
  2. COLESTEROL
  3. MONOGLICEROL

Todas essas moléculas são anfipáticas, e a partir desse momento ocorre um problema para a absorção dessas moléculas. A parede do intestino é aquosa e essas moléculas seriam impossibilitadas pela parte hidrofóbica. Para fazer essa passagem elas, então, se agrupam com os sais biliares e formam as MICELAS MISTAS. Nessa organização a parte hidrofóbica fica para dentro e a parte hidrofílica para fora e dessa forma a micela consegue atravessar a parede do intestino e entrar no enterócito. Os sais biliares, no final do processo, são absorvidos no ílio e voltam para o fígado, sintetizando mais sais biliares (formados a partir do colesterol). Porém, evitado a reabsorção desses sais biliares, o fígado tem que recolher colesterol da corrente senguinea para produção dos ácidos biliares. Essa é uma forma encontrada para ajudar na redução do colesterol através da utilização de medicação que evita essa reabsorção.  ATENÇÂO: Micela mista não tem proteína.

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