A Ditadura Militar
Por: Italo Soares • 10/1/2019 • Pesquisas Acadêmicas • 898 Palavras (4 Páginas) • 335 Visualizações
Introdução
A ditadura militar foi um dos grandes marcos da história do Brasil, esse período foi marcado por uma luta de poder, onde a censura a música e a arte eram o ponto mais forte desse período. Podemos destaca também que essa luta de poder, fez com que houvesse ainda hoje resquícios desta ditadura em nossa sociedade, tendo como público alvo as mulheres, os LGBTQI+ e os negros.
Esse trabalho tem com objetivo justificar o porque escolhemos para o nosso festival o tema: Ditadura Militar: o Velho Novo, isso porque entendemos que o período que o Brasil se encontra é de uma recessão política. Desta forma, podemos compreende que as minorias não têm voz nem vez, e que a evolução brasileira está relacionada apenas com o poder industrial, cuja mulheres, homoafetivos e negros não tem espaço e nem diretos constituintes.
Para autores como ADELMAN (2006), WOITOWICZ E PEDRO (2009) COLLING (2015), LARA E DA SILVA (2015), BRAUNER (2015), BARREIRA [et.al.] (2018) e que vão fundamentar todos esse nosso dizeres acima, quando falamos em questão de gênero e de raça. É importante salientar que essa discussão aqui proposta por nós, está longe de ter um fim, pelo contrário, se não lutarmos será ainda o começo para algo ainda pior.
“Dias de lutas dias de glória”
É desta forma, que podemos ver os curtos avanços quando falamos destas minorias, isso porque as mulheres, os homoafetivos e os negros são vítimas constantes de homicídio. Portanto ainda se defende nos dias atuais uma eugenia, sendo a mulher inferiorizada e menos valorizada no campo do trabalho e os homoafetivos são vitimas de preconceitos, isso quando não mortos por aquilo que é.
A discussão sobre a sexualidade feminina ainda terá que esperar por um bom tempo. Este tema continuará sendo considerado tabu. Não somente a Igreja e as parcelas conservadoras da sociedade brasileira negam-se a discuti-la, considerando-a algo promíscuo e atentatório à moral e aos bons costumes, mas até mesmo as organizações de esquerda e as próprias militantes repudiavam as tentativas da discussão neste sentido, optando pelo viés estritamente político (CALLING 2015, p.376).
Segundo essa citação acima, vemos que discutir a sexualidade feminina, é algo que ainda é um tabu, e que é visto como sendo algo promiscuo, isso sendo apontado por questões politicas que não apoiam o crescimento feminino fazendo com que elas sejam inferiorizadas no campo do trabalho, recebendo valores menores que o de um homem que exerce a mesma função.
Nos dias atuais, estão querendo calar novamente as vozes destas minorias, como fizeram por meio da ditadura, porém hoje a luta pelo empoderamento feminino, o reconhecimento homoafetivo e a ampliação das cotas para pessoas negras, para ingressar na faculdade e até mesmo no mercado de trabalho, estão ainda mais em alta, sendo encabeçados por jovens que buscam calar essa ditadura vestida de novo.
Quando pensamos nos homoafetivos e seus lugares no campo social CABRAL (2016, p.132) vai afirmar
Um sujeito é sempre produzido pela ordem social que organiza a experiência dos indivíduos num dado momento histórico, pela subordinação a determinadas regras, normas, leis. Se isso é verdade para todos os sujeitos, parece ainda mais para aqueles que ocupam um lugar inferiorizado na ordem social, como é o caso dos homossexuais, já que a sua existência numa sociedade heterocentrada os subordina a um sistema de constrangimentos excludente e marginalizante.
Os dias de lutas dias de glórias expressa na letra da música de Charlie Brown Jr, nos mostram a realidade dos dias atuais, isso é, haverá dias que iremos precisar voltar as ruas como jovens que somos, para dizer o que queremos, defendendo o que somos, para que assim possamos viver de forma igualitária, sem preconceito ou descriminação, vivendo assim os dias de glória.
Conclusão
Conclui-se por sua vez que o processo politico no qual estamos vivendo, expressa quase que em sua totalidade uma luta de interesses próprios. Com isso, queremos aqui ressaltar que a politica aqui feita em nosso país que prega o novo, e que tudo vai ser novo, porém nada mais é do que a velha política de sempre sendo vestida de nova com as atitudes de sempre.
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