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A METODOLOGIA DE PESQUISA

Por:   •  21/5/2015  •  Monografia  •  1.592 Palavras (7 Páginas)  •  242 Visualizações

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1.1 – METODOLOGIA DE PESQUISA

Em decorrência da quantidade de consequências negativas para o desenvolvimento infantil, surge espaço para o desenvolvimento de programas de prevenção e de intervenção precoce como forma de promover o desenvolvimento infantil adequado, evitando problemas de aprendizagem e de conduta, pois há indicativos de que quanto mais cedo uma intervenção for iniciada, melhores serão os resultados para a criança e sua família.

Os programas de intervenção precoce para gravidez na adolescência devem ter como objetivo prevenir a ocorrência da gravidez na adolescência, aumentar habilidades parentais, fornecer serviços de pré-natal, diminuir taxa de reincidência de gravidez precoce e promover o desenvolvimento adequado da criança fruto de uma gravidez na adolescência. No Brasil há uma carência de estudos visando tal tipo de prevenção, demonstrando a necessidade de pesquisas que procurem desenvolver e aprimorar programas voltados para a realidade brasileira. Os indicadores atuais demonstram que os poucos programas existentes no Brasil foram capazes de diminuir os índices relacionados com a ocorrência de gravidez na adolescência e reduzir os fatores de risco para o desenvolvimento infantil, permitindo um vislumbre positivo do que pode vir a ser realizado no combate à gravidez precoce.

A intervenção precoce inclui todas as formas de apoio específico à criança e também de apoio e orientação aos pais e à família alargada, que são desenvolvidas por motivo de detecção de problemas, ou disfunções no desenvolvimento da criança.

O desenvolvimento e maturação cerebral da criança tem um ritmo muito rápido nos primeiros anos de vida e a plasticidade cerebral é seguramente maior nesta do que no adulto. O Sistema Nervoso Central é um sistema dinâmico e capaz de reorganização. Não se desenvolve no vácuo, mas sim em íntima relação com as experiências do meio ambiente. A recuperação da função parece ser tanto mais eficaz, quanto mais específica da função, se se der num ambiente rico e estimulante e for mais motivadora.

A explicação neurofisiológica da organização e funcionamento de cérebro é ainda difícil de compreender. Existem múltiplos circuitos neuronais complexos, com sinapses excitatórias, ou inibitórias, diferentes tipos de neurónios e de neurotransmissores. Os atuais conhecimentos do funcionamento do cérebro vêm dar reforço à importância da Intervenção Precoce. A intervenção tem que ser feita enquanto o sistema está ainda lábil e, portanto, ainda não organizado num “mapa” cerebral de modelos e circuitos funcionais estáveis.

1.2 – PROCEDIMENTOS 

A gravidez é o período de crescimento e desenvolvimento do embrião na mulher e envolve várias alterações físicas e psicológicas. Desde o crescimento do útero e alterações nas mamas a preocupações sobre o futuro da criança que ainda irá nascer. São pensamentos e alterações importantes para o período.
Adolescência e gravidez, quando ocorrem juntas
, podem acarretar sérias consequências para todos os familiares, mas principalmente para os adolescentes envolvidos, pois envolvem crises e conflitos. O que acontece é que esses jovens não estão preparados emocionalmente e nem mesmo financeiramente para assumir tamanha responsabilidade, fazendo com que muitos adolescentes saiam de casa, cometam abortos, deixem os estudos ou abandonem as crianças sem saber o que fazer ou fugindo da própria realidade.

Observam-se, com frequência, opiniões sobre a gravidez juvenil em rodas de conversa, por exemplo, a partir de elementos do senso comum, que influenciam as percepções das pessoas.

Segundo Pais (1993):

A juventude é uma categoria socialmente construída. Portanto, sujeita a modificar-se ao longo do tempo. A segmentarização do curso da vida em sucessivas fases é produto de um complexo processo de construção social. No dia-a-dia, os indivíduos tomam consciência de determinadas características e, se elas afetam um universo considerável de indivíduos pertencentes a uma geração, são culturalmente incorporadas. Se essas características de um período da vida apresentam-se como expressão de problemas, então atraem a atenção dos poderes públicos, tornando-se objeto de medidas legislativas ou não. Como exemplo, há os programas de formação profissional, prolongamento da escolaridade, a criação do Estatuto da Criança e do Adolescente e muitas outras.

1.3 – Pesquisa de Dados

 Assim, é um desafio abordar, de forma analítica, a partir de dados de pesquisas científicas, determinados temas sobre os quais todos têm algo a dizer ou uma “verdade” a ser enunciada. É preciso desconstruir certas concepções hegemônicas (muitas vezes míticas e carregadas de preconceitos), problematizar outras e complexificar o debate em torno de determinados assuntos, para a criação de espaços plurais e democráticos de diálogo e convivência, com maior tolerância às diferenças.
Há cerca de meio século teve início o processo de separação entre sexo e procriação, com o aparecimento das pílulas anticoncepcionais, o que deu origem a importantes transformações nos costumes comportamentos de homens e mulheres. A sexualidade feminina pôde ser exercida com menores constrangimentos, pela possibilidade de maior controle da fecundidade. Nesse contexto de mudanças sociais e de condutas sexuais, emerge, em alguns países, o fenômeno da “gravidez na adolescência”, geralmente percebida como evento novo e perturbador do “bom” desenvolvimento juvenil.

É muito importante que a adolescente faça o pré-natal para que possa compreender melhor o que está acontecendo com seu corpo, seu bebê, prevenir doenças e poder conversar abertamente com um profissional, sanando as dúvidas que atordoam e angustiam essas jovens.O desafio, hoje, parece ser o de encontrar os fios para tramar a continuidade, construindo uma experiência de tempo que possibilite passar pela variedade e pela mudança sem se perder.

1.4 – REVISÃO DE LITERATURA

Com relação aos fatores de risco biológicos para o desenvolvimento do bebê, pode-se dizer que os filhos de mães adolescentes exibem maiores índices de mortalidade, morbidade, baixo peso ao nascer e prematuridade do que os filhos de mães adultas. Estudos genéticos indicam alto índice de portadores de síndrome de Down em filhos de mães menores de 15 anos de idade, semelhante à proporção encontrada em filhos de mães com mais de 35 anos.

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