A SAÚDE E SEGURANÇA NO TRABALHO
Por: biatavaresrosa • 11/3/2019 • Resenha • 2.534 Palavras (11 Páginas) • 285 Visualizações
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FABIANA DA ROSA TAVARES
SAÚDE E SEGURANÇA NO TRABALHO
Tubarão, 2018.
Nome: Fabiana da Rosa Tavares
Curso: Educação Física – Bacharel Data: 09/11/2018
Disciplina: Saúde e Segurança no Trabalho
ARTIGO
Doenças osteomusculares relacionadas ao trabalho e à ginástica laboral como estratégia de enfrentamento
CREDENCIAIS DO AUTOR
Paulo Henrique Barbosa 1
Flavia Carneiro 1
Lucas Risseti Delbim 2
Marcelo Studart Hunger 3
Anderson Martelli 4
1 Graduação em Educação Física pela Faculdade Mogiana do Estado de São Paulo - Município de Mogi Guaçu – SP
2 Mestre em Sustentabilidade e Qualidade de Vida – (UNIFAE). Docente do Curso de Educação Física da Faculdade Mogiana do Estado de São Paulo - Município de Mogi Guaçu – SP, Brasil
3 Mestre em Performance Humana pela Universidade Metodista de Piracicaba. Docente do Curso de Graduação em Educação Física da FMG - Faculdade Mogiana do Estado de São Paulo - Município de Mogi Guaçu – SP
4 Professor da Faculdade Mogiana do Estado de São Paulo, FMG, Mogi Guaçu-SP, Brasil
Especialista em Laboratório Clínico - Patologia Clínica pela Faculdade de Ciências Médicas – UNICAMP
RESUMO DO ARTIGO
Com a Revolução Industrial, o trabalho desenvolvido nas fábricas e o avanço tecnológico facilitaram o manuseio das máquinas, mas restringiu o movimento corporal durante o controle do funcionamento delas, ocasionando rotinas monótonas e a falta de poder de decisão do trabalhador, fatores que interferem na apreensão individual e coletiva do ambiente de trabalho e da saúde ocupacional. Com o aparecimento do especialista – que realiza tarefas pré-determinadas durante toda a jornada de trabalho, ou seja, comporta-se no dia a dia com movimentações restritas e imensamente repetitivas, esta, apresenta como principal fator desencadeante para o aumento do número do caso de tenossinovites e outros distúrbios osteomusculares relacionados ao trabalho (DORT), principalmente nos membros superiores.
Segundo Figueiredo e Mont’Alvão, as doenças ocupacionais são patologias originadas após a Revolução Industrial, no século XVIII, ao impor um ritmo de trabalho mecânico ao homem, ocasionando assim uma série de movimentos constantes, repetidos e em grande velocidade. Nos dias atuais o impacto da nova forma de produção efetivada a partir da sociedade capitalista reflete um grande número de trabalhadores acometidos pelas doenças ocupacionais. Paradoxalmente, os ergonomistas contribuem para o planejamento, projeto e a avaliação de tarefas, postos de trabalho, produtos, ambientes e sistemas de modo a torná-los compatíveis com as necessidades, habilidades e limitações das pessoas e a redução das doenças ocupacionais.
Com a evolução da tecnologia, o trabalho vem se tornando mais complexo e exige das pessoas uma qualificação profissional mais apurada. Neste sentido, o ser humano tem sido considerado como um dos elementos na análise e projetos ergonômicos, com o envolvimento de questões mais amplas, não se limitando ao escopo do cargo ou tarefa. Ao realizar algum tipo de trabalho, o indivíduo está introduzido em um ambiente social mais amplo, podendo impactar socialmente na vida e no bem estar desse indivíduo, levando-o a situações de maior ou menor desgaste.
Todas as ações que a empresa e os colaboradores desenvolvem na busca da integração biopsicossocial e do controle dos fatores de riscos ocupacionais estão ligadas a gestão da Qualidade de Vida no Trabalho (QVT) dentre elas as atividades associativas e esportivas, programas de ginástica laboral (GL), eventos de turismo e cultura, atendimento à família, processos de seleção e avaliação de desempenho, carreira, remuneração e programas participativos, que exercem influência sobre a qualidade de vida dos funcionários, medidas ergonômicas e de cuidados com a alimentação.
Segundo Mendes e Leite1 os programas de GL em paralelo aos programas de QVT, promoção de saúde e lazer no ambiente ocupacional somado à ergonomia, visam amenizar os efeitos deletérios que o mau uso da tecnologia e a intensificação do desenvolvimento do trabalho podem acarretar. Nesta perspectiva somam-se às ações necessárias uma nova abordagem organizacional que define e considera o colaborador como parte integrante de uma cadeia produtiva que, invariavelmente necessitam de ações profiláticas e atuantes para amenizar e/ou sanar algum distúrbio ou problema latente.
Assim, o presente estudo apresenta como objetivos retratar a GL como estratégia de enfrentamento e conscientização em face de algumas doenças ocupacionais visando à redução do sofrimento laboral, mesmo que de forma local e pontual auxiliando na implantação de diretrizes e figurando como instrumento de consulta e pesquisa.
MATERIAL E MÉTODO
Para a composição da presente revisão foi realizado um levantamento bibliográfico de artigos científicos disponíveis nas bases de dados nacionais e internacionais: Scielo, Bireme, Pubmed e Google acadêmico publicados até 2014 utilizando como descritores isolados ou em combinação: Distúrbios osteomusculares, ginástica laboral, ergonomia, trabalho, qualidade de vida e adicionalmente a consulta de livros acadêmicos para complementação das informações sobre as doenças osteomusculares relacionadas ao trabalho e a ginástica laboral como forma de enfrentamento.
Para seleção do material, efetuaram-se três etapas. A primeira foi caracterizada pela pesquisa do material que compreendeu entre os meses de fevereiro a julho de 2014 com a seleção de 58 trabalhos. A segunda compreendeu a leitura dos títulos e resumos dos trabalhos, visando uma maior aproximação e conhecimento, sendo excluídos os que não tivessem relação e relevância com o tema. Após essa seleção, buscaram-se os textos que se encontravam disponíveis na íntegra, totalizando 33 trabalhos, sendo estes, inclusos na revisão.
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