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AVALIAÇÃO - EDUCAÇÃO FÍSICA

Por:   •  25/9/2019  •  Trabalho acadêmico  •  3.385 Palavras (14 Páginas)  •  229 Visualizações

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  1. INTRODUÇÃO

Antigamente, há alguns anos atrás, a educação física escolar tinha como objetivo principal de avaliação o desenvolvimento motor e a melhora no desempenho, estes eram mensurados por meio de avaliações quantitativas. Já nos dias de hoje a educação física busca englobar em suas avaliações, além do desenvolvimento motor, os desenvolvimentos psicomotores, social e afetivo dos alunos.

                           A avaliação se tratando da Educação Física Escolar também é considerada como um processo que permite julgar o ensino aprendizagem e gerar informações qualitativas e quantitativas, tanto para o professor quanto para os alunos. Avaliar, em Educação Física, também pode ser visto como um diagnóstico para detectar possíveis eventuais falhas que possam acontecer durante esse processo de ensino aprendizagem.

Contudo, o objetivo principal desta pesquisa é esclarecer quais são os métodos de avaliação mais aplicados pelos professores de educação física na rede pública de ensino, quais os métodos são menos utilizados e o que implica cada método de avaliação na vida escolar dos alunos.


  1. DESENVOLVIMENTO

Em toda a nossa existência humana passamos por avaliações e também somos avaliados em circunstâncias e momentos da nossa vida e do mundo que nos rodeia. Submetemos pessoas a avaliações, averiguações e somos submetidos a estas também a todo o momento, por vezes essas “averiguações” norteiam nossas decisões e objetivos.

No decorrer dos anos a estrutura da sociedade sofreu mudanças, o comportamento humano foi se modificando e o avanço das tecnologias cada vez mais conquistando seu espaço na sociedade e na vida das pessoas. Partindo desse pressuposto sobre avaliar, passamos a enfatizar esse termo como um método muito usado na educação física escolar que é a avaliação. Portanto, avaliar em Educação significa reconhecer, diagnosticar, desenvolver e valorizar a expressão individual, a cultura própria e a manifestação de afetividade, como um meio para a aprendizagem e formação integral do educando. A avaliação tem como principal objetivo diagnosticar, ou seja, é através desse diagnóstico que serão detectadas as dificuldades do aluno na aprendizagem e suas causas, e quando esse diagnóstico é feito de maneira compreensiva possibilita mais ganhos a educação e aprendizagem do aluno passa a se tornar mais significativa tanto para ele quanto para o professor.

A avaliação passou por diferentes visões ao longo do tempo, destacamos algumas autoras que, com suas visões, nos ajudaram a chegar a um conceito do que é avaliar em se tratando de educação. Entre elas destacam-se a tradicional, a crítica e a emergente. Para explicar melhor sobre o que é a avaliação tradicional teremos como base o pensamento teórico de Bloom et al. (1983) e Goldberg e Sousa (1979). Segundo Bloom et al. (1983), o ato de diagnosticar na educação deve vir acompanhado de uma ação coerente, no sentido de informar aluno e professor da presença ou ausência do conhecimento. O diagnóstico, para o professor e para o aluno, é de certa forma, um meio pelo qual ambos irão se situar diante das dificuldades apresentadas. Dessa forma o que podemos observar é que o ato de diagnosticar, no método avaliativo, é importante, pois é através de um diagnóstico que o professor detecta possíveis falhas no processo de aprendizagem dos seus alunos e esse diagnóstico deve ser feito de maneira precisa e com responsabilidade para que uma eventual falha dessa “pré-avaliação” não comprometa, em um futuro próximo, a aprendizagem dos alunos.

Já Goldberg e Sousa (1979) diz que a avaliação está diretamente ligada à avaliação de objetivos, ou seja, é causa/efeito, que, por sua vez, também, está diretamente ligada ao planejamento. A avaliação, em suma, é o controle de qualidade do planejamento. Nesta concepção entendemos que há uma sinergia muito grande nos processos de avaliação e planejamento, embora a relação planejamento/avaliação seja bastante complexa. Através desses pensamentos as autoras transmitem que a avaliação, antes de dar um resultado, ela deve apontar as falhas que, através dos “pré-diagnósticos”, foram encontradas no processo de ensino aprendizagem.  Na visão crítica temos alguns referenciais teóricos como Depresbiteris (1989), que segundo ele, não devem prevalecer na avaliação somente os aspectos qualitativos ou quantitativos, ela deve ocorrer de forma contextualizada. A avaliação no seio da atividade de aprendizagem é uma necessidade, tanto para o professor como para o aluno. A avaliação permite ao professor adquirir elementos de conhecimentos que o tornem capaz de situar, do modo mais correto e eficaz possível, a ação do estímulo, de guia ao aluno. Já para Luckesi (1998), o ato de avaliar tornou-se tão importante que o processo pedagógico passou a girar em torno dos resultados; a avaliação deve, assim, ser usada como instrumento fornecedor de informações significativas para a aprendizagem do aluno, auxiliando-o no seu crescimento e desenvolvimento; portanto, deve ser um ato amoroso. Já para Hoffmann (2000) há contradições entre discurso e prática propiciando uma dicotomia entre a educação e a avaliação. Estes dois fatos não podem ser vistos como distintos e separados, na realidade, eles caminham juntos, com um único propósito: o de investigar e refletir sobre a ação pedagógica. Por fim, a visão emergente onde encontramos como referência o teórico Gardner (1995), segundo ele a avaliação permite focalizar as competências mais desenvolvidas do aluno e refletir sobre elas, para melhorar outras nas quais ela tenha menos desenvolvimento. Contudo, baseados nessas três visões e tendo como referencial teórico tais autores e seus pensamentos podemos ressaltar que a maioria desses autores não fazem ressalva a importância da avaliação como um ato de definição e seleção para os professores, mas como uma ferramenta que inclui os alunos na sociedade não os exclui. Porém, como um ato amoroso, a avaliação deve ser bem planejada para que desperte o interesse pelo saber por si só e pelo seu real sentido.

Segundo Mendes et al. (2007) a Lei de Diretrizes e Bases da Educação Nacional (LDB) nº 9.394/96, propõe no seu artigo 24 um modelo de avaliação escolar com caráter contínuo e cumulativo, com prevalência dos aspectos qualitativos sobre os quantitativos e dos resultados adquiridos ao longo do período sobre as eventuais provas finais.  Mendes ainda afirma que, por outro lado, estudos apontam que as características das práticas avaliativas aplicadas pelos professores de Educação Física na atualidade, nos diversos níveis de ensino, direciona-se na maioria das vezes exclusivamente à verificação do aprendizado pela análise da capacidade de retenção de informações e reprodução de movimentos técnicos, desconsiderando-se o desenvolvimento e progresso global do aluno. Através desse pensamento de Mendes podemos constatar que em nossa região as práticas avaliativas adotadas por grande parte dos professores de educação física enfatizam a verificação de aprendizado dos alunos exclusivamente por meio de avaliações teóricas (provas) e avaliações de participação nas aulas. Para Darido e Rangel (2005) nos últimos anos não foram poucos os professores que optaram por esse método tradicional de avaliação, pois diziam tornar a Educação Física mais cientifica objetiva e qualitativa. Apesar de que partir da década de 70, esse modelo tradicional de avaliação passou a ser alvo de muitas críticas e comprovado através de pesquisas que esse sistema de avaliação só estava servindo para rotular os alunos (em excelentes, bons, regulares e fracos).

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