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Educação Física na escola: possíveis meios de superar a exclusão oportunizando a inclusão.

Por:   •  25/10/2016  •  Trabalho acadêmico  •  3.368 Palavras (14 Páginas)  •  631 Visualizações

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Educação Física na escola: possíveis meios de superar a exclusão oportunizando a inclusão.

Marilia da Silva Muniz[1]

Resumo

Investigar a importância das aulas de Educação Física para inclusão de todos os alunos nas diversas atividades suscita desafios, pois ainda presenciamos a exclusão nas escolas. Contudo, temos grandes avanços na educação, como os PCN’s, estes contribuem com novas concepções educacionais: o princípio da inclusão, as dimensões dos conteúdos e os temas transversais. Além de apresentar propostas com alguns avanços e possibilidades importantes para a educação inclusiva no ambiente escolar, que está repleto de diversidade cultural, social, religiosa, biológica, uma pluralidade de ideias e opiniões, as quais devem ser respeitadas e assistidas de perto por todos que fazem parte da comunidade escolar, orientando corretamente como todos devem lidar com essa diversidade, ou seja, com as diferenças. Compreender a Educação Física como facilitador para oportunizar a inclusão, permitindo uma participação aberta de todos os alunos independente de suas limitações ou dificuldades, acolhendo essas diferenças de forma a valorizarem a diversidade humana, contribuindo com a construção de uma sociedade mais tolerante, sem preconceito, ou seja, inclusiva. Destarte, essa discussão deve estender-se, pois nos parece que campo da Educação Física revela as concepções da educação inclusiva devem ser discutidas de forma mais ampla, uma vez que os problemas da inclusão escolar devem se investigados e analisados com ênfase tanto na Educação Física como nas demais disciplinas.

PALAVRAS-CHAVE: Educação Inclusiva. Escola. Educação Física.

Introdução

A história da Educação Física no Brasil, mesmo no contexto escolar, indica que sempre houve exclusão não somente da pessoa com deficiência, mas também do mais gordo, dos que usam óculos, dos mais lentos, dos menos talentosos, dos menos habilidosos, das meninas entre outros. Com as novas concepções educacionais dos PCN ‘s propõe o princípio da inclusão, e vislumbrar as aulas de Educação Física com competência para sobrepujar a exclusão, oportunizando a inclusão de todos os alunos diversas atividades.

Então, a Educação Física está vinculada a inclusão escolar que estimula nos alunos a reconhecer suas limitações e dificuldades, para que desenvolvam aptidões de cooperação, de solidariedade, de respeito às diferenças, oferecendo a todos as mesmas condições, porém garantindo criar os melhores mecanismos de aprendizagem adequados para cada aluno, superando a exclusão.

Contudo, a educação inclusiva é mais complexa do que se imagina, o preconceito ainda está muito arraigado na cultura brasileira. No entanto, além das leis, existem ações conjuntas (professores, alunos, família, etc.) que lutam por mudanças e transformações na sociedade.

A análise da importância e dos benefícios das aulas de Educação Física para uma educação inclusiva através deste levantamento bibliográfico com abordagem qualitativa, busca-se informações para responder os questionamentos levantados.

Portanto, percebemos que é imprescindível procurar novos princípios comportamentais e culturais como diretrizes para possíveis meios de superar a exclusão oportunizando a inclusão (COSTA E SOUSA, 2004). Assim, compreendemos que a educação inclusiva tem ampliado seu espaço na educação, e este é um dos assuntos mais debatidos por esses profissionais.  Porém, precisamos reconhecer que todas as pessoas devem ter as mesmas condições de usufruir seus direitos com cidadãos.

Sendo assim, a Educação Física na escola, incentivando o acolhimento do diferente, compreendendo essas diferenças como possíveis possibilidades de superação das limitações que todo ser humano esse direito independente de gênero, biotipo, cor, raça, deficiência, etnia e sexualidade. Para tanto, é necessário adequar e flexibilizar: os conteúdos, o período, o espaço escolar, aprendendo a aprender a lidar e integrar os alunos ditos “diferentes”, desconstruindo os mitos relacionados coma a incapacidade no processo de aprendizagem, construindo atitudes positivas, resinificando as possibilidades e compreender a escola como instituição de inclusão social. 

        

Educação Inclusiva Escolar na Educação Física

A educação é um direito de todos, ao garantirmos o direito à educação estaremos dando oportunidades iguais a pessoas diferentes. Porém, sabemos que na escola a educação inclusiva não é praticada como deveria ser. Ainda continua discriminado e excluindo pessoas e grupos sociais, e isto ocorre em todos os níveis, docentes e discentes, desde o ensino fundamental ao ensino superior. (CASTILHO,[s.d.])

Precisamos considerar todas as possibilidades de respeitar as diversidades existentes nas escolas, na perspectiva da inclusão. A igualdade assegura a diversidade, as concepções de liberdade e de felicidade social tem que garantir a existência das diferenças culturais, históricas e produtivas da sociedade. (Aguiar, 2000)

No entanto, a inclusão deve colocar as crianças e adolescentes nas escolas regulares e auxiliar os professores a receberem a responsabilidade quanto à aprendizagem desses. Isto se refere a aqueles que não estão favorecendo com a escolarização e não apenas àquelas que são rotuladas com o termo “necessidades educacionais especiais” (MITTLER, 2003).

Assim, quando se fala em inclusão, não se refere somente aos alunos com deficiência, mas a outros, independentemente de raça, cor ou condição física (gênero, biotipo, cor, raça, deficiência, etnia, sexualidade), ou seja, que são excluídas por vários motivos.

A escola tem um ambiente sociocultural extenso, pois há uma diversidade presente e constante. Sendo assim, se as diferentes presentes forem garantidas aumenta as possibilidades da escola ser um dos instrumentos para a constituição de uma sociedade mais tolerante, com respeito  ao  outro,  o reconhecer as diferenças como e falar sobre as elas sem  preconceito ou discriminação. (Gomes, 1999)

Para Cavalleiro (2006, p. 21):

Silenciar- se diante do problema não apaga magicamente as diferenças, e ao contrário, permite que cada um construa, a seu modo, um entendimento muitas vezes estereotipado do outro que lhe é diferente. [...] É imprescindível, portanto, reconhecer esse problema e combatê-lo no espaço escolar. É necessária a promoção do  respeito mútuo, o respeito a outro, o reconhecimento das diferenças, a possibilidade de se falar sobre as diferenças sem medo, receio ou preconceito.

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