JOGOS E BRINCADEIRAS COMO CONTEÚDO DA EDUCAÇÃO FÍSICA ESCOLAR PARA CRIANÇAS DO ENSINO FUNDAMENTAL
Por: femarinheiro • 12/3/2018 • Monografia • 4.951 Palavras (20 Páginas) • 640 Visualizações
AUTOR
JOGOS E BRINCADEIRAS COMO CONTEÚDO DA EDUCAÇÃO FÍSICA ESCOLAR PARA CRIANÇAS
DO ENSINO FUNDAMENTAL
BATATAIS
2010
RESUMO
O presente artigo versa sobre os jogos e brincadeiras como conteúdo da Educação Física escolar para alunos do ensino fundamental, o qual se propõe demonstrar a importância desta prática nas escolas, pois os jogos como conteúdo escolar são de fácil aplicação e proporcionam boas condições de aprendizado. Diante desse contexto, o objetivo do estudo é mostrar a importância dos conteúdos da educação física escolar com ênfase nos jogos e brincadeiras para crianças de nove e 10 anos de idade. Os conteúdos na educação física são representados pela sua dimensão, ou seja, compreende-se como uma seleção de formas ou saberes culturais, conceitos, explicações, raciocínios, habilidades, linguagens. Valores, crenças, sentimentos, atitudes, interesses, modelos de conduta entre outros, cuja assimilação é considerada essencial para que se produzam desenvolvimento e socialização adequada aos alunos. No contexto da Cultura Corporal de Movimento, a Educação Física é uma prática pedagógica que trata dessa parte desde a Educação Infantil até o Ensino Médio, introduzindo e integrando os alunos por meio de atividades com base em jogos e brincadeiras. A escolha do tema foi a partir da percepção de que pouco se tem explorada essa prática disciplinar pedagógica em sala de aula. Os achados encontrados na pesquisa bibliográfica confirmam que os jogos e brincadeiras como conteúdos da Educação Física Escolar para crianças do ensino fundamental são de grande importância para o desenvolvimento, motor, cognitivo, psicológico, social, além de ajudar no desenvolvimento da aprendizagem e do conhecimento.
Palavras chave: Educação Física. Jogos e brincadeiras. Conteúdos. Desenvolvimento. Aprendizagem.
INTRODUÇÃO
Jogo é uma atividade humana que se manifesta na realidade concreta de forma lúdica, exploratória e intencional, dentro de um processo de desenvolvimento individual e de interação social, por meio da qual se adquirem, progressivamente, concepções de homem, mundo e sociedade e os valores assimilados ao longo desse processo.
Jogo e brincadeira são considerados promotores da aprendizagem e do desenvolvimento, além de contribuir diretamente com as práticas pedagógicas desenvolvidas mediante atividades lúdicas como estratégias em sala de aula.
Deve-se levar em conta esta possibilidade, considerando que no jogo educativo e na brincadeira, por serem praticados de forma lúdica e espontânea, os alunos buscam a alegria e o prazer e não há momento mais propício do que se desenvolver o aprendizado enquanto se brinca.
A educação física utiliza-se de jogos e brincadeiras como um poderoso instrumento para auxiliar o desenvolvimento das crianças, seja no plano motor, afetivo ou cognitivo com a finalidade de promover um estilo de vida ativo e saudável, conduzindo a uma qualidade de vida satisfatória (SANTOS, 2009).
Não proporcionar os benefícios dos jogos e brincadeiras às crianças é castrar as próprias estratégias criativas de aulas. Ao se pensar em aulas de Educação Física Escolar para crianças na faixa etária proposta nesse estudo, ou seja, nove e 10 anos de idade, deve-se pensar em aulas com movimentação, circuitos recreativos, jogos, brincadeiras, brinquedos e músicas. E dessa forma, a Educação Física Escolar é realizada por meio da ludicidade pedagógica.
Segundo os PCN’s (BRASIL, 1997) na aula de Educação Física voltada para as séries iniciais do Ensino Fundamental, o aluno deve ser considerado como um todo, no qual os aspectos cognitivos, afetivos e corporais estejam incorporados em todos os aspectos.
No processo de maturação da criança, o brinquedo, a motricidade, a afetividade e a inteligência estão intimamente associados. As atividades motoras associadas ao brincar possibilitam à criança desenvolver suas funções afetivas e intelectuais, destacando-se como indivíduos, estabelecem o convívio social, tomam iniciativas próprias e estimulam a criatividade.
Segundo Aguiar (1998) o jogo é reconhecido como meio para fornecer à criança um ambiente agradável, motivador, planejado e enriquecedor, capaz de proporcionar a aprendizagem de várias habilidades.
Diante desse contexto, o objetivo do estudo é mostrar a importância dos conteúdos da educação física escolar com ênfase nos jogos e brincadeiras para crianças do ensino fundamental.
DESENVOLVIMENTO
1. A ESCOLA DE ONTEM E HOJE
A escola que o professor fez é muito diferente daquela que ele faz. Os tempos mudaram. Se antes o estabelecimento de ensino era o detentor do conhecimento, hoje o acesso à informação está facilitado, disponível em vários lugares (televisão, internet, rádio, jornais etc.) (CAPELLI, 2002).
Rachel Dantas[1] afirma que o professor necessita de formação continuada para acompanhar as transformações pelas quais o mundo vem ando, principalmente porque há uma grande defasagem entre a formação passada e atual, pelo menos uns 20 anos. E Dantas enfatiza que o processo de educação também se modificou com essa nova postura da escola. O construtivismo passou a ter papel importante na formação de alunos e professores. A esse respeito, Dantas argumenta:
Porém, nem todas as escolas que afirmam ser construtivistas, entendem realmente essa teoria. O professor precisaria conhecer o construtivismo, porque até quando não conhece, ele está usando o encontro e o contato social na escola, que são pressupostos da teoria. Mesmo sem saber, alguns professores são sócio-construtivistas (DANTAS apud CAPELLI, 2002, p, 2).
A autonomia do educador é outra questão importante para que o professor construa uma escola diferente da que ele frequentou. A educadora acredita que a autonomia precisa ser coordenada e planejada. Não é possível que os professores façam seu planejamento como desejar, tampouco sozinhos. Ninguém ensina sem aprender, o professor precisa saber como se aprende para ensinar a aprender” (DANTAS apud CAPELLI, 2002, p, 3).
Para a educadora, esforços estão sendo realizados para que, na universidade, os professores sejam formados dentro da concepção construtivista, porém, vista como uma realidade distante. Vale dizer que são poucas as escolas de Ensino Infantil, Fundamental e Médio, públicas e particulares, que realmente empregam a teoria em sua essência.
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