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Meninas De Um Lado, Meninos Do Outro: Uma Análise Do Futebol Como Conteudo Nas Aulas De Educação Física Escolar.

Por:   •  23/9/2023  •  Monografia  •  4.740 Palavras (19 Páginas)  •  70 Visualizações

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MENINAS DE UM LADO, MENINOS DO OUTRO: UMA ANÁLISE DO FUTEBOL COMO CONTEUDO NAS AULAS DE EDUCAÇÃO FÍSICA ESCOLAR.

LUIZ HENRIQUE DA SILVA BEIJO

Campo Grande/MS

 2022

MENINAS DE UM LADO, MENINOS DO OUTRO: UMA ANÁLISE DO FUTEBOL COMO CONTEUDO NAS AULAS DE EDUCAÇÃO FÍSICA ESCOLAR.

LUIZ HENRIQUE DA SILVA BEIJO

Artigo apresentado ao Curso de Educação Física do Centro Universitário da Unigran - EAD, como requisito para obtenção do título de Licenciado em Educação Física na disciplina de Trabalho de Conclusão de Curso II, sob orientação do Prof. Me. Rubens Silva Arguelho

Campo Grande/MS

2022

SUMÁRIO

RESUMO........................................................................................................................................3 1.INTRODUÇÃO         .3

2. GÊNERO E EDUCAÇÃO FÍSICA .........................................................................................5

3 O FUTEBOL E A QUESTÃO DE GÊNERO.........................................................................7

3.1 O Futebol Feminino no Brasil.................................................................................................7

4. INTERVENÇÕES PEDAGÓGICAS DO PROFESSOR NAS AULAS DE EDUCAÇÃO FÍSICA ............................................................................................................................................8

5. MATERIAL E MÉTODOS.....................................................................................................10

6. RESULTADOS E DISCUSSÃO..............................................................................................10

7. CONCLUSÃO...........................................................................................................................14

8. REFERÊNCIAS ......................................................................................................................15

RESUMO

O futebol tem se caracterizado ao longo da história como um fenômeno que envolve e mobiliza milhões de pessoas por todo o mundo e embora tenha sido inicialmente voltado exclusivamente ao público masculino, tem se estendido fortemente ao público feminino também. Não apenas como meras espectadoras, as mulheres se tornaram também praticantes de esportes que anteriormente eram em sua maioria masculinos, todavia há ainda dificuldade no que diz respeito à junção e equiparação de ambos os sexos, principalmente no âmbito escolar. Este artigo tem como intuito mostrar o processo de transformação que o futebol feminino sofreu para ganhar proporção no Brasil e os avanços até a liberação da prática do esporte para as mulheres, através de pesquisa bibliográfica em mecanismos de pesquisa como Scielo, Google acadêmico e periódicos especializados. Trataremos do assunto desde o início, mostrando a luta das mulheres contra decretos e proibições, os desafios enfrentados ao longo dos tempos, até a liberação da prática do futebol feminino nas escolas, e abordaremos as possibilidades de se trabalhar essa modalidade como conteúdo nas aulas de educação física escolar incluindo ambos os sexos. Busca-se desenvolver uma reflexão crítica sobre as questões de gênero que o esporte envolve, levando o leitor a pensar sobre a discriminação que em teoria não existe mais, mas que na prática ainda torna o assunto um tabu.

Palavras chave: Futebol Feminino, Gênero, Educação Física.

1. INTRODUÇÃO

Segundo matéria do site mundo educação, o futebol originou-se na China há cerca de cinco mil anos, e modernizou-se na Inglaterra durante o século XIX, o futebol é o esporte coletivo mais popular do planeta, envolvendo – de acordo com pesquisa realizada pela FIFA em 2006 - aproximadamente 270 milhões de pessoas diretamente, seja como jogadores ou como árbitros.

O Futebol conhecido hoje em dia no Brasil teve origem na Inglaterra, no século XIX. Inicialmente era praticado apenas por homens brancos e da elite, porém acabou se tornando uma prática popular a partir de 1930, foi quando surgiram também o fim do amadorismo e os primeiros registros dos jogadores assalariados vindos através do futebol operário. Anteriormente o futebol era praticado como lazer, porém os donos das fábricas perceberam que o sucesso das equipes que levavam o nome da empresa era um ótimo meio de divulgação dos produtos, sendo assim, os trabalhadores mais habilidosos ganhavam benefícios como prêmios por vitórias, trabalhos mais leves e até dispensa para se dedicar aos treinos (PINHEIRO, P. H, 2021). 

O futebol praticado por mulheres teve registro na década de 1920, no entanto começou a se proliferar nos anos de 1940, nessa época muitos alegavam que o esporte traria sérios problemas fisiológicos, incluindo a impossibilidade em ser mãe, que era primordial para as mulheres. A política e a opinião pública não gostaram de ver as mulheres jogando futebol e em 1941 veio o primeiro decreto lei, com a criação do Conselho Nacional de Desportos, que ressaltava: “as mulheres não deveriam praticar esportes que não fossem da sua natureza. Apesar de não ser citado nominalmente, o futebol se enquadrava.” Em 1965, com o governo militar, esse decreto é novamente publicado, mas agora mais detalhado no Art. 54: “Às mulheres não se permitirá a prática de desportos incompatíveis com as condições de sua natureza, devendo, para este efeito, o Conselho Nacional de Desportos baixar as necessárias instruções às entidades desportivas do país” (MILREU, N.R. 2022). 

Apenas com o fim da ditadura militar em 1970, que o fim da proibição das mulheres jogando futebol aconteceu, porém, sem investimento enfrentaram resistência de clubes e federações (MILREU, N.R. 2022).

Somente em 1983 se tornou um esporte profissional, mas sem grande visibilidade e sem aposta de grandes times. Em 1988 a FIFA organiza de forma experimental um torneio feminino, sem muito sucesso, a falta de investimento era tanta, que os uniformes das jogadoras eram sobras dos uniformes do futebol masculino (MILREU, N.R. 2022). 

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