Resenha pedagogia do oprimido
Por: Barbara_Lima • 1/5/2015 • Resenha • 734 Palavras (3 Páginas) • 591 Visualizações
No livro Paulo Freire nos relata uma importante discussão sobre pedagogia, ele nos passa uma visão de que a educação nada mais é do que um processo político e pedagógico, onde os educadores passam a ter como objetivo a construção de conhecimentos com seus alunos, de maneira que seus alunos adquiram conhecimentos de forma que não prejudique o bem do aluno e da sociedade onde se vive.
Freire é contra a pedagogia bancária, pelo fato dela desconsiderar o conhecimento e cultura que cada educando traz consigo. Ele acredita que devemos respeitar a origem, a linguagem, a cultura e a história de vida de cada um dos alunos, de maneira que os conteúdos ensinados não fujam da realidade dos mesmos.
Pra que os conteúdos não fugissem da realidade de cada educando os educadores passam a ter como base o dialogo que é utilizado em forma de libertação, pois segundo Paulo Freire mesmo as pessoas não alfabetizadas possuem cultura e conhecimentos para oferecer, e que quando o educador consegue fazer esta importante ligação entre a cultura dos alunos e aos conhecimentos dos mesmos, o educador consegue estabelecer o diálogo com o educando e assim possibilitando a absorção de novos conhecimentos.
Para ele a escola tem um papel muito importante, pois ela é responsável por revelar para os homens as contradições que a sociedade esta vivendo.
A educação bancaria é caracterizada como relação professor-aluno, onde nenhum dos dois é sujeito de construção do conhecimento, ou seja são considerados iguais perante ao conhecimento, por este motivo defende-se a tese de que é com colaboração de ambos que se constroem o conhecimento.
A obra destaca a pedagogia do homem ao contrário da pedagogia que parte dos interesses de cada um, egoístas e opressores, aparecem na pedagogia libertária, sendo possível através da união entre teoria e pratica, onde a liderança tem como objetivo estabelecer uma relação dialógica que faça que o educador e educando ensinem e aprendam juntos. Para Freire o diálogo é um fator essencial para construir um cidadão, ele é o contrário da teoria anti-dialógica que é caracterizada pelas elites dominadoras.
A divisão da classes populares é importante para a classe opressora porque sem ela corre o risco de despertar na classe oprimida o sentido de união, que é elemento indispensável a ação libertadora, e o primeiro passo para que isso ocorra deve-se conhecer a verdadeira face do mundo em que se vive.
A divisão de classes resultou em dois tipos de pedagogias sendo elas:
1- Pedagogia dos dominantes: onde a educação existe somente como prática de dominação, utilizando de base a educação e o conhecimento como busca, onde educador é o sujeito e o educando objeto.
2- Pedagogia do Oprimido: onde a educação surge como prática da liberdade, pois o movimento pra liberdade deve surgir primeiro pelos oprimidos, e não só com a consciência critica da opressão, mas se impondo a transformar essa realidade.
Segundo ele o método de alfabetização disponibiliza condições de poder, onde o educando aprende a escrever a sua própria vida, como autor e testemunha de sua própria realidade
Alfabetizar é o ato de se conscientizar-se da cultura, e da reconstrução crítica do ser humano, onde toda pedagogia deve-se constitui em duas cosas: aprender a ler, e a dizer sua palavra.
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