Resenha pedagogia e pedagogos

PIMENTA, Garrido Selma. (Org.). Pedagogia e Pedagogos: caminhos e perspectivas. 2. Ed. São Paulo: Cortez, 2006.

Daiane de Sousa Cardoso ¹

            O livro aborda elementos sobre a questão da pedagogia e da formação do pedagogo, aborda o fato de que o Conselho Nacional de Educação (CNE) não ter conseguido dar conta de elaborar as Diretrizes Curriculares do presente curso.

Depois de inúmeras discussões e movimentos é então definidas as áreas em que o profissional pedagogo deve atuar, definição essa que foi apresentada pelo conselho de especialistas, essas áreas seriam, na educação infantil, não somente nas séries iniciais, mas também nas matérias pedagógicas do ensino médio; na área da gestão, com planejamentos, organização e coordenação; no produzir o conhecimento tecnológico e científico no meio educacional; na atuação docente em áreas que estão em desenvolvimento em virtude de avanços tecnológicos. Tento em vista que o curso de pedagogia tem se composto como uma atividade social de educar.

O livro é organizado pela Doutora Selma Garrido Pimenta, e foi produzido por diversos autores, possui 158 páginas e é dividido em 5 capítulos, mas todos com o mesmo sentido. Os capítulos estão divididos em: Formação dos Profissionais da Educação: visão crítica e perspectivas de mudanças; Ainda as perguntas: o que é pedagogia, quem é o pedagogo, o que deve ser o curso de pedagogia; Para um currículo de formação de pedagogos: indicativos; Curso de pedagogia no Brasil: uma questão em aberto; o pedagogo escolar: avançando no debate a partir da experiência desenvolvida no curso de complementação pedagógicas.

No capítulo 1: “Formação dos profissionais da educação: visão critica e perspectivas de mudança” escrito por José Carlos Libâneo (Professor Titular da Universidade Católica de Goiás) e por Selma Garrido Pimenta (Professora Titular da Faculdade de Educação de São Paulo), relata sobre as questões

¹Acadêmica do  Bloco I de Licenciatura Plena em Pedagogia da Universidade Estadual do Piauí – UESPI

sobre  a formação de pedagogos e professores, que surgiram através de movimentos de educadores que devido a critica da legislação vigente  e também da realidade vivida e apurada nas instituições formadoras, contudo não se chegou a uma real solução. Nos cursos de licenciaturas também não houve mudanças significativas relacionado aos materiais pedagógicos para a licenciatura. O que vem sido buscado pelo Ministério da Educação e pelo Conselho Nacional d Educação, é uma organização na estrutura  de formação de um sistema educacional que incluem a escolha dos locais que farão esse processo, tudo isso vem sido buscado com  base na LDB 9.394 96.

O magistério compõe a base da identidade profissional do educador, todos os procedimentos de formação do educador devem ter em vista que são todos docentes. O profissional docente é aquele que leva na sua bagagem, saberes e valores, e que compartilha isso durante sua trajetória, por isso deve ser valorizado como verdadeiros profissionais, com uma formação de qualidade e uma condição elevada, e áreas onde podem ter um desenvolvimento constante.

No capitulo 2: “Ainda a perguntas: o que é pedagogia, quem é o pedagogo, o que deve ser o curso de pedagogia”, cujo autor é mais uma vez José Carlos Libâneo, é mostrado que o termo pedagogia tem várias definições, de acordo com as tradições em que se pesquise, seja ela cultural, científica ou epistemológica. Apesar de ter muitas definições,  devemos saber que a pedagogia é uma ciência que tem alicerçado a formação do humana e a atividade educacional. O profissional pedagogo, é aquele que lida com a prática educativa concernente com o mundo de saberes. É de suma importância a reorganização das práticas gestoras e dos processos de iniciativas de mudanças para que se tenha um resultado positivo na instituição, é necessário que a instituição favoreça à todos um conhecimento amplo e um desenvolvimento de capacidades, para que se  garanta aos discentes, uma educação de qualidade. Esse processo deve ser proporcionado como prática social, dirigido pedagogicamente.

No capítulo 3: “Para um currículo de formação de pedagogo: indicativos”, da autora Maria Amélia Santoro Franco (Docente da Unisantos), trata da perspectiva dialética que acarreta o currículo no curso de pedagogia, que ele seja um moderno e articulador de práticas sociais e culturais. O currículo é um processo que deve ser reflexivo e inovador, com uma perspectiva de estar em plena harmonia com o

compromisso que se tem perante a necessidade social da educação brasileira. O aumento da área de atuação do pedagogo, leva ao surgimento de operadores do processo educacional  para mais adiante do educador escolar, outras concepções de discente e docente vão se constituindo com esses elementos.

No capitulo 4: Curso de Pedagogia no Brasil: uma questão em aberto” de Carmem Silvia Bissoli da Silva ( Departamento de Administração e Supervisão Escolar da Faculdade de Filosofia e Ciências, Unesp),é dito que os cursos de pedagogia no Brasil, está em um momento muito especial. Sendo organizados no Brasil em 1939 e se apoiaram em fundamentos legais. Entre os anos de 1939 a 1972, o curso era visto apenas como  a formação  do bacharel em pedagogia, e a licenciatura era feita pelo curso de didática. Nos anos seguintes surgiu a indicação de substituição do curso de pedagogia, por outros cursos e habilitações como, de docente para a educação especial e docente para as primeiras séries do ensino fundamental, como também para o infantil, buscando uma perspectiva contrária a que se tinha. No ano de 1999, surgiu uma disputa sobre as questões de bacharelado e licenciaturas do presente curso. Apesar de muitas mudanças e construções, ainda não se tem uma identidade concreta do curso, ainda permanece em aberto, encontra-se em uma fase de grande perigo, mesmo já se tendo construído muita coisa dentro do curso de pedagogia no Brasil.