Resenha Pedagogia da Autonomia
Por: Gilvan Cardoso • 17/8/2017 • Resenha • 580 Palavras (3 Páginas) • 465 Visualizações
No livro Pedagogia da autonomia, Freire explica as causas de optar pela observação acerca da prática pedagógica, que leva ao educador a se conectar a autonomia do aluno no processo de aprendizado, destacando a conveniência em relação ao saber que o aluno já veio a adquirir fora da instituição de ensino, visto ser ele um sujeito social e histórico. Nesse caso é importante enfatizar que esse educador tem um papel muito além de transferir conhecimento já lapidado, seguindo o roteiro. Podemos notar tal pensamento no autor quando diz: “se convença definitivamente de que ensinar não é transferir conhecimento, mas criar as possibilidades para sua produção ou a sua construção”.
Ainda podemos evidenciar o papel do formador para com na construção do educador. Ensinar também exige aprendizado. O professor não é um ser predestinado à educação, ele teve uma formação, logo é justificável essa necessidade, pois mantem conhecimento útil no ensino ao educando.
O autor revela, como uma formula para a oralidade e pratica, que o discurso sobre a teoria deve ser espelho fiel, concreto, pratico da teoria.
No texto, fica nítida uma concepção: um entendimento indispensável à prática educativo progressista é o desenvolvimento da curiosidade críticaj. Fazendo utilidade dessa curiosidade a respeito do crítico, podemos inferir no equívoco intelectual provocado pela inserção acelerada e em desenvolvimento cada vez mais constante da tecnologia, em defesa.
Há certos trechos em que se vê uma opinião que mostra a preocupação em se desanexar os conteúdos, inserindo os métodos propostos pelo educador. Freire reproduz ideais no desenvolvimento, citando a relação de respeito aluno, professor, suas teorias e a pratica. Bem se identifica a afirmação de uma ideologia de que a formação crítica do aluno tem que estar prevista no manual do professor, fazendo valer a compreensão dos receios aluno, o encorajando. A avaliação em que se estimule o falar a como caminho do falar com. O cotidiano de ambos os indivíduos tem peso na avaliação docente.
Chegamos à representatividade que tem o professor nos contextos sociais, envolvendo a formação dos precedentes humanos, tal qual a pratica docente tem grande fundamento. Como profissional, ele age sobre tais razões.
Ele estabelece uma visão democrática acerca do homem e da mulher – tal como um olhar que vem da radicalidade metafisica em que se situa – para mostrar que ensinar é algo mais que um verbo transitivo-relativo.
Diferentemente de muitos outros textos com a mesma finalidade de explicar algum subtema diante da temática de processos educacionais, Pedagogia da autonomia concebe uma noção de seres verdadeiramente reais no professor e no aluno, destacando sua função social, anseios e a fragilidade que pode abalar rompantes na docência, também podem servir de objeto de avaliação. Ao educando então é concebida a liberdade de pensar e questionar, trazendo ainda mais debate e conhecimento à sala de aula.
O livro duvida da eficácia do simples repasse dos conteúdos. A educação deve ser capaz de intervir no meio alternativo ao educativo, assim como esse meio já interfere no educativo. Por fim, a análise é fator fundamental, porém não só do ambiente escolar, mas também fora dele.
Como último pensamento, Freire discute a importância das ideologias. O discurso ideológico é um ciclo sem fim ou um beco sem saída, pois só pode ser opinado através de mais discussão. O novo discurso, embora tenham o objetivo de contradizer a ideologia, acabam a recriando. Isso acontece porque não se percebe a ideologia presente no outro discurso, ele é tão ideológico quanto o primeiro, portanto, acaba só reforçando ainda mais a teoria que pretende derrubar.
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