A Depressão Na Gestação E Pós Parto, Uma Realidade De Mães Adolescentes

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UNIÃO BRASILEIRA DE FACULDADES – UNIBF

NOME DO CURSO

ENFERMAGEM EM NENFROLOGIA

LUCIENE CINTRA TORRES

DEPRESSÃO NA GESTAÇÃO E PÓS PARTO, UMA REALIDADE DE MÃES ADOLESCENTES.

AQUIDAUANA

05/2023

LUCIENE CINTRA TORRES

DEPRESSÃO NA GESTAÇÃO E PÓS PARTO, UMA REALIDADE DE MÃES ADOLESCENTES.

Trabalho de Conclusão do Curso, apresentado

para obtenção de certificado no Curso de Especialização – Latu Sensu Enfermagem de Urgência e Emergência  da União Brasileira de Faculdades, UNIBF.

AQUIDAUANA

05/2023

RESUMO

Este estudo tem como finalidade apresentar referencias da temática abordada, sobre depressão no pré-natal e pós-parto de adolescentes na faixa etária de 12 a 18 anos, enfatizando sobre maternidade no contexto da depressão pré-natal e no pós-parto. Subtende-se que as mães adolescentes quando comparadas às mães adultas tende a apresentar características peculiares, além de viverem na sua grande maioria, em situação de baixa renda, baixa escolaridade e ausência do parceiro, essas características estão associadas à depressão na gravidez e é um dos facilitadores da depressão pós-parto em 75% dos casos de mães. Segundo alguns estudos, vem desvendando que a depressão tem impactos extremamente negativos na relação mãe-bebê já no período gestacional e mais gravemente no pós-parto. Tais impactos gerados pela depressão interferem na vinculação segura entre a criança, o que prejudica a relação da mãe e filho durante todo o período gestacional, ocasionando a falta de apego do bebê à mãe, o que não podemos deixar de considerar, que como a capacidade materna se desenvolve nesse contexto pode ser fundamental para assegurar a saúde de ambos mãe e filho e, consequentemente, de toda a família. Portanto é essencial que o acompanhamento às gestantes passe a ter um olhar mais humanizado pelos profissionais da saúde, principalmente quando se trata de adolescente, que se encontra privada de direitos, que trabalhe não só com os aspectos relacionados à saúde mãe-bebê, mas, inclusive, com os aspectos emocionais da gestante, auxiliando assim na detecção ou prevenção da depressão na gestação e no pós-parto.

Palavras-Chave: Depressão pós-parto; Fatores de risco; Gravidez na adolescência; Adolescência e Puerpério.

1. INTRODUÇÃO

Segundo os estudos realizados, considera-se que a depressão é uma psicopatologia, de transtornos mental, doença comum, porém muito séria que afeta negativamente a maneira de sentir, agir e pensar, alterando a capacidade de realizar atividades diárias, diminuindo o interesse por atividades que normalmente proporcionavam prazer.

Portanto para a psicologia, a depressão deve ser encarada como uma demanda de saúde coletiva, pois comporta consequências negativas tanto para o paciente quanto para seus familiares, implicando na alteração do desempenho do sujeito no contexto individual, social e profissional (BRASIL, 2020).

Partindo da ideia de que é um transtorno depressivo pode de certa maneira provocar sentimentos de angústia, tristeza, causando em alguns casos a perda de interesse por atividades que antes proporcionavam momentos de prazer e alegria, prejudicando significativamente o dia a dia do paciente e a maneira de conviver com as pessoas (CORRÊA; SERRALHA, 2015).

Para Arrais; Araújo; Schiavo (2018), considera-se que durante o período da gestação até o pós-parto a mulher passa por diversas alterações hormonais, a condição de "tornar-se mãe” envolve muitos fatores que irão alterar seu comportamento e sua   vulnerabilidade humana, uma vez que a mulher se vê em um momento de fragilidade devido ás intensas transformações fisiológicas, psicológicas, sociais e familiares, o que se torna ainda mais difícil quando se trata de uma mãe adolescentes. Esse período de mudanças pode comportar riscos psiquiátricos durante a gestação e o período pós-parto.

Destaca-se neste estudo, como adolescência é uma das fases mais complexas do ser humana, é o período em que se caracteriza pela transição entre a fase da infância e a idade adulta, é um período marcado claramente pelo amadurecimento sexual através dos primeiros sinais da puberdade, o que se pretende é desvelar alguns paradigmas que se constrói a partir das fragilidades de moças que engravidam na adolescência, sofrendo de transtorno depressivos convenientes da depressão pós-parto.

Para a Organização Mundial de Saúde (OMS), traz como orientação que, adolescente é o indivíduo que se encontra entre 10 e 19 anos de idade, no Brasil, o Estatuto da Criança e do Adolescente (ECA), de acordo com a Lei Nº 8.069, estabelece como adolescente os indivíduos dos 12 anos completos aos 18 anos de idade.

Segundo Arrais, Araújo e Schiavo (2018) uma das complicações mais comuns vivenciadas durante o puerpério é a depressão pós-parto, podendo atingir de 15% a 20% das puérperas a nível mundial. No território brasileiro, tem mostrado percentagens bem mais elevadas conforme com percentual de 32% a 38% de DPP em gestantes brasileiras de baixa renda; e em uma média de 25%, no período de 6 a 18 meses após o parto.

Podemos afirmar que,  gravidez na adolescência não somente um problema familiar ou social, e sim também um problema de saúde pública do Brasil e do mundo, relevante que eleva em um grau altíssimo o risco de morbimortalidade materna, ocasionada por  problemas psicossociais e econômicos, que  afetam também na qualidade de vida e no desenvolvimento profissional e pessoal da adolescente, interferindo na representação social da jovem, que inesperadamente passa do papel de menina para mulher, mãe e provedora de cuidados (PINHEIRO, PEREIRA e FREITAS, 2019).

1. DESENVOLVIMENTO

A gestação e o pós-parto são um período de muitas adaptações na vida da mulher, pois ocorrem inúmeras mudanças em seu corpo, alterando seu metabolismo e a produção de hormônios. É, também, um momento de reformulação de seu papel social e de alteração da sua psique, afinal marca uma importante etapa da vida.

De acordo com os estudos realizados e vivencias em hospitais, a temática abordada nesse objeto de pesquisa, vem apresentando uma linha de estudos de como as mães adolescentes se comportam durante e pós-parto na gestação, ressaltando sobre uma das principais problemáticas da saúde pública do Brasil, a depressão.