A Fisiopatologia da Asma
Por: myllemacedo • 20/7/2015 • Trabalho acadêmico • 2.627 Palavras (11 Páginas) • 1.165 Visualizações
Fisiopatologia da Asma
Estudo de Caso
AMS, criança de 4 anos admitida em um hospital pediátrico acompanhado com sua mãe na grande Vitória (ES), às 14:00h do dia 10 de outubro de 2014, para submeter-se a tratamento clínico pediátrico, com história de crise asmática, apresentando dispneia importante, taquipnéia, ansiedade e febre. À ausculta pulmonar presenças de sibilos. Mãe de MAS, relata que criança foi diagnosticada pelo médico do posto de saúde (onde faz acompanhamento a 1 ano) como asma e o tratamento prescrito proposto foi fisioterapia respiratório.
Enfermeiro do hospital realiza entrevista a mãe de AMS enquanto é avaliada pelo médico. Mãe relata que e tabagista há 10 anos, relata ainda que parou com o hábito quando recebeu a confirmação de sua gestação (1º trimestre), relata ainda que mora perto de uma construção civil e que sua residência existe mofo devido à ausência de pintura/ azulejos.
Descreva a fisiopatologia da asma e seus principais cuidados.
INTRODUÇÃO
A asma (também conhecida como “bronquite asmática” ou como “bronquite alérgica”) e uma patologia que acomete os pulmões e apresenta uma inflamação crônica dos brônquios. Ocorre em cerca de 10% da população brasileira, sendo mais frequente em criança.
A palavra asma deriva do grego “asthma” com significado de “arquejante, sufocante”, e é utilizada desde os primeiros escritos da medicina feitos por Hipócrates, Araetaeus e Galeno. A asma é uma doença de origem genética, que se manifesta pela falta de ar, chiado no peito, tosse e catarro que torna os indivíduos vulneráveis a vários fatores como, por exemplo:
- Alergia (poeira, mofo, etc);
- Fatores irritantes (mudança de tempo, cheiros, poluição, fumaças);
- Infecções respiratórias (gripes, resfriados, sinusites);
- Certos medicamentos;
- Refluxo gastro esofágico;
- Fatores emocionais.
O conhecimento da doença se faz necessário para o controle da mesma, é fundamental a interação do médico com o cliente acometido (ou sua família), acompanhar o tratamento com seriedade e colaborando ativamente permitindo assim o controle da doença.
A asma e uma doença grave crônica das vias aéreas, caracterizado por inflamação e hiperresponsividade brônquica, o desenvolvimento e manutenção da asma dependem do controle de fatores externos, ocupacionais e individuais (genéticos). Considerada em todo o mundo um problema de saúde publica, devido à alta prevalência e custos socioeconômicos.
A mortalidade por asma é baixa, mais apresenta um problema universal crescente em todo o mundo. Segundo Silva (2008), afeta os países em desenvolvimento correspondendo até 10% das mortes de causa respiratória, com elevada proporção de óbitos domiciliares.
Fonte: Associação Brasileira dos Asmáticos – ABRA, 2014.
ASMA
Segundo o Ministério da Saúde (2014), a asma é uma doença inflamatória das vias respiratórias, associada a uma hiper-reatividade das vias aéreas e a uma obstrução variável do fluxo de ar que habitualmente é reversível espontaneamente ou mediante tratamento e a Doença Pulmonar Obstrutiva Crônica (DPOC) caracteriza-se por sinais e sintomas respiratórios associados à obstrução crônica das vias aéreas inferiores, geralmente em decorrência de exposição inalatória prolongada a material particulado ou gases irritantes. O substrato fisiopatológico envolve doenças pulmonares como: bronquite crônica, enfisema pulmonar, asma brônquica e bronquiectasias. Acarretando dificuldades respiratórias a quem está sujeito a esta patologia.
E uma patologia crônica que afeta os pulmões e causa dificuldade importante na parte ventilatória do individuo. A passagem de ar fica limitada (estreita) e inflamada. A asma e classificada como intermitente e persistente grave.
A classificação da asma foi elaborada após várias tentativas, levando-se em consideração os vários tipos de fenótipos como a atopia/ não-atopia, os fatores desencadeantes, a gravidade, o controle da doença, a fisiopatologia, responsividade brônquica, como a provocada pelo exercício físico, ar frio, metacolina, histamina.
A classificação relatada por Meltzer, em 1910 de que a asma estaria associada à sensibilização anafilática, ainda neste período. Ainda nesta década, tornou-se clara associando os aspectos clínicos da doença e a positividade de testes cutâneos utilizando antígenos ambientais.
Em 1919 um paciente recebeu uma transfusão de sangue do doador sensibilizado por antígenos do pelo de cavalo, esse paciente demostrou uma reação de hipersensibilidade a uma série de estímulos externos, foram classificados como portadores de asma extrínseca, enquanto aqueles que não apresentavam uma reação de hipersensibilidade eram classificados como portadores de asma intrínseca. Em um consenso quase unanime dos especialistas o termo da asma extrínseca e aceito, enquanto a intrínseca sofre rejeição em decorrência da sua aplicação de um grupo heterogêneo de pacientes.
Características da asma extrínseca e intrínseca
ASMA EXTRINSICA | ASMA INTRINSICA | ||
ATÓPICA | NÃO-ATOPICA | ||
Inicio dos Sintomas | Geralmente na infância | Adulto | Após 25 anos |
Sintomas | Variável com o ambiente e estação do ano | Associado ao trabalho | Flutuações, cronicidade |
Condições associadas | Renite alérgica, dermatite atópica | Nenhuma | Pólio nasal, bronquite, sinusite. |
História familiar de doença atípica | Forte | Menor | Apenas asma? |
Testes cutâneos | Vários positivos, relacionados à história. | Negativos ou uma reação somente | Geralmente negativo |
IgE total | Alta | Geralmente normal | Normal – 30% |
Eosinofilia | Alta durante a exposição do alérgeno | Esporadicamente alta durante a exposição ao alergeno | Alta |
Prognostico | Bom, especialmente evitando-se o alérgeno desencadeante | Bom, especialmente, evitando-se o alergeno desencadeante. | Remissões in comuns |
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