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A Percepção que o profissional da área da saúde tem em relação à morte em serviço de pronto atendimento

Por:   •  19/8/2017  •  Trabalho acadêmico  •  1.308 Palavras (6 Páginas)  •  364 Visualizações

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A percepção que o profissional da área da saúde tem em relação à morte em serviço de pronto atendimento.

HERINGER,V.L; [1]MORAIS.K.C.P.[2];MARTINS,M.C.F.N.[3]

Introdução: Na década de 1970 o momento morte é transferido de dentro das residências para dentro dos hospitais, isso fez com que, a percepção da morte tornar-se-a mais difícil para população, pois, não há mais este envolvimento, entre população e o enfermo. Os profissionais passaram a enfrentar muito mais tal fato, com isso surgiu o problema: “Estes profissionais estão preparados para enfrentar muitas vezes até a morte prematura de um paciente?”.  “O cuidado humano trans pessoal ocorre numa relação eu-tu, e este contato é um processo que transforma, gera e potencializa o processo de heling (Termo que significa recomposição, restauração e reconstituição e nunca deve ser entendido como cura)” (citado por Favero e et al). Não é fácil perder um paciente, com a evolução atual das práticas médicas os profissionais da área da saúde crêem tender a perder o menor número possível. Tanto a medicina como a enfermagem – que por sinal acabam convivendo muito mais com o paciente – não estão preparados para a perda, eles são treinados para tratar, curar e prolongar a vida, como diz Pazin em seu artigo. “A morte é uma certeza irrefutável, umas das verdades universais, comuns a toda a humanidade. O ciclo da existência acaba por igualar todos na morte, seja qual for o sexo ou condição social. O finito é irremediável para todos, como foi indispensável o nascimento”-Caetano. A morte de um paciente é impactante na identidade pessoal e profissional de toda a equipe. A vivência constante com a possibilidade da morte pode ser vista como um “luto do profissional” em relação aos pacientes perdidos e à situação de trabalho. A idéia da morte é traumática. O modo como o profissional entende a morte, o modo como a relaciona com sua própria existência e suas vivências pessoais de perdas dentro e fora do âmbito profissional são aspectos que influirão no seu modo de agir diante da morte no seu dia-a-dia na profissão. Objetivo: Nosso estudo tem como intuito analisar se nas bibliografias descritas dentro do âmbito do atendimento em prontos socorros, se a equipe de saúde está preparada para enfrentar a morte apresentada muitas vezes de maneira brusca. Metodologia: Este trabalho apresenta um estudo qualitativo que descreve de uma maneira ampla com base em pesquisa bibliográfica, pesquisado no banco de dados da Biblioteca Virtual de Saúde, The Scientific Electronic Library Online (Scielo), e Portal Periódicos com os descritores “Morte e o Profissional da Saúde” e “Profissional de Saúde em Pronto Atendimento”. Foram encontrados diversos artigos com estes descritores, porém foi escolhida apenas uma pequena amostra de artigos por serem atuais e mais relacionados com o tema proposto. Discussão: Segundo o Ministério da Saúde Pronto Socorro é o "estabelecimento de saúde destinado a prestar assistência a doentes, com ou sem risco de vida, cujos agravos a saúde necessitam de atendimento imediato. Funciona durante as 24 horas do dia e dispõe apenas de leitos de observação". Em ambientes como esses nossos profissionais são preparados para curar, tratar e prolongar a vida, com a preocupação de conhecer as técnicas com competência e desenvoltura, sendo que na academia, aprendem a promoção, prevenção e a reabilitação do paciente e com isso se menospreza a aquisição de condutas a adotar diante de situações que envolvam a interação com o doente. Essa falta de formação os leva ao “não saber o que dizer” quando o momento morte está próximo. O ponto de partida para o reconhecimento das necessidades dos doentes em fase terminal é a identificação de duas realidades: uma que o paciente em fase final de vida é um ser humano e outra que é um ser humano que morre. A equipe tem de ver esse doente como um ser humano inserido num processo de morrer com varias etapas ao longo desse processo, etapas estas que todos envolvidos no cuidado precisam conhecer e ajudar a serem enfrentadas. Assim os serviços de emergência possuem como características essenciais o acesso irrestrito; o número excessivo de pacientes; a extrema diversidade na gravidade no quadro inicial, podendo ter pacientes críticos ao lado de pacientes mais estáveis; a escassez de recursos, a sobrecarga da equipe de saúde; o número insuficiente de médicos; o predomínio de jovens profissionais; a fadiga; estresse, a supervisão inadequada; a descontinuidade do cuidado e a falta de valorização dos profissionais envolvidos. (Galloti,2003). Com um ambiente de trabalho como este é difícil manter o cuidado humanizado e realizar uma interação e compreensão do processo de morte do paciente, quando está não chega de uma maneira severa.

Resultado: Os resultados pretendidos com a pesquisa é a tentativa de compreender como se porta o profissional neste ambiente que necessita de uma reação rápida e precisa e que o coloca frente a frente com a morte se não todos, mas sim quase todos os dias, também se possível sirva para futuras pesquisas e talvez melhorias do ensino na área.

Conclusão: Partindo do pressuposto durkheiminiano  “somos seres sociáveis e como tal partimos de bases já pressupostas que existem antes de nós e que continuaram a existir após nossa partida”, para o enfrentamento da morte também se caracteriza o mesmo. O encarar a morte possui características diferentes em cada sociedade, e isto se reflete também nos tratamentos médicos oferecidos em seus atendimentos de emergência. Precisamos entender como tal fato funciona para que o futuro profissional seja treinado de forma correta e humana e que para que o profissional que já se encontra atuando na área estejam sempre preparados, pois, baseamos nossa pesquisa na filosofia da “humanização da área da saúde”.

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