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A SAÚDE DAS MULHERES NA JUVENTUDE

Por:   •  16/11/2021  •  Seminário  •  1.083 Palavras (5 Páginas)  •  117 Visualizações

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SAÚDE DAS MULHERES NA JUVENTUDE

 Ao falarmos sobre a saúde de mulheres adolescentes, a maior ênfase é em relação à sexualidade e a reprodução. Na fase da adolescência ocorre um grande desenvolvimento humano, passando por diversas modificações no psicológico, físico e social. Sendo a fase onde a sexualidade se faz muito presente, portanto esse assunto deve ser abordado na sociedade, envolvendo pais, escola, comunidade e profissionais de saúde, através de orientações e informações científicas sobre o assunto.

Infelizmente hoje em dia nos deparamos com a precária realidade de adolescentes desorientados, iniciando a vida sexual muito cedo e acarretando em uma abundância de gravidez precoce e não desejada, como também doenças sexualmente transmissíveis.

Segundo Hera (HERA, 1999 apud CORRÊA; ALVES; JANUZZI, 2006, p. 45 apud BRASIL, 2010b, p. 15) intende-se como saúde sexual:

[...] a habilidade de mulheres e homens para desfrutar e expressa sua sexualidade, sem riscos de doenças sexualmente transmissíveis, gestações não desejadas, coerção, violência e discriminação [...]. A saúde sexual valoriza a vida, as relações pessoais e a expressão da identidade própria da pessoa. Ela é enriquecedora, inclui o prazer e estimula a determinação pessoal, a comunicação e as relações.

Ao falar da saúde de jovens, não é somente a questão da sexualidade que vem preocupando, afinal deparamos com uma série de preocupações. Distúrbios alimentares é outro assunto bastante discutido, muitas meninas sofrem com doenças como bulimia e anorexia, isso ocorre muitas vezes por influência da estética, onde é imposto na mídia, a busca pelo o corpo perfeito. Por outro lado, deparamos com garotas obesas, decorrentes da ansiedade, falta de uma boa alimentação e do sedentarismo. Ao falar em adolescentes, o Estatuto da Criança e do Adolescente (ECA), 1990, descreve em seu art. 4º que:

É dever da família, da comunidade, da sociedade em geral e do poder público assegurar, com absoluta prioridade, a efetivação dos direitos referentes à vida, à saúde, à alimentação, à educação, ao esporte, ao lazer, à profissionalização, à cultura, à dignidade, ao respeito, à liberdade e à convivência familiar e comunitária.

É importante ressaltar também a questão da violência, sendo as adolescentes uma das maiores vitimas desse tipo de agressão, que geralmente é cometida por alguém conhecido, sendo em grande parte da própria família. As adolescentes que sofrem com algum tipo de violência, ficam quietas e não denunciam ou buscam ajuda de um profissional por medo, pois a maior parte delas é ameaçadas pelos agressores. Portanto cabe ao profissional de saúde sempre estar atentos quando se depararem com algum cliente suspeito de ter sofrido algum tipo de agressão, prestando assistência e sendo compreensivo.

Segundo dados do VIVA, em todas as faixas etárias as mulheres são as vítimas mais predominantes de violência doméstica, sexual e demais violências.

Tabela 1

Caracterização das violências contra adolescentes (10 - 19 anos) registrados pelo VIVA/SVS/MS. Brasil, 01/08/06 a 31/07/07

[pic 1]

Perante diversas precariedades nas quais a mulher vem sofrendo durante anos, o Ministério da Saúde elaborou em 1984, um programa de assistência integral à saúde da mulher o PAISM, que desenvolveu diversas ações para satisfazer as necessidades identificadas na população feminina.

Alguns estudos realizados para analisar a implementação do PAISM apontam que há ainda uma grande dificuldade em relação à execução dessas ações às mulheres, sendo assim possível concluir que a maioria delas sofre dificuldade técnicas, políticas e administrativas. Essas ações obtiveram impacto inicial, mas não se verificou continuidade e resultados significativos na acessibilidade da população a métodos conceptivos e contraceptivos nas décadas seguintes (COSTA, 1999).

SITUAÇÃO SOCIODEMOGRÁFICA

Em relação à questão sociodemográfica brasileira no âmbito de saúde da mulher, uma das maiores transformações está ligada a idade em que as mulheres engravidam, e a quantidade de filhos que elas têm.

O Brasil há alguns anos, vem passando por uma transformação demográfica, na qual vem provocando uma grande interferência nas taxas de natalidade e mortalidade. De em média de 6,3 dos filhos nascidos vivos em 1960, em 2000 essa taxa de fecundidade diminuiu para 2,3 segundo o IBGE (2006). Sendo assim, o país passou a ter uma população com uma faixa etária mais alta, ou seja, o número de idosos aumentou e o número de jovens diminuiu. Ocorreu um aumento em relação à expectativa de vida ao nascer, que antes era de 54 anos em 1970 e passou a ser 68 anos em 1999 (IBGE, 2001).

O declínio da taxa de natalidade e o aumento do número de pessoas idosas, tiveram uma forte influência sobre o auto índice da taxa de mortalidade no país. As causas relacionadas aos problemas circulatórios e respiratórios e às neoplasias, com maior incidência nas faixas etárias mais idosas, apresentam importância cada vez maior na composição da mortalidade (SIMÕES, 2002).

É importante que haja uma análise demográfica em relação a mortalidade, para identificar situações de desigualdade,  ter uma breve avaliação em relação a saúde  e o desenvolvimento socioeconômico brasileiro. As análises da mortalidade, segundo grupos de causas, podem subsidiar processos de planejamento, gestão e avaliação de políticas públicas, visando à adoção de medidas preventivas e assistenciais relativas a cada grupo de causas (RIPSA, 2008).

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