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Bioética; Células tronco e Lei da biossegurança; Ética na vida cotidiana; Mídia e ensino

Por:   •  29/4/2017  •  Resenha  •  2.094 Palavras (9 Páginas)  •  629 Visualizações

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KRISTYANNE DE OLIVEIRA

Bioética; Células tronco e Lei da biossegurança;  Ética na vida cotidiana; Mídia e ensino


            A palavra bioética reporta-se a um discurso prático da ética surgido de uma pluralidade que tem por meta esclarecer questões éticas dos avanços e aplicações das ciências biológicas. E esta age de maneira geral, em um espaço conflitivo de ideologias morais que surgem dos argumentos da ciência religiosa e filosófica. A bioética assume a função de resolver problemas associados aos conflitos e controvérsias morais que se sobrepõem as ciências da saúde em conjunto com os valores pessoais de cada indivíduo ou de grupo de pessoas. Tais conflitos surgem das interações humanas em sociedades a princípio seculares, isto é, que devem encontrar as soluções a seus conflitos de interesses e de valores sem poder recorrer, consensualmente, a princípios de autoridade transcendentes (ou externos à dinâmica do próprio imaginário social), mas tão somente “imanentes” pela negociação entre agentes morais que devem, por princípio, ser considerados cognitiva e eticamente competentes. Por isso, pode-se dizer que a bioética tem uma tríplice função, reconhecida acadêmica e socialmente: (1) descritiva consistente em descrever e analisar os conflitos em pauta; (2) normativa com relação a tais conflitos, no duplo sentido de proscrever os comportamentos que podem ser considerados reprováveis e de prescrever aqueles considerados corretos; e (3) protetora, no sentido, bastante intuitivo, de amparar, na medida do possível, todos os envolvidos em alguma disputa de interesses e valores, priorizando, quando isso for necessário, os mais “fracos”. Mas a Bioética, como forma talvez especial da ética, é, antes, um ramo da Filosofia, podendo ser definida de diversos modos, de acordo com as tradições, os autores, os contextos e, talvez, os próprios objetos em exame. Umas das definições de autores que achei interessante destacar :  “A bioética é o conjunto de conceitos, argumentos e normas que valorizam e justificam eticamente os atos humanos que podem ter efeitos irreversíveis sobre os fenômenos vitais” (Kottow, M., H., 1995. Introducción a la Bioética. Chile: Editorial Universitaria, 1995: p. 53).
todos os conceitos de bioética, apesar de enfoques diferentes, mostram alguns dados significativos; ressalta primeiro lugar a reflexão sobre dignidade do ser humano dentro de um reaviva mento ético. A bioética torna-se uma ocasião propicia para equacionar os problemas dai recorrentes e ao mesmo tempo encontrar soluções adequadas. Como pano de fundo deve estar sempre a respeito a vida como lei fundamental, porque a vida é a própria pessoa; dai a importância de lembrar da lei natural “respeitar a vida humana” e da lei positiva divina: “não mataras”. Tendo por base essas leis evitam-se abusos incalculáveis e monstruosos contra pacientes, cuja confiança nas organizações sanitárias e no pessoal da saúde não deve ser perdida. Quanto mais “bioéticas” surgirem melhor será humanidade se questionar e enfrentar tanto as doenças tradicionais como angustias decorrentes de nova tecnocientificas como clonagem, transplantes. Considero importante que as pessoas em bioética assumam posições, argumentem, confrontem conclusões, e, principalmente tenham um auto engendramento e valores na sua consciência, pões e da convicção interior que surge a verdadeira ética.

A Lei de Biossegurança e o uso científico de CT embrionárias humanas, aprovados recentemente pelo Congresso Nacional Brasileiro, são grandes focos da genética e da biotecnologia que envolve reflexões que têm a ética como fundamento. As deliberações do Congresso Nacional, que resultaram na aprovação do uso de embriões para pesquisas, foram consideradas demoradas por alguns grupos de cientistas e pacientes enfermos, ao mesmo tempo em que foram consideradas demasiadamente precipitadas por outros grupos sérios da comunidade científica, assim como por outros setores da sociedade. As células-tronco podem ser obtidas de embriões ou de tecidos maduros de crianças ou adultos. Entretanto, as embrionárias têm a capacidade de se transformar em praticamente qualquer célula do corpo. Por essa razão, chamam mais a atenção dos pesquisadores, que as consideram como curingas. Essas células curingas têm capacidade de contribuir para o tratamento de doenças degenerativas, como o mal de Parkinson, derrames, infartos e câncer, entre outras. Outra propriedade das células-tronco é a auto replicação, ou seja elas podem gerar inúmeras cópias idênticas de si mesmas Para isso, foi autorizado conforme a Lei da Biossegurança, sancionada em março 2005, o uso de células tronco embrionárias para fins terapêuticos e de pesquisas, o uso de embriões excedentes resultantes da técnica de reprodução assistida inviáveis, ou que estejam congelados há mais de três anos da data da publicação da lei, com o consentimento dos genitores para a utilização. Mas a retirada de células-tronco acaba destruindo os embriões, o que tem provocado reações contrárias de diversos segmentos da sociedade mundial. Grupos religiosos e outros setores sociais engajados na luta antiaborto não aceitam a destruição dos embriões. A questão é quando o ser humano é considerado pessoa? Existirá uma verdade absoluta para essa pergunta? Por que não incentivar as pesquisas utilizando células tronco obtidas de outras formas, que também tem demonstrado bom potencial? O entendimento de quando o embrião é considerado pessoa é que gera dilemas e varia com a cultura, a religião e a moral de cada um. Penso que Tirar a vida de alguém agora pode? Não há nenhuma justificativa para isso, mesmo que seja para ajudar a salvar outras vidas, não cabe a nós decidir quem deve viver e morrer, mas não digo só por razões religiosas, mas por razões humanas "é uma vida que se perde", Se Deus nos deu a vida apenas ele pode tirar, matar alguém é desumano e é crime.  Podemos ressaltar aqui a importância da “pratica” da Bioética que surgiu para discutir o desenvolvimento do saber em relação à vida, associado com os valores humanos que devido a evolução das pesquisas e a utilização do homem como cobaia humana surgiu a necessidade de se criar paradigmas onde fosse necessário instituir limites, este regidos de três princípios gerais fundamentais: respeito pela pessoa, beneficência e justiça.

Nos dias atuais, existe uma grande preocupação dentro do espaço escolar no que tange à influência da mídia no cotidiano da escola. E uma das questões que mais inquieta é se a escola consegue acompanhar o ritmo das mídias e a força que elas exercem na sociedade. As reflexões em torno do assunto mídia e educação vem sendo aprofundadas há várias décadas, uma vez que já é bastante sentida a sua influência na formação do sujeito contemporâneo por isso se faz necessário aprofundar o assunto diante do rápido desenvolvimento das novas tecnologias de informação e comunicação. O mais preocupante e necessário se pensar é como essas tecnologias vem sendo introduzidas no âmbito escolar. Ter a televisão e a internet como parte do corpo docente, pode ser uma missão muito difícil de conciliar, já que a escola ainda encara essas mídias como concorrentes e não como colaboradoras do processo de ensino e aprendizagem. O excesso de conteúdos oferecidos por todos esses meios de comunicação pode atrapalhar. Nos dias de hoje parece lugar comum afirmar que as mídias têm desempenhado um importante papel na sociedade, caracterizada como sociedade da informação, da comunicação, do espetáculo e mais recentemente, como “sociedade multitela”. As mídias não só asseguram formas de socialização e transmissão simbólica mas também participam como elementos importantes da cultura e da construção de significados diante do mundo. E a presença da mídia na vida de crianças e jovens tem apresentado imensos desafios para a educação de crianças e jovens que podem ser discutidos tanto no âmbito familiar como escolar, além dos vários espaços da cultura. Encontramo-nos hoje, sem sombra de dúvidas, inundados na era da tecnologia. Televisão ao alcance de todos, mídias sociais como essenciais e quase imprescindíveis em nossa vida cotidiana. Mas, como estamos administrando essas situações com relação a nossos jovens? Tanto na escola quanto em casa, até que ponto as essas mídias vêm influenciando positiva ou negativamente a juventude? Observamos que a ótica da escola sobre a relação dos jovens com a mídia é de que a mesma tem um poder significativo sobre a formação dos jovens, sendo o principal responsável pelo que hoje é tido como algo de grande complexidade comportamental, uma vez que a mídia parece querer sempre confrontar os valores tradicionais de maneira desenfreada. A mídia tem um grande poder de influencia para os jovens, a mídia nos conduz na forma de se vestir e na forma como nos vemos o mundo e ate mesmo quando se trata de educação, pois na tv, as escolas são como um local de diversão e não de aprendizado. A tecnologia, ao invés de ajudar, atrapalha nas aulas com o uso da internet muitas das vezes, ela tem o poder de fazer com acreditemos no que ela impõe e moldar nossos pensamentos e opiniões baseados naquele que é de interesse do governo que muitas das vezes querem nos alienar e nos esconder a verdade. Mas se bem utilizada pode trazer inúmeros benefícios como na educação a distancia e desenvolvimento individual já que as redes são utilizadas no processo pedagógico para romper as paredes da escola, bem como para que aluno e professor possam conhecer o mundo, novas realidades, culturas diferentes, desenvolvendo a aprendizagem através do intercâmbio e aprendizado colaborativo.  Pode-se concluir que a mídia tem seus méritos e também seus deméritos, a mídia na educação se bem utilizada pode trazer grandes resultados, e até ajudar na formação de um indivíduo. Porém, se mal utilizada em casa ou até mesmo na escola, pode causar grandes problemas, pois ao se deixar influenciar, o individuo se torna escravo dela. A mídia tem o poder de criar, formar e transformar um indivíduo, dependendo de como for utilizada. Cabe a cada um dos pais e professores auxiliar e até mesmo aprender a usar a mídia para o nosso beneficio. Quando se fala em ética, logo se pensa em ética profissional, política, mas a verdade é que a ética faz parte do nosso dia-a-dia, está em todos os momentos do nosso viver. Ética deriva do grego Ethos, significa modo de ser, caráter, comportamento; é o ramo da filosofia que busca estudar e indicar o melhor modo de viver no cotidiano e na sociedade. A ética é uma característica inerente a toda ação humana, e por esta razão é um elemento vital na produção da realidade social.

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