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CENTRO DE ESTUDOS SUPERIORES DE BALSAS – CESBA CURSO DE ENFERMAGEM

Por:   •  2/11/2018  •  Trabalho acadêmico  •  2.951 Palavras (12 Páginas)  •  464 Visualizações

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UNIVERSIDADE ESTADUAL DO MARANHÃO – UEMA

CENTRO DE ESTUDOS SUPERIORES DE BALSAS – CESBA

CURSO DE ENFERMAGEM

THAISE BEZERRA GUIMARÃES

MIASTENIA GRAVIS: estudo de caso

BALSAS-MA

2018.2

Thaise Bezerra Guimarães

MIASTENIA GRAVIS: estudo de caso

[pic 1]

BALSAS-MA

2018.2

INTRODUÇÃO

O que vem caracterizar a miastenia grave (MG) é a fadigabilidade anormal, sendo considerada uma doença rara, porém tem se observado um aumento na sua prevalência, que pode ser atribuído a uma maior precisão diagnóstica, sendo que essa doença manifesta-se em qualquer raça, idade e sexo e apresenta um pico de incidência entre 20-30 anos para mulheres e entre 60-70 para homens (CARVALHO, 2005).

É uma doença autoimune causada pelo ataque de anticorpos às fibras musculares impedindo a sua contratação, ela é caracterizada por fraqueza flutuante que melhora com o repouso e piora com o exercício, infecções, menstruação, ansiedade, estresse emocional e gravidez. Esta doença provoca diplopia (visão dupla), ptose (queda da pálpebra), fraqueza dos músculos da face, da laringe e fraqueza generalizada. O paciente necessita de cuidados específicos, por isso, é de fundamental importância o enfermeiro conhecer a patologia, suas complicações, os tratamentos e efeitos adversos (BRANCO, 2011).

Há diferentes formas clínicas de MG: a autoimune ou adquirida, a congênita, as de origem medicamentosa e a miastenia neonatal. No caso da miastenia grave adquirida anticorpos atacam e bloqueiam os canais receptores dos músculos, impedindo que a acetilcolina se ligue a eles, já na congênita os anticorpos produzidos pela mãe passam pela placenta e isso resulta na miastenia neonatal (SANTOS, 2008).

Um exame importantíssimo e muito utilizado no diagnóstico e prognóstico das lesões do sistema nervoso periférico e da miastenia é a eletroneuromiografia (KAULING,2011). O tratamento pode ser com corticosteroides que são administrados em dose maior ou menor de acordo com a necessidade do paciente. Se não produzir resposta existem também os imunossupressores, medicamentos com maior potencial para diminuir a fabricação de anticorpos (TOSTA, 2006).  

 É uma doença autoimune causada pelo ataque de anticorpos às fibras musculares impedindo a sua contratação, ela é caracterizada por fraqueza flutuante que melhora com o repouso e piora com o exercício, infecções, menstruação, ansiedade, estresse emocional e gravidez. Esta doença provoca diplopia (visão dupla), ptose (queda da pálpebra), fraqueza dos músculos da face, da laringe e fraqueza generalizada. O paciente necessita de cuidados específicos, por isso, é de fundamental importância o enfermeiro conhecer a patologia, suas complicações, os tratamentos e efeitos adversos (BRANCO, 2011).

 

DESCRIÇÃO DO CASO

R. J. P., 30 anos, parda, do sexo feminino, do lar, casada. Natural Turiaçu, procedente na cidade de São Luís, três partos normais, não planejada, mas feito acompanhamento pré-natal, sem intercorrências. Possui residência própria, casa de alvenaria, água encanada, a mesma para consumo não é filtrada, rua de asfalto. Nega Diabetes Mellitus e Hipertensão. Há 2 anos submeteu-se a uma cirurgia, laqueadura, na qual desenvolveu a doença atual, procurou-se o pronto socorro da própria cidade, não ouve melhoras dos sintomas apresentados. Começou a apresentar dificuldade em deambulação, fadiga, dificuldade em deglutir e pálpebra caída. Iniciou-se investigação médica onde foi diagnosticada com depressão. Com a piora no quadro iniciou-se mais uma investigação.  Foi diagnosticado com miastenia gravis há dois anos no Hospital Dr. Carlos Macieira, onde atualmente está realizando plasmaferese em dias alternados. Queixa-se de fraqueza, e dificuldade de respirar. Segue em tratamento com os seguintes medicamentos: Omeprazol 40mg, mestinon 60mg, azatioprina 50mg, prednisona 20 mg. História Familiar: Paciente relata caso de diabetes na família. Refere eliminações vesicais e intestinais preservadas com cor e odor característico. Informa que tem um bom relacionamento familiar. Exame Físico: Deambulando, orientado em tempo e espaço, comunicativo sono e repouso preservado. Couro cabeludo integro, sem pediculose, sem abaulamento, sem retrações, sem alopecia; face simétrica, mucosa normocorada, pupilas isocóricas; septo nasal integro, com pelos, sem sujidade; arcada dentaria integra, língua saborosa; gânglios auriculares, pós auriculares e submandibular não palpáveis. Torax: ausência de abaulamento e restrações, sem tiragem intercostal. Aparelho respiratório: Utilizando traqueostomia, murmúrios vesiculares normais em ápices e bases pulmonares, com sopro, eupnéico, boa expansibilidade torácica e simetria; Aparelho Cardiovascular: Bulhas normofonéticas; Ruídos Hidroaéreos Presente em todos os quadrantes.  Sensibilidade tegumentar. Abdômen plano flácido e indolor a palpação, ausência de cicatriz, som sub-maciço em fossa ilíaca esquerda. Exame locomotor: mobilidade e força diminuída. SSVV -P: 68bpm, FR: 20rpm, PA: 100 X 70mmHg (12/09/2018).

FARMACOLOGIA

Plamaferese

A plasmaferese (PFE) é um procedimento terapêutico, usado há mais de 30 anos, bem estabelecido e comumente usado em muitas desordens, onde uma etiologia autoimune é conhecida ou suspeitada. A PFE remove anticorpos e substâncias que levam às desordens imunomediadas, sendo possível o controle dos sintomas das doenças. A etiologia imune tem sido implicada na patogênese de algumas doenças neurológicas, como no caso da MG. Ela é utilizada sozinha ou em combinação com outras opções de tratamento, como a terapia de frente para esta doença. Outras modalidades de tratamento, incluindo imunoglobulina i.v. para pacientes com MG, têm sido usadas para o controle da doença. Estudos indicam que podem acontecer complicações com a PFE, e, além disso, há um número limitado de testes clínicos e poucos dados acerca de segurança e eficácia em curto e em longo prazo da PFE.

É um procedimento rápido, mas com melhora temporária pela redução de anticorpos anti-AChR circulantes. Ela é usada para atingir um controle rápido quando o paciente tem MG severa ou encontra-se em crise miastênica, no pré e pós-operatório da timectomia ou durante o período onde agentes imunossupressores não estão sendo efetivos. A melhora acontece normalmente em torno de 4-10 semanas. A sua desvantagem é o alto custo dos profissionais e dos equipamentos, as complicações agudas (hipotensão e desordens na coagulação), e o aumento na disponibilidade da imunoglobulina. Há duas técnicas para o PFE: separação de plasma por um separador de células (centrífuga), e filtração membranar.

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