FEBRE AMARELA, UMA VISÃO GERAL DA DOENÇA

FEBRE AMARELA, UMA VISÃO GERAL DA DOENÇA.

YELLOW FEVER, AN OVERVIEW OF THE DISEASE.

BAYERL, Joana Lima1

DESTEFANI, Laísa do Rosário2

OLIVEIRA, João Victor Xavier3

VIAL, Yasmin Almeida4

PIMENTEL, Soraya Cunha Rangel5

RESUMO

A febre amarela é uma arbovirose sazonal e endêmica no Brasil, ou seja, ocorre em determinada época do ano, sobretudo no verão, pois a temperatura elevada e o excesso de chuva característico dessa estação proporcionam condições favoráveis para a reprodução do vetor da doença. A febre amarela é dividida em FA Silvestre e Urbana, a urbana por sua vez, apresenta-se extinta, tendo seu último caso relatado em 1942. Trata-se de um estudo exploratório de revisão bibliográfica da literatura, de abordagem qualitativa e caráter descritivo. A busca pelas referências se deu na base de dados Scientific Electronic Library Online (Scielo), Ministério da Saúde e Secretaria da Saúde do Espírito Santo (SESA), no período de março a maio de 2020. Os resultados obtidos na pesquisa apontam que a letalidade da doença pode chegar a mais de 50% ao desenvolver a forma grave, e que os homens fazem parte do grupo mais propício a entrar em contato com a FA, visto que são os que se expõe com mais frequência ao vírus devido atividades laborais que exercem, como por exemplo, madeireiros, seringueiros e agricultores. Com esse enfoque a vacinação se torna essencial para prevenção na exposição a ambientes de risco. Por isso, é necessária a ação conjunta entre profissionais da saúde e população nesse processo de abordar e aprimorar estudos sobre a FA, pois auxilia na conscientização da população em geral, sobretudo as que habitam em zonas de risco. Mesmo que seja uma doença endêmica sazonal, é extremamente importante reduzir o número de casos, evitando assim a disseminação entre indivíduos não imunizados.

Palavras-chave: Febre Amarela; Epidemias; Prevenção; Letalidade.

Joana Lima Bayerl acadêmica de enfermagem Centro Universitário São Camilo-ES – [e-mail]

2Laisa do Rosário Destefani acadêmica de enfermagem Centro Universitário São Camilo-ES – [e-mail]

3João Victor Xavier de Oliveira acadêmico de enfermagem  Centro Universitário São Camilo-ES –[e-mail]

4Yasmin Almeida Vialacadêmica de enfermagem Centro Universitário São Camilo-ES –[e-mail]

5Soraya Cunha Rangel Pimentel. Especialista em Saúde Pública e Docência do Ensino Superior. Centro Universitário São Camilo-ES –[e-mail].

ABSTRACT

Yellow fever is a seasonal and endemic arbovirus in Brazil, that is, it occurs at a certain time of the year, especially in the summer, as the high temperature and excessive rainfall characteristic of this season provide favorable conditions for the reproduction of the disease vector. Yellow fever is divided into Silvestre and Urbana FA, the urban one, in turn, is extinct, with its last case reported in 1942. It is an exploratory study of literature review, with a qualitative approach and descriptive character. The search for references took place in the Scientific Electronic Library Online database (Scielo), Ministry of Health and Health Secretariat of Espírito Santo (SESA), from March to May 2020. The results obtained in the research indicate that lethality of the disease can reach more than 50% when developing the severe form, and that men are part of the group most likely to come into contact with the AF, since they are the ones who are most exposed to the virus due to work activities they perform , such as loggers, rubber tappers and farmers. With this focus, vaccination becomes essential to prevent exposure to risky environments. Therefore, joint action between health professionals and the population is necessary in this process of approaching and improving studies on AF, as it helps to raise awareness among the general population, especially those who live in risk areas. Even though it is a seasonal endemic disease, it is extremely important to reduce the number of cases, thus preventing the spread among non-immunized individuals.

Keyword: Yellow Fever; Epidemics; Prevention; Lethality.

INTRODUÇÃO

Consoante Silva 2009, a febre amarela (FA) é uma doença infecciosa, não contagiosa causada por um RNA vírus, da família Flaviridae. A infecção pode causar lesões no fígado, coração, sistema nervoso central e rim e evoluir para a forma grave e morte. A doença é transmitida por mosquitos ao homem de forma acidental, entre seus sintomas destacasse a icterícia – que por sua vez nomeia a patologia – devido a coloração amarelada que o paciente apresentar.

Nas Américas, os casos são esporádicos e os surtos com taxas de ataque de 1-2/1.000 pessoas. Os investimentos em infraestrutura urbana desenvolvidos nas primeiras décadas do século XX e as medidas de combate ao vetor, realizadas em função das epidemias de FA urbana, reduziram drasticamente a ocorrência de casos, chegando a alcançar no Brasil a erradicação da forma urbana em 1942 (ANTUNES e RIBEIRO, 2005).

Em 1954, foi registrado o último foco de FA urbana nas Américas, em Trinidad-Tobago. A febre amarela teve seus focos erradicados em 1942, porém, apenas a forma urbana. Os casos que hoje são apontados, referem-se a FA em sua forma silvestre, onde o homem se infecta por acidente, pois acaba entrando no ciclo do mosquito, quando encontram-se por exemplo, em florestas.

Além disso, é necessário alertar, principalmente, o grupo exposto ao risco de adquirir a arbovirose, visto que, segundo Vasconcelos (2003), no Brasil, a doença tem sido notificada principalmente entre lenhadores, seringueiros, vaqueiros, garimpeiros, caçadores, indígenas, ribeirinhos dos rios, nos focos enzoóticos amazônicos e em turistas.Por conseguinte, o presenteestudo tem como objetivo elencar dados epidemiológicos da FA que destacam a letalidadeda doença no Brasil.

METODOLOGIA

Trata-se de um estudo exploratório de revisão bibliográfica da literatura, de abordagem qualitativa e caráter descritivo.A busca pelas referências se deu na base de dados ScientificElectronic Library Online (Scielo), Ministério da Saúde e Secretaria da Saúde do Espírito Santo (SESA), no período de março a maio de 2020. Os descritores utilizados foram febre amarela, epidemias, prevenção, letalidade, todos cadastrados no Descritores em Ciência da Saúde (DeCS).