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O ABORTO E SAÚDE PÚBLICA 20 ANOS DE PESQUISAS NO BRASIL

Por:   •  5/4/2018  •  Resenha  •  2.438 Palavras (10 Páginas)  •  409 Visualizações

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INTRODUÇÃO

Aborto é a expulsão do feto do útero antes que ele atinja o desenvolvimento necessário para sua sobrevivência independente da mãe. O feto expulso com menos de 0,5 kg ou 20 semanas de gestação é considerado abortado (ROVERRATI, 2016).

Classifica-se o abortamento em dois tipos principais: O Espontâneo, abortamento ocorrido em consequência de causas naturais. E Provocado, onde só será permitido quando necessário, para salvar a vida da gestante ou quando a gravidez for resultante de estupro. O aborto, fora esses casos, está sujeito à pena de detenção ou reclusão (ROVERRATI, 2016).

METODOLOGIA

A elaboração desse trabalho baseia-se em levantamento bibliográfico, sites acadêmicos, tais como Scielo, uma ferramenta de pesquisa. Confeccionado em base de estudos em biblioteca física.

ABORTO

O aborto é a interrupção da gravidez pela morte do feto ou embrião, junto com os anexos. Pode ser espontâneo ou provocado (ROVERATTI, 2016).

ABORTO ESPONTÂNEO

Algumas mulheres perdem sangue e acham que menstruaram. Na verdade, engravidaram e estavam eliminando o embrião. Engravidaram novamente, levam a gestação a termo, muitas vezes sem saber que tiveram um abortamento silencioso e não deixou sequelas (ROVERATTI, 2016).

    Calcula-se que 25% das gestantes terminaram em aborto espontâneo, sendo que ¾ ocorrem nos três primeiros meses de gravidez (ROVERATTI, 2016).

    O aborto espontâneo pode ocorrer em vários estágios. Os sintomas progridem com: sangramento abundante, contrações fortes e abertura do canal cervical, seguidos pela expulsão do feto. Abortos acontecidos após a vigésima semana de gravidez costumam deixar restos de útero, que devem ser removidos cirurgicamente (ROVERATTI, 2016).

    Quando o embrião apresenta alguma anormalidade grave, dificilmente a gravidez progride, parece que o próprio organismo materno percebe a existência de algo muito errado com o desenvolvimento do bebê e opta por rejeita-lo. Em alguns casos o embrião apresenta alguma malformação ou alteração genética e foram eliminados naturalmente. Outras causas seriam a incontinência do colo uterino, malformação uterina, insuficiência de desenvolvimento uterino, fibroma, infecções do embrião (ROVERATTI, 2016).

    Fatores químicos podem ajudar a contribuir como: Medicamentos ou sob outras formas, podem passar para o feto através da placenta. A maior parte dos abortos espontâneos releva-se inevitáveis (ROVERATTI, 2016).

ABORTO INDUZIDO

Aborto provocado é a interrupção deliberada da gravidez pela extração do feto da cavidade uterina. Esse tipo de aborto ocorre pela ingestão de medicamentos ou por métodos mecânicos (ROVERATTI, 2016).

Alguns abortivos são facilmente encontrados em algumas sociedades. Drogas que contém o aviso que não deve ser usado em gestantes, pois contém associações de ervas declaradamente abortivas. Durante a 1° Guerra Mundial, abortivos á base de chumbo tornaram-se populares no interior da Inglaterra, os médicos adotaram como prática uma investigação da presença de envenenamento por chumbo em mulheres grávidas, que é chamado saturnismo, onde causava a cegueira a até a morte da gestante (ROVERATTI, 2016).

Outro método de aborto é usado através de agulhas de tricô e crochê, lascas de madeira, velas, espetos de carne e alfinetes longos, onde esses corpos estranhos são introduzidos no útero, com a intenção de perfurar ou danificar a placenta, forçando a saída do feto. A mulher corre enormes riscos de ficar gravemente enferma ou mesmo morrer, fazendo uso também de lavagens intrauterinas com solução de iodo, sabão, vinagre e até desinfetantes (ROVERATTI, 2016).

Existem várias formas de abortamento, como: Dilaceração ou corte, onde um instrumento dilacera o corpo do feto que é retirado em pedaços. Sucção ou aspiração, que pode ser feito até a 12° semana do período menstrual. Curetagem, onde é feita a dilatação do colo do útero e com uma cureta, instrumento de aço semelhante a uma colher, é feita a raspagem suave do revestimento uterino do embrião, da placenta e das membranas que envolvem o embrião. Drogas e plantas, algumas substâncias são tóxicas e inorgânicas como arsênios, antimônio, chumbo, cobre, ferro, fósforo e vários ácidos e sais. As plantas podem ser losma, abuteia, alecrim, algodão, espirradeira e várias ervas amargas. O mini aborto, é feito quando a mulher esta a menos de sete semanas sem menstruar. O médico faz um exame manual interno para determinar o tamanho do feto e a posição do útero. Lava-se a vagina com uma solução antisséptica e com uma agulha fina anestesia-se o útero em três pontos prende-se o órgão com um tipo de fórceps chamado tenaculo e uma sonda de plástico fino e flexível são introduzidas no útero. A esta sonda liga-se um aparelho de sucção e remove-se o endométrio e os produtos de concepção. Envenenamento por sal, feito da 16° a 24° semana de gestação. Aplica-se anestesia local num ponto situado entre o umbigo e a vulva, no qual irá ultrapasar a parede do abdomêm, do útero e do âmnio. Com esta seringa aspira-se o fluido amniótico, no qual será substituído por uma solução salina ou uma solução de prostaglandina. Sufocamento, chamado de parto parcial, nesse caso, puxa-se o bebê para fora deixando a cabeça dentro. Introduz-se um tubo em sua nuca, que sugará a sua massa cerebral, levando a morte (ROVERATTI, 2016).

Existem então as consequências do aborto, como: Hemorragia, retirada de uma parte do útero, se a hemorragia não for controlada. Infecção e obstrução das trompas, provocando esterilidade. Surgindo também as consequências psicológicas que envolvem depressões, desordem nervosas, insônias, neuroses diversas e frigidez que é a perda do desejo sexual. Contribuindo então para consequências tardias do aborto, como os danos causados ás trompas por possível infecção pós-aborto, infertilidade em 18% das pacientes e o aumento do percentual de abortos espontâneos nas pacientes que já abortaram. Dentre outras consequências (ROVERATTI, 2016).

IMPORTÂNCIA DO PRÉ NATAL

Antigamente apenas se solicitava a presença do médico na época do parto, o conhecimento sobre o desenvolvimento do bebê e a gestação é recente, mas é algo essencial para impedir a ocorrência de diversos problemas, tanto para gestante como para o feto. Sendo assim, importante a mulher saber o quanto antes se está ou não grávida, para fazer os exames e cuidados pré-natais para o nascimento de crianças saudáveis (ROVERATTI, 2016).

ASSISTÊNCIA DE ENFERMAGEM

No contexto da mortalidade materna, a incidência de óbitos por complicação de aborto, oscila em torno de 12,5% do total de óbitos, ocupando o terceiro lugar entre suas causas. (REZENDE, 2014)

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