RASTREAMENTO DE COLO DE ÚTERO EM TEMPOS DE PANDEMIA: UMA DISCUSSÃO SOBRE RISCOS DE INCIDENCIA EPIDEMIOLOGICA PARA O FUTURO
Por: larissapbb • 17/8/2021 • Artigo • 718 Palavras (3 Páginas) • 188 Visualizações
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RASTREAMENTO DE COLO DE ÚTERO EM TEMPOS DE PANDEMIA: UMA DISCUSSÃO SOBRE RISCOS DE INCIDENCIA EPIDEMIOLOGICA PARA O FUTURO
Larissa Pereira de Barros Borges
Discente do Curso de Enfermagem
Faculdade Cosmopolita – Belém, Pará
Orientanda do Estudo.
larissapbb@hotmail.com
Contato: (91) 98142-6992
Profa. Msc. Simone Daria Assunção Vasconcelos Galdino
Docente do Curso de Enfermagem
Faculdade Cosmopolita – Belém, Pará
Orientadora do Estudo.
sdavasconcelos@yahoo.com.br
Introdução e contexto: O câncer de Colo do Útero representa um problema de Saúde Pública e atinge todas as classes sociais e regiões econômicas do mundo. Mas, infelizmente, desde o início da pandemia muitos brasileiros deixaram de ser diagnosticados com câncer e em Belém, as Unidades Municipais de Saúde registram quedas na ordem de mais de 60% no volume de exames para diagnosticar a doença. O contexto atual, marcado pelo medo de ser contaminado pelo coronavírus está fazendo com que muitas pessoas adiem consultas e exames primordiais para o diagnóstico do câncer, constatação esta de grande preocupação.
Objetivo: Analisar se o rastreamento do câncer do colo uterino em Belém, Estado do Pará, Brasil, regrediu a partir da pandemia do novo Corona Vírus, no sentido de deixar de atingir metas já alcançadas na rotina recomendada para o rastreamento no Brasil, que é a repetição do exame Papanicolaou a cada três anos, após dois exames normais consecutivos realizados com um intervalo de um ano.
Métodos: Trata-se de um estudo de caso, realizado em uma Unidade Municipal de Saúde, da cidade de Belém, em que se pode quantificar as variações e incidências de procuras pelo exame entre os meses de março a maio de 2021 e 2020, comparados com os dois anos anteriores, que foram 2019 e 2018. Os dados indicam número de rastreamentos, resultados dos exames e índice comparativo entre os períodos. Além disso, fundamenta-se a pesquisa com o apoio bibliográfico de artigos de periódicos provenientes de um Banco de Dados indexados na Biblioteca Virtual de Saúde (BVS), sendo eles: Literatura Latino-Americana e do Caribe em Ciência e Saúde (Lilacs), Base de Dados de Enfermagem (BDENF), Scientific Electronic Library Online (Scielo).
Resultados: Um dos principais procedimentos para o diagnóstico do câncer, as biópsias, tiveram uma redução de 47,72%, quando comparados os meses de março a dezembro de 2019 e 2020. A UMS investigada, realizou entre março a maio de 2019, 572 coletas, mas, em 2020, apenas 299 exames foram realizados no mesmo período. As maiores quedas ocorreram nos meses de abril (-63,3%) e maio (-62,6%). Além disso, a taxa de diagnósticos positivos após a realização dos testes foi maior no período de pandemia (por exemplo, aumento de 2,3% para 4% no caso de câncer de colo uterino), o que pode demonstrar que houve um maior direcionamento dos exames para pacientes com maior risco, reduzindo em algum grau os esperados subdiagnósticos ocasionados pelas dificuldades de acesso dos pacientes aos testes. Discute-se que a redução do número de biópsias para diagnóstico de câncer tem repercussão muito grande na mortalidade. Quando tem-se esta queda, entende-se que muitas pessoas estão deixando de ser diagnosticadas e tratadas, o que permite que o tumor cresça e se torne menos curável.
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