Resenha "Técnicas de comunicação terapêutica"

MARCOLAN, J. F. Técnica Terapêutica da Contenção Física. 1ºed. São Paulo: Editora Roca, 2014. cap. 2: Técnicas de comunicação terapêuticas, p.12-32.

O capítulo 2 “Técnicas de comunicação terapêutica” pertence ao livro “Técnica terapêutica da contenção física” e seu conteúdo é estruturado por meio da descrição das principais formas aplicadas como atuação terapêutica na comunicação.

O conteúdo do capítulo está disposto em 12 páginas e tem como finalidade descrever técnicas de comunicação terapêutica que devem ser praticadas em qualquer âmbito da vida, principalmente a profissional, sendo o foco deste capítulo os pacientes com transtornos mentais e seus familiares. Além disso, o capítulo também cita os quadros psicopatológicos com sintomatologia que não permitem, provisoriamente, a realização dessas técnicas até que sejam revertidos e assim ocorra a possível aproximação ao paciente.  

De acordo com o texto supracitado, além da observação, a comunicação é a principal ação terapêutica que o profissional deve utilizar para fornecer alívio e melhorar o sofrimento do paciente com transtorno mental, pois a comunicação é um instrumento básico do cuidado em enfermagem e está presente em todas as ações realizadas com o paciente. Ressalta-se, que durante a abordagem ao mesmo é de suma importância observar a linguagem não-verbal do paciente, visto que nos proporciona informações significativas para que possamos prestar-lhes a necessária assistência.

No decorrer do capítulo são descritas as seguintes técnicas terapêuticas que devemos utilizar durante a comunicação: Tentar formar vínculo com o paciente; Manter o canal de comunicação aberto; Olhar para o paciente; Ouvir atentamente; Respeitar pausas silenciosas; Não completar frases para o paciente; Repetir, resumir e relacionar ideias para o paciente; Tentar controlar a comunicação não verbal; Ajudar o paciente a encontrar soluções; Focalizar e centrar o assunto no paciente; Valorizar o conteúdo enfático ou conteúdo “vazio”; Impor limites; Verificar o conteúdo da fantasia que o paciente expressa; Ajudar o paciente a vir para a realidade; e Perceber e atuar frente à tentativa do paciente de testar, desafiar e manipular.

Quando ocorre interferência na comunicação ou condutas inadequadas, podem ser ocasionados problemas no relacionamento com o familiar ou paciente. Sendo assim, devem ser seguidas técnicas terapêuticas que não devem ser realizadas pelo profissional. As técnicas terapêuticas direcionadas ao que não se deve fazer são: Mentir, prometer ou seduzir; Chamar por nomes jocosos (apelidos); Ser agressivo ou ríspido com o paciente; Ameaçar o paciente; Desafiar o paciente; manipular ou testar o paciente; Julgar, dar opinião pessoal e aconselhar; Fazer o paciente acreditar em crença pessoal sem conteúdo terapêutico; e Contar a verdade de maneira brusca.

Portanto, a comunicação é importante em qualquer contexto de saúde, principalmente, em saúde mental. As técnicas de comunicação terapêuticas utilizada é um instrumento essencial do cuidado em saúde mental, visto que assumem um papel fundamental na relação entre o profissional, paciente e familiar – focos de atenção e de cuidados – uma vez que a comunicação é a cincustância em que se desenvolve a relação e é uma ação terapêutica, permitindo o desenvolvimento da relação e consequentemente, podendo criar um contexto favorável ou desfavorável.

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