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Resenha do livro Pedagogia da Autonomia

Por:   •  10/9/2015  •  Resenha  •  887 Palavras (4 Páginas)  •  999 Visualizações

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Para Paulo Freire, formar um aluno é muito mais que distribuir conhecimentos apenas, para uma boa formação, é necessário ética e coerência que precisam estar presentes na prática educativa, pois esta faz parte da responsabilidade do ensinador como agentes pedagógicos. Para ele é necessário também esperança  e otimismo para que ocorra mudanças; apresenta três temas básicos para construir a Pedagogia da Autonomia, são eles: a) não há docência sem discência; b) ensinar não é transferir conhecimento e; c) ensinar é uma especificidade humana.

 

No primeiro tema o autor critica as formas de ensino tradicionais. Defende uma pedagogia fundada na ética (como foi dito anteriormente), no respeito, na dignidade e na autonomia do educando. Questiona a função de educador autoritário e conservador, que não permite a participação dos alunos, suas curiosidades e as suas experiências adquiridas no decorrer da vida e do seu meio social. Coloca vários argumentos a favor de um ensino mais democrático entre educadores e educandos, levando em consideração que somos seres em formação, em constante aprendizado. Todo indivíduo seja pedagogo ou aluno devem estar abertos a curiosidade, a adquirir mais conhecimentos ao longo da vida. Nesse sentido destaca a importância dos educadores e suas práticas na vida dos alunos. Atitudes, palavras, simples fatos advindos do professor poderão ficar marcados pelo resto da vida de uma pessoa contribuindo positivamente ou não para o seu desenvolvimento, um exemplo disso podemos observar no filme " A Onda". O autor da ênfase a cautela quando o assunto é educar, pois educar é formar. Destaca a importância do educador e sua metodologia, ressaltando que o educador deve estar aberto também a aprender e trocar experiências com os alunos. Em seus métodos atuais enfatiza que a curiosidade dos alunos é um aspecto positivo para o aprendizado, pois é um fator importante para o desenvolvimento do poder de críticas. Um ensinamento dinâmico desperta a curiosidade sobre o pensar e o agir, ele aborda todas essas perspectivas sempre destacandona necessidade do respeito, compreensão, humildade e o equilíbrio das emoções entre educadores e educandos em seus métodos de ensino. Ensinar exige rigorosidade metódica, pesquisa, aceitação do novo e rejeição de discriminações, bom senso, alegria, comprometimento, liberdade, saber educar, tomar decisões consciente e querer bem os educandos.

 

No segundo tema aborda a questão da ética entre educador e educando; fala sobre a prática de ensinar no qual "ensinar não é transferir conhecimento” e sim respeitar a autonomia e a identidade do educando, para passar conhecimento o educador deve estar envolvido com ele, para envolver os educandos, deve estimular os alunos a desenvolverem seus pensamentos, fornecendo argumentos, mostrando que desta forma é possível o desenvolvimento da crítica. Paulo Freire prova que existe diferenças de forma de tratamento às pessoas em relação ao seu nível social, ou seja, ele vai contra esse pensamento pois pra ele educar é também respeitar as diferenças sem discriminação, pois esta é imoral, e nega radicalmente a democracia, qualquer forma de discriminação deve ser rejeitada. Aborda alguns conceitos que são necessários para o desempenho do bom ensino tendo por conseqüência um maior aproveitamento no aprendizado. A ética, o bom senso, a responsabilidade, a coerência, a humildade, a tolerância são qualidades de um bom educador. Ele também aborda a questão do professor defender seus direitos e exigir condições para exercer seus ensinamentos, pois dessa forma estará exercendo sua ética e respeito por si mesmo e pelos alunos.

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