SEPSE PACIETES CRITICOS EM UTI
Por: zildoalves • 7/6/2015 • Artigo • 4.315 Palavras (18 Páginas) • 481 Visualizações
SEPSE: PACIENTES INTERNADOS EM UNIDADE DE TERAPIA INTENSIVA (Professor Ficou de Rever o Titulo)
Zildo Alves da Silva ,Alessandra Regina Silva Prado, Iris Maria de Pádua, Lucy Meire Nascimento Branco, Thais Macedo Pio, Vitor Luis da Silva, Acadêmicos e Acadêmicas de Enfermagem da Faculdade Nossa Cidade (FNC).
Luiz Faustino dos Santos Maia Enfermeiro. Mestre em Terapia Intensiva pela SOBRATI. Especialista em Saúde Coletiva e Saúde da Família; Gestão e Auditoria dos Serviços de Enfermagem; Enfermagem em Urgência, Emergências e Cuidados Intensivos pela UNICSUL. Docente de graduação em Enfermagem e Fisioterapia pela FMS; Enfermagem e Radiologia pela FNC. Coordenador do Curso de Pós Graduação em Enfermagem em Urgência e Emergência da Faculdade Sequencial. Coordenador Geral da Revista Recien.
Resumo
Sepse é uma disfunção orgânica determinada por uma reação inflamatória sistêmica, de natureza infecciosa, responsável por manifestações múltiplas, podendo determinar a disfunção, ou falência de um ou mais órgãos podendo levar até a morte. Este artigo de revisão bibliográfica apresenta as principais características da SEPSE, destacando o papel da enfermagem neste processo, com foco nos principais diagnósticos de enfermagem, e suas respectivas prescrições.
Introdução
Define-se por Síndrome da Resposta Inflamatória Sistêmica (SEPSE), uma síndrome clinica, a qual se dá uma resposta inflamatória sistêmica, que provem de um foco infeccioso e quando não tratado, de forma adequada em tempo hábil pode evoluir para um choque séptico, e nestas condições a tendência é a evolução para uma falência múltiplas de órgão, e por consequência levar a óbito a pessoa acometida (Juncal, Neto, Camelier, et al. 2011).
A SEPSE caracteriza-se como um problema frequente, em pacientes críticos e esta ligada a fatores que modificam o sistema imunológico da pessoa; sua fisiopatologia é complexa e esta diretamente ligada a imunidade, mecanismos inflamatórios, e modificação da homeostasia em seus estágios mais avançados (Henkin, Coelho, Paganella, et al.2009).
As infecções e a SEPSE são acompanhadas por sinais clínicos e exames laboratoriais, como alteração da temperatura corporal, taquicardia, leucocitose; mas apesar destes sintomas, o intervencionista tem que estar atento a vários indicadores clínicos e laboratoriais, em caso de suspeita de infecção. Em 1991, foi discutido durante a Conferencia de Consenso sobre SEPSE, um ponto em comum para a caracterização do envolvimento sistêmico em uma infecção, e foi estabelecida a alteração de pelo menos dois sinais, que são alteração da temperatura corporal, frequência cardíaca, frequência respiratória e leucograma (Barbosa, Pinheiro, Rigato, et al, 2004).
Na década de 90 o Centro de Controle e Prevenção de Doenças (CDC), apontou que houve 450 mil casos de SEPSE por ano e mais de 100 mil óbitos no Estados Unidos, a maior incidência de SEPSE foi identificada na população idosa, devido a realização de procedimentos mais invasivos, infecção e pela Sindrome da Imunodeficiência Adquirida (SIDA), e utilização de fármacos imunossupressores (Zanon, Caovilla, Michel, et al, 2008).
O primeiro estudo realizado no Brasil de porte significativo foi o Brazilian Sepsis Epidemiological Study (BASES), entre Maio de 2001 e Janeiro de 2002, que levantou o perfil de pacientes das Unidades de Terapia Intensiva (UTIs) das regiões Sul e Sudeste com a finalidade de verificar a incidência de SEPSE nesses pacientes. Através doestudo observou-se uma incidência de 30,5% de pacientes internados com sepse nas UTI, onde apontou, que a diferença da taxa de sobrevivência entre os pacientes sépticos e não sépticos após 28 dias de internação foi de 66% e 88%, respectivamente; estudos anteriores mostram que os pacientes com sepse apresentam pior evolução em seu quadro clinico gerando maior custo e tempo de internação, apresentando piores parâmetros de sinais vitais e laboratoriais (Juncal, Neto, Camelier, et al. 2011).
Estudo feito em UTIs, no ano de 2003 onde foram identificados 3128 pacientes, e destes 521 (16,7%), com diagnostico de sepse, sepse grave ou choque séptico. A mortalidade nos casos identificados com sepse ou choque séptico foi de 34,4% e 65,3% respectivamente, as duas principais fontes de infecção foram trato respiratório com 69% e o abdômen 23,1%. Após analise dos dados observou-se uma elevada mortalidade em UTIs, em nosso país, e o choque séptico é uma das mais elevadas do mundo, nossos pacientes são mais graves e tempo de internação maior, é necessário desenvolver cada vez mais companhas que possibilitem fazer uso dos recursos disponíveis deforma mais precoce, a fim de realizar um diagnostico que possa evitar tais complicações (Henkin, Coelho, Paganella, et al.2009).
Segundo Almeida, Marques (2009), a SEPSE, e um desafio que o enfermeiro e sua equipe se deparam, especialmente quando a identificação não é precoce, pois caso não seja diagnosticada com certa eficiência e rapidez, poderá resultar em choque e falência orgânica, e por vezes levara à morte. O avanço tecnológico em UTI para suporte básico de vida vem trazendo benefícios para um eficiente prognostico para pacientes com SEPSE.
Os cuidados de enfermagem, afeta diretamente aos pacientes críticos como na SEPSE, portanto uma eficiente Sistematização da Assistência de Enfermagem (SAE), feita de forma adequada e individualizada, facilita aos enfermeiros envolvidos no processo de cuidar destes pacientes (Neto, Barros, Oliveira, et al, 2011).
A equipe de enfermagem tem papel importantíssimo na assistência direta, sendo estes profissionais que mais atuam diretamente ao paciente, o conhecimento dos aspectos fisiológicos da SEPSE, é importante para que se possa perceber e avaliar os distúrbios hemodinâmicos que venham a acontecer, e como é esta equipe que esta constantemente próxima ao paciente, com estes conhecimentos possibilitam uma percepção precoce de alterações fisiológicas, com isto toda a equipe multidisciplinar tem maiores chances e possibilidades de ofertar uma assistência eficiente (Almeida, Marques, 2009).
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