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GENERALIDADES SOBRE A UNIDADE DE TERAPIA INTENSIVA UTI: O PENSAMENTO CRÍTICO É ESSENCIAL AO CUIDADO CRÍTICO

Por:   •  4/4/2016  •  Trabalho acadêmico  •  7.101 Palavras (29 Páginas)  •  1.738 Visualizações

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AULA 1: GENERALIDADES SOBRE A UNIDADE DE TERAPIA INTENSIVA UTI: O PENSAMENTO CRÍTICO É ESSENCIAL AO CUIDADO CRÍTICO:Quadro avaliação do problema;Custo-benefício da terapia aplicada;Na atualidade os profissionais enxergam seu ambiente de trabalho sem o cuidado devido e sem organização. COMO PROJETAR UMA UTI: Projetar uma UTI ou modificar uma unidade existente, exige conhecimento das normas dos agentes reguladores, experiência dos profissionais de terapia intensiva, que estão familiarizados com as necessidades específicas da população de pacientes. O projeto deve ser abordado por um grupo multidisciplinar composto de:  Diretor médico  Enfermeiro chefe da UTI  Arquiteto principal  Administrador hospitalar  Engenheiros.  Deve avaliar a demanda esperada da UTI baseado na avaliação dos pontos de fornecimento de seus pacientes, nos critérios de admissão e alta, e na taxa esperada de ocupação. PLANEJAMENTO DA ÁREA DE UMA UTI: O Planejamento e projeto devem ser baseados em padrões de admissão de paciente, fluxo de visitantes e funcionários e serviços que são peculiares à instituição individual em questão. Segundo normas para projetos físicos de Estabelecimentos Assistenciais de Saúde (E.A.S.), 1995, a organização físico funcional de internação de paciente em regime de terapia intensiva deve: proporcionar condições de internar pacientes críticos em ambientes individuais e ou coletivos conforme grau de risco, faixa etária, patologia e requisitos de privacidade;  executar e registrar assistência médica e de enfermagem intensiva;  prestar apoio diagnóstico-laboratorial, de imagem e terapêutico 24 horas; manter condições de monitoramento e assistência respiratória contínua;  prestar assistência nutricional e distribuir alimentos aos pacientes;  manter pacientes com morte encefálica, nas condições de permitir a retirada de órgãos para transplantes, quando consentida. LOCALIZAÇÃO  Cada UTI deve ser uma área geográfica distinta dentro do hospital, quando possível, com acesso controlado, sem trânsito para outros departamentos. Sua localização deve ter acesso direto e ser próxima de elevador, serviço de emergência, centro cirúrgico, sala recuperação pós-anestésica, unidades intermediárias de terapia e serviço de laboratório e radiologia. NÚMERO DE LEITOS Os leitos necessários para fornecer uma cobertura segura e adequada para pacientes gravemente doentes num hospital, dependem da população do hospital, quantidade de cirurgias, grau do compromisso de cuidados intensivos pela administração do hospital, pelos médicos e enfermeiros, e dos recursos institucionais. Uma UTI deve existir com no mínimo cinco leitos, em hospitais com capacidade para cem ou mais leitos. A instalação com menos de cinco leitos torna-se impraticável e extremamente onerosa, com rendimento insatisfatório em termos de atendimento. Estabelecimentos especializados em cirurgia, cardiologia e em emergência devem fazer cálculo específico. O ideal considerado do ponto de vista funcional, são oito a doze leitos pôr unidade. Caso se indique maior número de leitos, esta deve ser dividida em subunidades. Esta divisão proporciona maior eficiência de atendimento da equipe de trabalho. FORMA DA UNIDADE  A disposição dos leitos de UTI podem ser em área comum (tipo vigilância), quartos fechados ou mista.  A área comum proporciona observação contínua do paciente, é indicada a separação dos leitos pôr divisórias laváveis que proporcionam uma relativa privacidade dos pacientes. FORMA DA UNIDADE As unidades com leitos dispostos em quartos fechados, devem ser dotados de painéis de vidro para facilitar a observação dos pacientes. Nesta forma de unidade é necessário uma central de monitorização no posto de enfermagem, com transmissão de onda eletrocardiógrafa e frequência cardíaca. Unidades com quartos fechados proporcionam maior privacidade aos pacientes, redução do nível de ruído e possibilidade de isolamento dos pacientes infectados e imunossuprimidos. A unidade mista combina os dois tipos de forma e tem sido adotada com bons resultados.  Salas de isolamento é recomendável e cada instalação de saúde deve considerar a necessidade de salas de isolamento compressão positiva e negativa nestas salas. ÁREA DE INTERNAÇÃO Área de Pacientes  Os pacientes devem ficar localizados de modo que a visualização direta ou indireta, seja possível durante todo o tempo, permitindo a monitorização do estado dos pacientes, sob as circunstâncias de rotina e de emergência. Os sinais dos sistemas de chamada dos pacientes, os alarmes dos equipamentos de monitorização e telefones se somam à sobrecarga auditiva nas U.T.Is. não devem ultrapassar 45dB durante o dia, 40dB durante a noite e 20dB durante a madrugada.  Por estas razões, devem ser utilizados pisos que absorvam os sons, levando-se em consideração os aspectos de manter o controle das infecções hospitalares, da manutenção e movimentação dos equipamentos. POSTO DE ENFERMAGEM  O posto de enfermagem deve ser centralizado, no mínimo um para cada doze leitos e prover uma área confortável, de tamanho suficiente para acomodar todas as funções da equipe de trabalho, com dimensões mínimas de 8m2.  Cada posto deve ser servido por uma área de serviços destinada ao preparo de medicação, com dimensão mínima de 8m2 e ser localizada anexo ao posto de enfermagem. Deve haver iluminação adequada de teto para tarefas específicas, energia de emergência, instalação de água quente e fria, balcão, lavabo, um sistema funcional de estocagem de medicamentos, materiais e soluções e um relógio de parede deve estar presente.  Espaço adequado para terminais de computador e impressoras é essencial quando forem utilizados sistemas informatizados.  Deve ser previsto espaço adequado para se colocar os gráficos de registros médicos e de enfermagem. SALA DE UTENSÍLIOS LIMPOS E SUJOS As salas de utensílios limpos e sujos devem ser separadas e que não estejam interligadas. Os pisos devem ser cobertos com materiais sem emendas ou junções, para facilitar a limpeza. A sala de utensílios limpos é utilizada para armazenar suprimentos limpos e esterilizados, podendo também acondicionar roupas limpas. Prateleiras e armários para armazenagem devem estar em locais acima do solo, facilitando a limpeza do piso. SALA DE UTENSÍLIOS LIMPOS E SUJOS  A sala de materiais sujos (expurgo), deve ser localizada fora da área de circulação da unidade. Pode ter uma pia e um tanque, ambos com torneiras misturadoras de água fria e quente para desinfecção e preparo de materiais. Deve ser projetada para abrigar roupa suja antes de encaminhar ao destino, dispor de mecanismos para descartar itens contaminados com substâncias e fluidos corporais. Recipientes especiais devem ser providenciados para descartar agulhas e outros objetos perfurocortantes. BANHEIRO DE PACIENTES Localizado na área de internação da unidade (gera ) ou anexo ao quarto (isolamento). Todos os banheiros e sanitários de pacientes internados devem ter duchas higiênicas e chuveiro. COPA DE PACIENTE: Local destinado ao serviço de nutrição e dietética, sendo receptora e distribuidora das dietas dos pacientes da unidade. Deve ter pia, geladeira e lixo específico para desprezar restos de alimentos. SALA DE SERVIÇOS GERAIS Sala destinada a guarda de materiais e soluções utilizadas na limpeza e desinfecção da Unidade. Deve ser provida de tanque e prateleiras suspensas. SALA DE PROCEDIMENTOS ESPECIAIS Sua localização deve ser dentro, ou adjacente à UTI, podendo atender diversas U.T.Is. próximas. Deve ser de fácil acesso, o tamanho suficiente para acomodar os equipamentos e as pessoas necessárias. As capacidades de monitorização, equipamentos, serviços de apoio e condições de segurança devem ser compatíveis com serviços fornecidos pela UTI. As áreas de trabalho e armazenamento devem ser adequados o suficiente para manter todos os suprimentos necessários e permitir o desempenho de todos os procedimentos sem que haja a necessidade da saída de pessoas da sala. ARMAZENAMENTO DE EQUIPAMENTOS Uma área para guardar os equipamentos que não estão em uso ativo, deve ser planejada. A localização deve ser de fácil acesso e espaço adequado para pronta localização e remoção do equipamento desejado. Deve ser previsto tomadas elétricas aterradas em número suficiente para permitir a recarga dos equipamentos operados a bateria. LABORATÓRIO Todas as U.T.Is. devem ter serviço de laboratório clínico disponível vinte e quatro horas por dia. Quando o laboratório central do hospital não puder atender as necessidades da UTI, um laboratório satélite dentro da, ou adjacente à UTI deve ser capaz de fornecer os testes químicos e hematológicos mínimos, incluindo análises de gases do sangue arterial. SALA DE REUNIÕES Uma área distinta ou separada próxima de cada U.T.I. ou de cada grupo de U.T.Is., deve ser projetada para observar e armazenar as radiografias, estudar e discutir os casos dos pacientes. Um negatoscópio ou carrossel de tamanho adequado deve estar presente para permitir a observação simultânea de uma série de radiografias. ÁREA DE DESCANSO DOS FUNCIONÁRIOS Uma sala de descanso deve ser prevista em cada U.T.I. ou grupamento de U.T.Is, para prover um local privado, confortável e com ambiente descontraído. Deve existir sanitários masculinos e femininos dotados de chuveiro e armários. Uma copa com instalações adequadas para armazenamento e preparo de alimentos, incluindo uma geladeira, um fogão elétrico e ou forno microondas. A sala de descanso precisa estar ligada à U.T.I. por um sistema de intercomunicação. SALA DE ESTUDOS Uma sala de estudos para equipe multidisciplinar da U.T.I. deve ser planejada para educação continuada, ensino dos funcionários ou aulas multidisciplinares sobre terapia dos pacientes. Deve estar previsto recursos audiovisual, equipamentos informatizados interativos para auto aprendizado e referências médicas, enfermagem e outros. RECEPÇÃO DA UTI Cada U.T.I. deve ter uma área para controlar o acesso de visitantes. Sua localização deve ser planejada de modo que os visitantes se identifiquem antes de entrar.  Por ser uma unidade de acesso restrito é desejável que a entrada para os profissionais de saúde, seja separada dos visitantes. SALA DE ESPERA DE VISITANTES  Área indispensável, deve ser localizada próximo de cada U.T.I., destinada aos familiares de pacientes, enquanto aguardam informações ou são preparados para visita na unidade. O acesso de visitantes deve ser controlado pela recepção. Um bebedouro e sanitários devem ser localizados dentro da área ou próximo a ela. Deve ser previsto telefones públicos, sofás, cadeiras retas e reclináveis, terminais de circuito interno de TV e materiais educativos. ROTA DE TRANSPORTE DE PACIENTES Os corredores utilizados para transportar os pacientes devem ser separados dos utilizados pelos visitantes. O transporte dos pacientes deve ser rápido e a privacidade preservada. Quando necessário o uso de elevadores, deve ser previsto um tamanho superdimensionado e separado do acesso público. MÓDULO DE PACIENTES Os módulos dos pacientes devem ser projetados para apoiar todas as funções necessárias de saúde. A área de cada leito deve ser suficiente para conter todos os equipamentos e permitir livre movimentação da equipe par atender às necessidades de terapia do paciente.  O quarto fechado para adulto ou adolescente deve ter dimensão mínima de 12 m2, com distância de 1,0 metro entre paredes e leito, exceto cabeceira. As considerações de conforto devem incluir métodos para estabelecer a privacidade dos pacientes. O uso de persianas, cortinas, biombos e portas controlam o contato do paciente com a área ao redor. Uma poltrona deve estar disponível a beira do leito para visita de familiares. A escolha das cores das paredes proporcionam descanso e propicia ambiente tranqüilo. ABASTECIMENTO DE ÁGUA  A fonte de água deve ser certificada, especialmente se forem realizadas hemodiálise.  As instalações de pias e lavatórios deve ser prevista para lavagem das mãos nos locais de manuseio de insumos, medicamentos e alimentos, próximo a entrada dos módulos de pacientes ou entre cada dois leitos em U.T.I. tipo vigilância.  Os lavatórios devem ser largos e profundos o suficiente para evitar respingos, ser equipados com torneiras que dispensa o contato com as mãos contaminadas, preferencialmente acionadas por pés, joelhos, cotovelos ou sensores. SISTEMA DE GASES E VÁCUO O suprimento de oxigênio, ar comprimido e vácuo devem ser mantidos nas 24 horas. É recomendado duas saídas de oxigênio pôr leito no mínimo e uma saída de ar comprimido, porém, é desejável haver duas. As saídas para oxigênio e ar comprimido devem ser feitas por conexões apropriadas para cada gás, evitando troca acidental. Um sistema de alarme por pressão alta e baixa de gases devem ser instalados em cada U.T.I. e no departamento de engenharia do hospital. É preconizado dois pontos de vácuo por leito, porém, é recomendável três pontos. O sistema de vácuo deve manter mínimo de 290mmHg, se redução abaixo de 194mmHg os alarmes audíveis e visuais são acionados.

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