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Por: Sollange • 23/11/2017 • Trabalho acadêmico • 2.293 Palavras (10 Páginas) • 538 Visualizações
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HEPATITE C: UMA EPIDEMIA SILENCIOSA
Solange Lourenço [1]
Bruna Ágda de Almeida Bezerra2
Sirlene Porfírio Lopes3
Tatiane Amâncio Figueiredo4
Thamy Santos Ribeiro5
RESUMO: A Hepatite C (HCV) é uma doença causada por diversos tipos de vírus, que podem provocar desde uma doença benigna sem complicações até uma cirrose ou câncer de fígado. Neste contexto, o presente artigo objetivou revisar a bibliografia do assunto, sistematizando os dados referente à HCV visando a divulgação da prevenção e cuidados relacionados ao vírus. No Brasil, milhões de pessoas são portadoras do HCV, mas apesar da gravidade da doença, a doença permanece mal diagnosticada devido aos diversos sintomas apresentados. Por esse motivo, a divulgação sobre as causas e sintomas pode evitar a evolução da doença para casos graves.
PALAVRAS-CHAVE: HCV. Infecção. Vírus C. Anti-HCV.
INTRODUÇÃO
Hepatite C é uma doença infecciosa, ocasionada pelos vírus da hepatite C (HCV) (SILVA; ROSSETTI, 2001) citado por (CÁTIA REZENDE, apud MALTA; CUSTÓDIO; FERREIRA, 2008 p.58). O HCV, por ser um vírus de RNA, apresenta uma alta taxa de mutação espontânea, resultando em sequencias de nucleotédias de alta heterogeneidade-(ROBERTSON et al., 1988), citado por (CÁTIA REZENDE, apud MALTA; CUSTÓDIO; FERREIRA, 2008 p.58). A característica mais marcante do HCV esta relacionada com sua habilidade em presentes no hospedeiro (DI BISCEGLIE; BACON, 1999) citado por (CÁTIA REZENDE, apud MALTA; CUSTÓDIO; FERREIRA, 2008 p.58).
Essa persistência viral parece ser resultado da capacidade do HCV multar rapidamente, dando origem a variantes relacionados, porem imunologicamente distintas. Qualquer uma destas variantes pode tornar-se uma cepa dominante e coexistir (ALTER, 1995) citado por (CÁTIA REZENDE, apud MALTA; CUSTÓDIO; FERREIRA, 2008 p.58).
A alta viabilidade do HCV é decorrente dessas mutações que ocorrem em seu genoma, quando há enzima RNA polimerase, durante a biossíntese viral, promove erros na
etapa de replicação do vírus (AVILA; FERREIRA, 2001) citado por (CÁTIA REZENDE, apud MALTA; CUSTÓDIO; FERREIRA, 2008 p.58).
O VHC pertence a família flaviviridade – gênero hepacivirus - possuindo tamanho entre 30 e 40 nanômetros e envelope. Seu material genético é constituído por um RNA de fita simples. Destaca-se como importante característica do vírus C, a grande variedade de genótipos (9) e subtipos (76) já descritos, com grande variabilidade de prevalência ao longo do mundo, além de um mecanismo complexo de fuga imunológica, que dificulta sua eliminação pelo sistema imune na maioria dos casos, levando a cronificação da hepatite C. No Brasil o genótipo 1 é o mais descrito, seguido pelo genótipos 2 e 3. Nos Estados Unidos, 70% das infecções são pelo genótipo 1 (ALESSANDRO LISBOA DA SILVA, apud VITORINO; SANTOS; SANTANA; HENRIQUES; GOMES, 2012 p. 209).
O período de incubação varia entre 4 e 24 semanas, com média entre 7 e 8 semanas, com grande maioria dos casos assintomáticos ou oligossintomáticos na fase aguda. A historia natural da infecção pelo VHC é variável e de difícil previsibilidade, dada a plêiade de fatores envolvidos, os quais podem ser relacionados ao vírus (genótipos, carga viral), ao hospedeiro (idade, sexo, etnia, doenças metabólicas, doenças hepáticas concomitantes, fatores genéticos) ou ao ambiente (consumo de álcool, tabagismo, dieta, coinfecções pelo VHB e pelo HIV). [...]. O tempo entre a aquisição da infecção pelo VHC e o surgimento da doença hepática avançada é variável, com o surgimento de cirrose clinicamente manifesta em quinto dos indivíduos dentro de 20 anos ou menos; nos demais pacientes, as primeiras complicações podem ser vistas após 30 anos de infecção (ALESSANDRO LISBOA DA SILVA, apud VITORINO; SANTOS; SANTANA; HENRIQUES; GOMES, 2012 p. 212).
A via de transmissão do VHC é parental, principalmente através de exposições percutânea ao sangue contaminado, estando sob maior risco: a) os usuários de drogas injetáveis ilícitas, b) os hemofílicos, c) os pacientes em hemodiálise, d) os profissionais de saúde com história de acidentes percutâneos [...] (ALESSANDRO LISBOA DA SILVA, apud VITORINO; SANTOS; SANTANA; HENRIQUES; GOMES, 2012 p. 209).
O HCV é encontrado no sangue, sêmen, saliva e tecidos, sendo predominantemente transmitido [...] (CALOS EDUARDO BRANDÃO MELLO, 2014). Umas das notáveis características do vírus da hepatite C é a habilidade de evadir do sistema imune do hospedeiro infectado (ROMES RUFINO VASCONCELOS, apud TERGAN; CAVALHIRO; IBRAHIM; PEREIRA; BARONE, 2006).
O presente resumo objetiva trazer ao conhecimento da população o alto índice de indivíduos contaminados com os vírus C com suas formas de contaminação, prevenções e tratamentos. Por se tratar de uma doença silenciosa ela traz muitos riscos à saúde de modo geral, tanto do portador bem como para outras pessoas que tem o contato com quem possui o vírus. Tendo em vista a facilidade de transmissão do vírus, e devido os sintomas não se manifestar precocemente dificulta assim o inicio do tratamento.
METODOLOGIA
A busca dos artigos científicos foi realizada nas bases de dados do Google Acadêmico, Scielo e o Boletim do Ministério da Saúde. As palavras chave utilizadas na busca foram: Hepatite C, Fígado, Tratamento da Hepatite C, casos de Hepatite C, Dados da hepatite C e outras. A seleção dos artigos se deu pela adequação das informações ao objetivo do presente trabalho.
FUNDAMENTAÇÃO TEÓRICA
[...] Cerca de 15% das pessoas acometidas apresentam sintomas agudos, os quais, no entanto, são pouco intensos e imprecisos: falta de apetite, fadiga, náuseas, dores musculares ou nas articulações e perda de peso. Em alguns casos a infecção pode desaparecer por si só, o que ocorre com mais frequência em indivíduos jovens do sexo feminino. A maioria das pessoas expostas ao vírus contraem uma infecção crônica. Durante anos os infectados não notam qualquer sintoma. Às vezes há uma ligeira fadiga, dificilmente atribuível à doença. Outros sintomas que podem ocorrer, com a característica de que às vezes passam desapercebidos ou são atribuídos a outras causas, são: dor abdominal ligeira, urina escura, febre,prurido, icterícia, inapetência, náuseas, fezes pálidas e vômitos, entre outros. A cirrose e câncer do fígado desenvolvem-se mais frequente entre alcoolistas e em indivíduos do sexo masculino. (ABCMED, 2014)
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