Saude do Trabalhador
Por: AmdCaetano • 23/9/2015 • Pesquisas Acadêmicas • 568 Palavras (3 Páginas) • 343 Visualizações
O TRABALHO NOTURNO E SUAS REPERCUSSÕES NA SAÚDE DO TRABALHADOR DE ENFERMAGEM
Trabalhar a noite e dormir durante o dia cria situações em que o horário de trabalho entra em contradição com os horários estabelecidos pela sociedade e pelo próprio organismo. Somos seres com hábitos diurnos e por isso houve a necessidade de uma adaptação em nosso organismo para o desenvolvimento do trabalho no período noturno. As consequências biológicas são várias, como: irritabilidade, dificuldade de concentração e déficit de memória, fadiga mental e física, apatia, negligencia e endurecimento de atitudes individuais.
O trabalho noturno na enfermagem facilita para a manutenção de mais de um emprego e também por causa do adicional noturno, que valoriza mais o salario do que no período diurno. Além de algumas características como menos solicitações por parte dos clientes, menos exames, altas e admissões.
O desempenho e a disposição para o trabalho podem ficar prejudicados, devido à incompatibilidade da realização de certas tarefas, que exigem esforços físicos e mentais em horários nos quais a eficiência biológica ou a expressão rítmica dessas funções se encontram em níveis muito baixos; assim, entre as consequências da perturbação do sono, salienta-se a sonolência, a redução da atenção e da vigília.
No entanto o trabalho noturno pode causar muitos danos a saúde do trabalhador isso deve ser levado em consideração pela instituição e pela própria equipe de enfermagem, para que se crie estratégias que minimizem os danos causados por essa inversão do ritmo biológico.
O trabalho exercido no período noturno impacta na dimensão psicossocial do trabalhador e se classifica como risco ergonômico, o qual está associado à movimentação e ao transporte de pacientes, ao manuseio de equipamentos e materiais, às posturas prolongadas e inadequadas nos diferentes postos de trabalho. Porém, os riscos ergonômicos não se limitam apenas à esfera mecânica, mas se estendem também para a esfera psicossocial, estando diretamente relacionados com a organização do trabalho, parcelamento e roteirização das tarefas, falta de pausas para descanso, podendo gerar tensão, insatisfação, desgaste, e por fim, adoecimento psíquico dos trabalhadores.
O sono inadequado, reduzido, fora do horário habitual deixa as pessoas mais suscetíveis a doenças. Quando o trabalhador noturno tenta dormir de dia, ocorre mudança da estrutura interna do sono. Além de favorecer as infecções, envelhecimento, alterações do humor (ansiedade e depressão), distúrbios de memória, mau funcionamento do aparelho digestivo e até impotência.
O trabalho noturno tem sido apontado como uma contínua fonte de problemas de saúde, tais como: distúrbios do ritmo biológico, má postura, e sobrecarga músculo esquelético; doenças mentais; e exacerbação de sintomas preexistentes . Alude-se ao trabalho noturno a possibilidade de causar insônia, ansiedade e irritabilidade, mudanças no estado emocional, distúrbios gastrointestinais, constipação e problemas cardíacos. Além de interferir no lazer e no próprio desempenho profissional do trabalhador.
Apesar de acarretar vários agravos a saúde física e mental, a maioria dos trabalhadores noturnos não gostaria de trocar de turno devido ao fator salarial, ou até mesmo pela facilidade de conciliar mais de um emprego.
O trabalho noturno na área da saúde em geral é imprescindível porém, é necessário criar estratégias que diminuem os danos causados por essa inversão de horários, além da baixa remuneração que faz com que os trabalhadores tenham a necessidade de procurar mais de um emprego.
Acompanhamento médico, exames periódicos, programa de qualidade de vida e em algumas áreas como, por exemplo, setor de oncologia, acompanhamento psicológico; são fundamentais para uma boa qualidade de trabalho e bom desempenho dos trabalhadores.
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