Situaçao da mulher no brasil
Por: gspr • 28/4/2015 • Trabalho acadêmico • 1.482 Palavras (6 Páginas) • 305 Visualizações
FACULDADE PARANAENSE
Gustavo Da Silva P. Ribeiro
ANÁLISE DA SITUAÇÃO DA MULHER BRASILEIRA.
CURITIBA-PR
2015
SUMÁRIO
1............................................INTRODUÇÃO.
1.0.........................................SOCIAL.
1.1.........................................EDUCACIONAL.
1.2.........................................MORBIDADES/MORTALIDADE.
1.3.........................................VIOLÊNCIA DOMÉSTICA/SEXUAL.
1.4.........................................FECUNDIDADE.
1.5.........................................CLIMATÉRIO/MENOPAUSA.
2.0.........................................CONCLUSÃO.
3.0.........................................REFERENCIAS BIBLIOGRÁFICAS.
INTRODUÇÃO
Esta análise aborda a situação da mulher em seu contexto histórico, onde foi constatado que no início do século XX a mulher não tinha poder na questão social. Com o passar dos anos, com muita luta a mulher conquistou seus direitos perante uma sociedade patriarcal.
Junto com essa conquista, veio em consequência, o direito ao voto, e a libertação da ideia de que mulher tem de se ficar em casa apenas cuidando dos filhos. Hoje muita coisa mudou, para melhor, mas mesmo assim elas têm muito que conquistar em uma sociedade desigual e em relação ao homem, a violência abusiva que encontramos todos os dias. Devemos também ter em mente que a mulher não é somente para a reprodução, gestação e cuidados maternos.
1.0. Antigamente a participação da mulher era destinada quase que somente a família, estava “presa” sobre os deveres em cuidar dos seus filhos, da sua casa e do marido. Não tinham direito algum na sociedade patriarcal. No início do século XX no governo de Getúlio Vargas, a mulher conquistou o seu direito de votar e ser eleita a cargos no executivo e legislativo, sendo que apenas as mulheres solteiras e viúvas com renda própria poderiam votar e as casadas com autorização do marido. Em 1934 as restrições do voto feminino foram retiradas do código eleitoral. Hoje se vê muitas diferenças, a mulher tem diversas jornadas, não somente em ser dona de casa e sim ter um trabalho digno, ter seu próprio sustento sem a necessidade de depender do homem como era antigamente.
1.1. No que se refere ao nível educacional da mulher se vê um crescimento com o passar do tempo, apesar do homem estar à frente até o ano de 1996. Em 1989 a mulher tinha em média 4,9 anos de estudo e o homem 5,1. Em 1996 as mulheres atingiram em média 6 anos de estudo deixando os homens para trás com 5,7 anos.
Dados a partir de 2000 constatam que houve um aumento considerável de 9,8% na frequência escolar feminina em relação à masculina. A taxa total feminina é de 52,2% e a masculina de 42,4%. No nível superior de escolaridade também houve um aumento do numero de mulheres universitárias de 18 a 24 anos, representando 57,1%.
A taxa de analfabetismo de mulheres com idade entre 10 e 14 anos, teve uma redução de 2007 a 2013 de 2% para 1%. Já entre as mulheres com idade de 15 anos ou mais era de 9,9% em 2007 e passou a ser de 8,2% em 2013.
Em relação ao trabalho, a mulher ainda sofre preconceito para conseguir um salário igualitário ao dos homens, mesmo tendo mais anos de escolaridade, pois sob um olhar superficial é bem mais fácil contratar um homem do que a mulher porque ele tem mais força física, não tem o risco de gravidez sendo assim não precisando do seu afastamento do trabalho.
1.2. Os determinantes para o processo de saúde-doença entre homens e mulheres no Brasil, são bem diferentes. Enquanto a mortalidade por violência afeta os homens, as morbidades provocadas especialmente pela violência domestica e sexual, afetam as mulheres.
As principais causas de mortalidade da população feminina são as doenças cardiovasculares, neoplasias, principalmente de mamas, pulmão e colo de útero, doenças do aparelho respiratório, doenças endócrinas, nutricionais e metabólicas. Em pesquisa realizada nas capitais brasileiras, foi analisados óbitos de mulheres em idade fértil, constatando as cinco principais causas de morte que foram: câncer de colo do útero, diabetes, doença isquêmica do coração, hipertensão e neoplasia de órgãos digestivos.
Já na mortalidade materna as razões principais são por falta de informação e escolaridade, baixas condições socioeconômicas, dificuldade de acesso adequado a serviço de saúde. Nas capitais brasileiras, no ano de 2001 foram constatados 74,5 óbitos maternos para cada 100 mil nascidos vivos. As principais causas para as mortes foram a hipertensão arterial, hemorragias e infecção puerperal e o aborto que poderiam ser todas evitáveis.
No período de 1980 a 1986 houve uma propensão de queda nos números de óbitos maternos, pois se teve uma expansão da rede pública de saúde e o aumento da cobertura das ações obstétricas e melhora do planejamento familiar. Em 1999 a 2001 houve uma nova melhora nos serviços de saúde, ocorrendo uma queda evidente dos óbitos maternos. De 2000 a 2013 as taxas brasileiras de mortes maternas ou de complicações no parto foram de 69 óbitos a cada 100 mil nascimentos.
1.3. Foi realizado um estudo sobre a violência sexual e doméstica em São Paulo e Pernambuco onde 29% relataram violência física ou sexual por parte do seu parceiro. As mulheres agredidas relatam problemas de saúde como dores ou desconforto severo, problemas de concentração e tonturas, e uso frequente de bebidas alcoólicas. A violência sexual e doméstica é um problema de saúde pública, mas apenas 16% das mulheres agredidas em São Paulo e 11% em Pernambuco buscaram ajuda em hospitais ou centros de saúde.
Em Curitiba no ano de 2002, no primeiro trimestre teve 18 casos/mês e no último trimestre passou a ser de 48 casos/mês. Durante todo o ano teve 455 casos registrados, onde 56,1% na capital, e 41,88% nas regiões metropolitanas. Na maioria dos casos as vítimas tinham até 29 anos de idade. Já na idade infantil, crianças violentadas sexualmente com até 12 anos em que 83,65% dos agressores eram pais, padrastos, parentes, amigos ou pessoas próximas da família. Em maiores de 12 anos, 59,43% das vítimas foram agredidas por desconhecidos. De 1996 a 2010, a taxa de feminicidios está estagnada em 4,5 homicídios em cada 100 mil mulheres. Embora muitas consequências boas foram obtidas com a criação da lei Maria da Penha de 2006, ainda assim é contabilizados 4,4 assassinatos a cada 100 mil mulheres, deixando o Brasil em 7º no ranking de países nesse tipo de crime.
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