A IMUNIDADE INATA (NATURAL) E ADQUIRIDA
Por: fefurquim • 9/11/2018 • Resenha • 2.224 Palavras (9 Páginas) • 505 Visualizações
AULA 04 - IMUNIDADE INATA E INFLAMAÇÃO
IMUNIDADE INATA (NATURAL) E ADQUIRIDA
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No começo, há vários anos atrás, a imunidade inata também era chamada de imunidade inespecífica porque ela não era específica àquele dado microrganismo. Porém nos últimos anos o termo “inespecífico” foi retirado pois foi compreendido que existe uma certa especificidade, e nos últimos anos tem sido estudado muito a relação entre microrganismo e hospedeiro e verificou-se que existe sim uma certa especificidade, obviamente não chega ao grau de especificidade da imunidade adquirida, pois nesta a célula é capaz de reconhecer uma série de fatores (aminoácidos etc) específicos pra cada microrganismo.
A imunidade inata não guarda memória, ou seja toda vez que ela encontrar o mesmo microrganismo, a cadeia de reações vai ser como se fosse a primeira vez que estivesse entrando em contato com esse microrganismo.
O mecanismo de imunidade inata ocorre nas primeiras horas, assim que o indivíduo entra em contato com o microrganismo, já a imunidade adquirida/adaptativa como o próprio nome diz, ela se adapta, isso quer dizer que ela tem que reconhecer o microrganismo e depois tem um processo que ocorre com essa célula para a partir daí ela efetuar uma resposta, além dela efetuar a resposta ela guarda memória. Um exemplo clássico disso é a vacinação, por exemplo o indivíduo recebe vacina contra o toxóide tetanico (tétano) hoje, se daqui alguns meses ele se infectar com o C. tetani, o organismo dele vai ter anticorpos que vão reconhecer o toxóide tetânico e vai eliminá-lo.
Quem guarda memória?
-A célula.
Quem é que pode fazer isso?
- Os linfócitos T e os linfócitos B, pois apenas eles são capazes de guardar memória, como também são capazes de diferenciar a sequência de aminoácidos que estão presentes em um patógeno de outra sequência de aminoácidos presentes em outro patógeno. Isso se chama especificidade. Todo esse processo demora alguns dias.
Depois que se estabelece a imunidade adaptativa, ela reforça a imunidade inata.
Células principais da imunidade inata
FAGÓCITOS
*Macrófagos/Monócitos - O citoplasma dos macrófagos contém grânulos (ou pacotes) que consistem em várias substâncias químicas e enzimas que são envolvidas por uma membrana. Essas enzimas e substâncias químicas permitem ao macrófago digerir o micróbio ingerido, geralmente destruindo-o. Os macrófagos não são encontrados no sangue. Ao invés disso, eles localizam-se estrategicamente onde os órgãos do corpo entram em contato com a corrente sangüínea ou com o mundo exterior. Por exemplo, os macrófagos são encontrados onde os pulmões recebem o ar do exterior e onde as células do fígado conectam-se com os vasos sangüíneos. Células similares presentes no sangue são denominadas monócitos.
*Neutrófilos - Como os macrófagos, os neutrófilos são grandes leucócitos que fagocitam micróbios e outros antígenos e que possuem grânulos contendo enzimas para destruir antígenos fagocitados. No entanto, ao contrário dos macrófagos, os neutrófilos circulam no sangue; eles necessitam de um estímulo específico para sair do sangue e entrar nos tecidos.
Os macrófagos e os neutrófilos freqüentemente atuam em conjunto. Os macrófagos iniciam uma resposta imune e enviam sinais para mobilizar os neutrófilos para que estes juntem-se a eles na área com problema. Quando os neutrófilos chegam, eles destroem os invasores, digerindo-os. O acúmulo de neutrófilos e a destruição e a digestão dos micróbios acarretam a formação de pus.
*Células Dendríticas - Células dendríticas são células acessórias imunes derivadas da medula óssea e encontradas em tecidos epiteliais e linfóides; consideradas as principais células apresentadoras de antígenos e são responsáveis pela ativação de linfócitos T naïve
LINFÓCITOS - As células NK, discretamente maiores que os linfócitos T e B, são assim denominadas por matarem determinados micróbios e células cancerosas. O “natural” de seu nome indica que elas estão prontas para destruir uma variedade de células-alvo assim que são formadas, em vez de exigirem a maturação e o processo educativo que os linfócitos B e T necessitam. As células assassinas naturais também produzem algumas citocinas, substâncias mensageiras que regulam algumas das funções dos linfócitos T, dos linfócitos B e dos macrófagos.
BARREIRAS FISIOLÓGICAS E ANATÔMICAS
Pele
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A pele íntegra possui, na camada mais externa da epiderme, há a camada córnea que é composta de queratinócitos mortos recobertos de queratina que possui uma estrutura tridimensional favorável a ser mais refratária à água, ou seja a água penetra com muito mais dificuldade, outro ponto importante na pele é o próprio pH da camada glicoproteica que impede a proliferação de organismos patogênicos. Sem menos importância, também existem as células dendriticas, que na pele são chamadas de células de Langerhans abundantes na derme e na epiderme e os mastócitos que estão abundantes na derme e são as primeiras células importantes na resposta inflamatória.
MUCOSAS
Além da pele há as mucosas, que são a maior área de interação com o meio externo (maior do que a pele) onde estão contidos: a microbiota normal - que compete com microrganismos patogênicos (aparentemente pro recém-nascido a microbiota normal é essencial pro seu sistema imune de mucosa se desenvolver), é a presença da microbiota normal que induz as células caliciformes a produzirem muco, que induzem às células se diferenciarem e produzirem anticorpos “e assim por diante” ; muco – que é constituído de água, glicoproteínas de alto peso molecular entre outros, e ele forma uma barreira para que os microrganismos não se “adiram” imediatamente às células epiteliais; cílios, peristaltismo, fluxo (salivar e lacrimal) e o pH
*Cílios – fazem parte do epitélio pseudo-estratificado cilíndrico ciliado que reveste o trato respiratório, indo desde a traquéia até os bronquíolos, os cílios possuem movimentação que consegue expelir partículas, principalmente as maiores (alérgenos, toxinas etc). Em temperaturas mais baixas, há diminuição da velocidade desta movimentação dos cílios, o que favorece o aparecimento de infecções respiratórias pela maior aspiração de partículas (alergenos, toxinas entre outros).
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*Macrófagos alveolares – presentes nos septos intra alveolares, também chamados de células da poeira, são provenientes da diferenciação dos monócitos do sangue após atravessarem as células endoteliais. São células que já se encontram ativadas e exercem função fagocitária tanto no tecido intersticial do septo alveolar quanto no lúmen do alvéolo, sobre partículas orgânicas como inorgânicas. Após completarem a fagocitose do agente invasor (alergenos, toxinas etc que nem o muco nem os cílios conseguiram eliminar), os macrófagos podem alcançar os bronquíolos sendo eliminados como componente mucociliar, ou penetrar no septo intra alveolar, alcançando os vasos linfáticos e atingindo os linfonodos correspondentes. O organismo consegue expelir 90% dos microrganismos que são inalados, os 10% restantes são englobados e fagocitados pelos macrófagos alveolares. No caso da tuberculose o início da infecção começa pela “ingestão” do microrganismo pelos macrófagos alveolares.
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