Bioquimica experimental - fracionamento celular
Por: Leticia Yumi • 13/12/2015 • Trabalho acadêmico • 1.111 Palavras (5 Páginas) • 475 Visualizações
Relatório 1
O Relatório 1 consiste no tratamento de dados e análise dos resultados obtidos nas práticas 1 a 3, sendo elas: fracionamento celular; dosagem de proteína e determinação da atividade enzimática; executadas durante o mês de Agosto do decorrente ano, 2010 na disciplina QBQ0316 – Bioquímica Experimental. Tais procedimentos tiveram como intuito a análise das propriedades das proteínas por meio da execução de métodos empíricos de purificação de proteínas e análises qualitativas e quantitativas.
Após ser feita o fracionamento celular de cerca de 1g de levedura dado para cada grupo no laboratório, que servirá de modelo experimental (Saccharomyces cerevisae) para as demais práticas, teve-se como principal interesse a extração, purificação e caracterização; portanto, o estudo da enzima α-glicosidase (maltase).
Primeiramente, para se realizar a dosagem de proteínas utilizou-se o método da espectrofotometria, de modo a detectar e quantificar as moléculas por meio da sua absorção de luz, já observada na Lei de Bouger-Lambert-Beer:
Log I/Io = -ε.c.l = -1(absorbância) = 1/transmitância
sendo, ε = coeficiente de absorção molar característico da molécula
c = concentração
l = caminho percorrido pela luz (caminho ótico)
I = luz “recuperada”
Io = luz incidente
Logo, por meio do corante de Bradford (Comassie brilliant blue G), que forma complexos com proteínas de modo a alterar o seu máximo de absorção de 465nm para 595nm, na prática 2 (procedimento A ), construiu-se uma curva padrão com uma solução de albumina (0,2g/L), a partir das massas distintas de proteínas e absorbâncias a 595nm observadas no espectrofotômetro.
Tabela para montagem da curva-padrão da proteína
(a partir dos resultados tidos no Procedimento A da Prática 2)
Tubos | Massa de proteína (mg) | Absorbância 595 |
1 | 0,002 | 0,0721 |
2 | 0,004 | 0,02505 |
3 | 0,006 | 0,3814 |
4 | 0,008 | 0,4117 |
5 | 0,010 | 0,5426 |
6 | 0,012 | 0,6263 |
7 | 0,014 | 0,7428 |
8 | 0,016 | 0,8370 |
[pic 1][pic 2]
[pic 3]
Gráfico 1: Curva Padrão para a quantificação de Proteínas com o reagente de Bradford pelo tempo de reação
Como já esperado pela equação A = ε.c.l = k.c, sendo A= absorbância; ε = coeficiente de absorção molar; l = caminho percorrido pela luz (caminho ótico); k = constante; e válida a aproximação de que A= (inclinação da reta da curva-padrão) x (massa), observa-se na curva padrão, o crescimento da reta, ou seja, quanto maior a massa de proteína, maior fora observada a sua absorbância. Teoricamente, quando a massa de proteína fosse equivalente a zero, a absorbância também deveria ser nula; no entanto, devido a influências do meio, imperfeição dos procedimentos experimentais, a variação de 0,018 tida no intercepto no eixo y é justificável.
No procedimento B da mesma prática, teve-se a finalidade de dosar as proteínas no lisado de Saccharomyces cerevisae utilizando diferentes volumes deste a uma mesma diluição 100X (0,1mL do lisado + 9,9 mL de água destilada). A montagem da tabela a seguir foi feita utilizando-se a equação obtida no procedimento A, para quantificar a massa de proteína encontrada no lisado.
Tabela para o cálculo da concentração de proteínas no lisado do Saccharomyces cerevisae
(a partir dos resultados tidos no Procedimento B da Prática 2)
Tubos | A595 | Massa de proteína (mg) | Volume da amostra (ml) | Concentração (mg/ml) | Diluição prévia (x) | Concentração do lisado original(sem diluição) (mg/ml) |
A1 | 0,4038 | 0,00746 | 0,10 | 7,46.10 | - | 0,0746 |
A2 | 0,2943 | 0,00534 | 0,05 | 5,34.10 | 100 | 0,1068 |
A3 | 0,0952 | 0,00149 | 0,03 | 1,49.10 | 100 | 0,0496 |
A4 | 0,0824 | 0,00124 | 0,02 | 1,24.10 | 100 | 0,0620 |
Média das Concentrações do lisado original (sem diluição) = 0,0732 mg/mL
Média das Concentrações com diluição = 3,88 mg/mL
Já na prática 3 para determinar a atividade da enzima α-glicosidase presente no lisado, mediu-se as absorbâncias após diferentes tempos de reação e em diferentes diluições. O cálculo do número de mols de produto formado foi realizado a partir da curva-padrão de p-nitrofenolato (página 7 da apostila de Bioquímica experimental), cuja equação da reta é dada por:
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