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Drogas de Abuso e Dependência Química

Por:   •  11/6/2018  •  Bibliografia  •  1.830 Palavras (8 Páginas)  •  306 Visualizações

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Drogas de Abuso e Dependência Química
                                                                                  Prof°. Felipe Duarte

  1. DEFINIÇÕES

Diferenciar substâncias psicoativas de substâncias psicotrópicas.

Ambos os tipos são substâncias, são compostos que tem lipossolubilidade tal capaz de permear membranas e atravessar a BHE e ter acesso tropismo pelo SNC. Então, tanto as substâncias denominadas psicoativas quanto psicotrópicas tem essa característica de atravessar a BHE e ter acesso a estruturas do SNC. E são capazes de alterar nosso comportamento, o nosso humor e as nossas emoções, ambas as substâncias. Entretanto as substâncias denominadas de psicotrópicas tem uma propriedade adicional que a gente chama na clínica de propriedade de reforço. Porque propriedade de reforço? Por que, as substâncias psicotrópicas elas atuam num circuito neuroquímico que é o nosso sistema de recompensa, que tem a propriedade de reforço. O sistema de recompensa aqui desenhado é de neurônios dopaminérgicos aqueles que estimulados fisiologicamente, rotineiramente na vida de vocês para que tenhamos sensações prazerosas. Então, substâncias psicoativas não tem essa propriedade, substâncias psicotrópicas sejam elas licitas ou ilícitas, um produto tecnicamente obtido do ponto de vista farmacêutico é uma substância licita os tarjas preta são definidos portanto como substâncias psicotrópicas, por que são tarjas preta e tem a propriedade de reforço. Então, quando a gente fala em drogas de abuso a gente pensa logo tanto drogas lícitas quanto ilícitas. Aqui eu estou descrevendo alguns exemplos de drogas ilícitas, são produtos que não foram obtidas do ponto de vista técnico farmacêutico.  

Distinção de uso e abuso:

Tem aquele usuário de uma determinada droga que fuma Maconha aos finais de semana ele é usuário a partir do momento que não está prejudicando negativamente a sua vida. Então, uso de drogas é a frequência pela qual o paciente vai se submetendo de forma constante a buscar uma determinada droga ao longo da sua vida. A gente chama de abuso de drogas quando há consequência danosas, consequências negativas está prejudicando no trabalho, está prejudicando o fígado, está prejudicando o relacionamento amoroso, enfim a gente fala de abuso. Embora, na prática clínica seja difícil muitas vezes a gente diferenciar isso. A palavra chave é: consequências danosas, ou seja, se está prejudicando a gente fala de abuso de drogas.

A tolerância (perda do efeito após uso continuado) é muito comum para diferentes tipos de drogas isso não está comprovado do ponto de vista categórico mas, o que se fala na clínica tanto na pré-clínica e já foi demonstrada em ambas que várias drogas tanto lícita quanto ilícitas as drogas de abuso de maneira geral perdem seu efeito a medida que você vai se submetendo a doses constantes de uma determinada droga. O que vem sendo discutido do ponto de vista psicofarmacológica é a tolerância de ordem tanto farmacocinética: o metabolismo da droga começa a ficar acelerado e ai você começa busca novas concentrações, novas doses pra obter o mesmo efeito da dose anterior. E a tolerância do ponto de vista farmacodinâmico: teu organismo vai sendo submetido a um corpo estranho que é a droga, então esse corpo estranho de tanto estimular certos tipos de proteínas o teu cérebro começa a adaptar e a droga ao longo do tempo vai perdendo seu feito e aí você tende a aumentar pra ter a mesma sensação de prazer. 

Síndrome de abstinência: Sinais e sintomas tanto de ordem psíquicas, ou seja, a compulsão aquela fissura que a gente chama de “Craby” compulsão por uma determinada droga isso é uma manifestação de ordem psíquica, ou alterações de ordem física o paciente pode diante da síndrome de abstinência ou cocaínica começar desenvolver tremores, a ficar taquicardíco então, são alterações de ordem física extremamente desagradáveis para o paciente que faz ele novamente buscar essas drogas. Então, essas manifestações acontecem após a interrupção de forma abrupta da droga. Está relacionado aos níveis, ao tempo de meia vida de uma determinada droga, a partir do momento que a droga tem um decaimento baixando os níveis plasmáticos e concomitantemente baixa os níveis no SNC o paciente desenvolve essas manifestações desagradáveis que faz ele buscar as drogas.

  1. Fatores que interferem na dependência química

vhvdgef

                                   Genéticos (50%)

[pic 1]

-Tipo

-Via                                                        

-Grau de pureza                                                

(potência)                                                                                                                            

                                 Droga                              Sociais

Crack e Morfina são as drogas com maior potencial de abuso dependência.

  1. Neurobiologia da dependência

Toda e qualquer droga psicotrópica tem a característica de modificar direta e indiretamente o circuito de recompensa. Circuito esse que está envolvido com neurônios dopaminérgicos.

Neurônios dopaminérgicos são estimulados fisiologicamente, você come chocolate estimula o circuito de recompensa por isso te dar a sensação de prazer, os próprios alimentos, especialmente os alimentos doces tem essa característica de estimular a área tegumentar ventral (ATV) um núcleo produtor de dopamina que se projeta para NACC que é o Núcleo Accumbes, toda vez que o usuário ou faz um exercício ou come um chocolate está estimulando, liberando dopamina lá no NACC  e essa liberação de dopamina no NACC é o que dar a sensação de prazer. Agora, essa liberação de dopamina fisiológica é da ordem de nm o suficiente para eu estar feliz. Agora, quando a gente fala de substâncias que são administradas em determinado pacientes dependendo da via quando a gente pensa em drogas de abuso todas essas por mecanismos particulares elas direta ou indiretamente mobilizam a via mesolímbica. Qual a via mesolímbica? É o sistema de recompensa. A consequência final que justifica a dependência a cocaína é mobilizar esse circuito porque cocaína leva liberação de dopamina no NACC na ordem de µm. Cocaína libera dopamina no NACC, o paciente que é dependente químico a nicotina mobiliza o sistema de recompensa a consequência final é dar a sensação de prazer porque libera dopamina no NACC. Anfetaminas (ex: Metilfenidrato que é a ritalina) que é utilizada em pacientes que sofrem de TDAH (deficiência de dopamina no córtex pré-frontal), anfetaminas também eleva a concentração de dopamina no córtex pré-frontal e acalma o paciente embora seja classificada como uma droga psicoestimulante mas, é e tem o efeito psicoestimulante em paciente normal, agora se o paciente tem TDAH ela restabelece essa deficiência em dopamina e tranquiliza o paciente. Álcool etílico ou etanol não discrimina alvo molecular tem vários mecanismos.

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