Metilfenidato e aprimoramento cognitivo farmacológico: representações sociais de universitários.

Alunas: Evilene Diana/        Marta Mendes        

Turma: Psicofarmacologia

Professor: Thiago

           

Metilfenidato e aprimoramento cognitivo farmacológico: representações sociais de universitários.

O artigo tem por objetivo apresentar o resultado da investigação das representações sociais de 20 estudantes universitários sobre o uso de metilfenidato para aprimorar o desempenho cognitivo em pessoas saudáveis. Nesta pesquisa qualitativa, de cunho exploratório, 20 universitários entre 18 e 25 anos, oriundos de cursos das áreas de saúde e humanas, foram distribuídos em três grupos focais para debater sobre o Aprimoramento Cognitivo Farmacológico. A análise dos dados revelou que entre esses estudantes houve uma maior tolerância aos métodos que alteram a neurobiologia a favor do ideal social de melhoria da performance das pessoas. Contudo, os entrevistados expressaram grande preocupação com a possibilidade de este procedimento vir a intensificar injustiças e desigualdades entre as pessoas, principalmente nas sociedades em que já existem significativas diferenças sociais. Assim, apesar de o tema ser pouco estudado no Brasil, a análise dos dados da presente investigação sugere que o Aprimoramento Cognitivo Farmacológico é um assunto atual e relevante. Não apenas por esta prática estar relacionada à construção e manutenção da subjetividade dos indivíduos em uma sociedade que prioriza a melhoria da performance cognitiva, mas também pelo risco de esta interferir em questões de igualdade e justiça social.

Em nossa opinião o transtorno déficit de atenção vem sendo apresentado como um problema emergente em todo o mundo, no entanto o medicamento metilfenidato tem sido utilizado para outros fins, como por exemplo, para aprimoramento cognitivo, sendo indicada como agente promotor de neuroaprimoramento, embora este uso seja (uso para uma condição não prevista na bula, mesmo sem garantias de se obter benefícios terapêuticos), mas isso não diminui o interesse entre os usuários, uma vez que não estão preocupados com os efeitos adversos ou citotóxicos, mas sim com o beneficio do mesmo.

Partindo desse ponto de vista, se vê a necessidade de conscientização dos jovens em relação aos efeitos maléficos que esse medicamento pode causar ao organismo, devendo ser usado somente por prescrição medica quando realmente há uma necessidade relacionada a uma doença.

O aprimoramento cognitivo pode ser adquirido de formas, mas saudáveis, sem a necessidade da intervenção de um fármaco que embora tenha sido usado para outros fins. A pratica de exercício físico, por exemplo, é um dos métodos utilizados para reduzir o stress e melhorar a concentração em todos os aspectos, envolvendo a melhora da circulação sanguínea proporcionada uma melhor saúde e bem esta. São importantes que os profissionais da saúde estejam atentos as queixas de seus pacientes de modo a orientar de forma racional a determinados assunto que pode de fato comprometer outros aspectos da saúde.

Pacientes tratados com metilfenidato precisa de um acompanhamento médico. Ou seja, essa substancia usada para outros fins coloca em risco saúde.